Referendo da Eutanásia: noticias e artigos de dias 19 e 20-Outubro
Oliveira
A COPAAEC recebeu do Dr. António Pinheiro Torres, quanto aqui se divulga para consideração dos leitores do nosso Blog.
(AGPires)
Caros amigos,
Como ontem prometido, aqui vai o que aconteceu nestes dois dias. Lançámos (a IPR) uma carta aberta aos deputados que entre hoje e amanhã lhes chegará ás respectivas mesas. Encontram-na em anexo. Sobre esta iniciativa falam estas duas noticias: Movimento faz derradeiro apelo aos deputados para que não aprovem a legalização da eutanásia e “Ouçam o povo” sobre eutanásia, apela Federação pela Vida.
E alguns dias antes, esta também, sobre a nossa campanha: Movimento contra a eutanásia pede à AR para não aprovar “a mais dramática lei” em 45 anos de democracia.
Entretanto saíram estes artigos: A morte é-me familiar (Laurinda Alves); Dar a vida ou dar a morte (Cristina Libano Monteiro) e Eutanásia: não se escondam do povo (José Luis Ramos Pinheiro).
Estamos a 3 dias do desfecho desta nossa campanha. O que fazer? Isto: usar os espaços de opinião (por exemplo, as redes sociais) a que tenhamos acesso, divulgando aos amigos e ás redes que integramos a informação disponível e, principalmente, participando nesta campanha de gravação de vídeos pessoais a dizer somente “Eu quero o referendo!” como se explica aqui na página Facebook da Caminhada pela Vida em #queremosreferendo.
Um abraço a todos.
Antonio Pinheiro Torres
CARTA ABERTA AOS DEPUTADOS
Senhores Deputados,
1. O Povo, através da forma constitucionalmente prescrita, pediu-lhes o Referendo Sobre a (Des)Penalização da morte a pedido.
2. 95.287 eleitores subscreveram em 30 dias e centenas de pessoas por todo o País angariaram, organizaram e levaram até ao Parlamento essa Iniciativa Popular.
3. O Referendo Sobre a (Des)Penalização da morte a pedido não faz a Lei. Essa só o Parlamento a pode fazer. O Referendo é a decisão prévia à lei.
4. Esta matéria não foi levada ao programa eleitoral dos partidos que elegeram 81% dos deputados que estão hoje no Parlamento (PS e PSD).
5. Desde os anos 90 e até hoje, o art.º 24.º da Constituição (“A Vida humana é inviolável”) só uma vez foi objecto de derrogação, mas só após 2 Referendos (1998 e 2007).
6. A situação Pandémica tornou ainda mais evidente a importância da Saúde Pública e da saúde de cada pessoa, as dificuldades e limites do Serviço Nacional de Saúde, até na prestação de cuidados primários, e o abandono em que se encontram tantos idosos.
7. A Iniciativa Popular de Referendo e a Democracia Participativa não são meros actos decorativos da Constituição. Completam e reforçam a democracia representativa.
8. As reservas ou oposição, manifestadas, com excepção de dois especialistas, por todas as Entidades ouvidas pela Assembleia da República (organismos de consulta do parlamento, ordens profissionais e movimentos sociais) apelam a uma maior reflexão sobre a (Des)Penalização da morte a pedido.
Senhores Deputados,
Em consciência, ouçam o Povo que os elegeu! Trata-se de uma decisão histórica em que se reclama a afirmação dos valores da Constituição e do Estado Democrático.
Atentamente,
A Comissão Executiva da Iniciativa Popular de Referendo Sobre a (Des)Penalização da morte a pedido