Sugestão de Homilia
Oliveira
1.º DOMINGO DO ADVENTO - ANO B
Vinda do Redentor – Esperança - Vigilância
Irmãs e irmãos, iniciamos o tempo do Advento. Esta palavra significa “vinda”, e refere-se ao Messias, que veio no primeiro Natal em Belém; vem todos os dias; virá na sua glória no fim dos tempos. Vem como Redentor, responde à esperança, que nos leva a estar vigilantes.
- Advento: um desejo de fé e esperança
Primeira leitura
A primeira leitura mostra-nos que o povo tinha conhecimento de Deus revelado na sua história. Por isso, rezou assim Isaías: “Vós, Senhor, sois nosso Pai e nosso Redentor”. O profeta reconhece Deus como Pai e redentor, mas sente que era preciso ter essa presença, e rezou: “Ó se rasgásseis céus e descêsseis!” O povo esperava a vinda do Messias. Essa oração de Isaías mostra um grande desejo, mostra fé e esperança: sentimentos de sempre, e de modo particular do Advento.
Irmãos, hoje nós sentimos esse desejo, da vinda de Jesus? Sentimos que Deus é indispensável para a nossa humanidade? Sabemos que só com Ele a História tem sentido, caminho, futuro?
O Messias já veio. Mas é necessário o nosso encontro com Ele. A fé em Jesus é vida. O mundo precisa de fé e de vida. Precisa de Deus. Ó se rasgásseis o céu e descêsseis! Precisamos do nosso encontro com Ele.
- Advento: Encontro com Jesus.
Segunda leitura
São Paulo mostra-se feliz pela comunidade ou Igreja em Corinto, que foi enriquecida com as graças do Senhor Jesus. Diz o Apóstolo: “Dou graças a Deus … porque fostes enriquecidos em tudo…… e tornou-se firme em vós o testemunho de Cristo”. Paulo reconhece que a comunidade tornou-se firme e dava testemunho de Cristo. Um óptimo elogio, para essa comunidade. Também nós precisamos de ter vivo o nosso encontro com Jesus.
- Advento: O nosso compromisso com o Reino
Evangelho
O Evangelho de Marcos convida os discípulos a terem a certeza de que o “Senhor vem”. Ensina também que esse tempo de espera deve ser um tempo de compromisso activo com a construção do Reino de Deus.
Jesus conta uma parábola dizendo: Um homem ia partir de viagem e deu plenos poderes aos seus servos… Eles deviam cumprir as suas tarefas, contando com o regresso do patrão.
Depois de contar esta parábola, Jesus disse aos discípulos: "vigiai, porque não sabeis quando virá o dono da casa”. Os servos desta parábola somos nós, o dono da Casa é Deus.
Não devemos entender a vinda do dono da casa [o Senhor] como ameaça, nem com temor, mas com desejo de fidelidade à fé cristã.
Hoje vivemos uma dificuldade: a agitação exterior; nas estradas o fluxo de trânsito: carros ligeiros; autocarros de passageiros; camiões de cinco rodados… E talvez tenha de ser assim. Mas que acontece? Em vez do silêncio interior que dá vida, temos o barulho e a agitação exterior que dificulta a reflexão. A vigilância, no sentido humano e cristão, dá-nos segurança.
“Estou à porta e bato…” – diz-nos o Senhor no Apocalipse (3, 20). Nunca estaremos sozinhos. O Senhor caminha connosco, e ama-nos. Neste caminho, para o Natal, o Senhor chama-nos a abrir a porta do coração. Uma porta que se abre por dentro. Vinde, Senhor Jesus.
P. António Gonçalves, SDB