Pastoral da Cultura
Oliveira
Transcrevemos do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, com a devida vénia, para os nossos leitores:
Uma leitura bíblico-espiritual da pandemia: Pistas para acompanhar anúncio, testemunho e catequese
«As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração» (“Gaudium et spes, 1). Assim nos ensinou o Concílio. E é com este espírito, com abertura de coração, que queremos deixar-nos interrogar pelas consequências que marcam o nosso país – e não só – no seguimento da pandemia do Coronavírus. Dirigindo-nos idealmente quer aos crentes quer aos não crentes, como pastores queremos propor uma “leitura espiritual e bíblica” desta experiência, que nos diz respeito a todos em primeiro lugar como pessoas humanas.
Leitura: “Que coisa é o homem? Um itinerário de antropologia bíblica” (Pontifícia Comissão Bíblica, it.)
À biblioteca de explicações que procuram delinear o rosto e a colocação do género humano na história, acrescenta-se agora, surpreendentemente, não um dos muitos documentos vaticanos, como estamos habituados a esperar. Eis, antes, que uma instituição oficial, como a Pontifícia Comissão Bíblica propõe um verdadeiro ensaio comparado, uma espécie de manual de referência. Ele procura como primeira interlocutora a academia teológica, mas, considerando o tema e o corte muito límpido e original do texto, poderia sem hesitação chegar às estantes das bibliotecas “laicas”, porque, como muitas vezes se repete, a Bíblia é sempre o «grande códice», ou o «léxico fundamental», ou o «alfabeto artístico a cores», ou a «estrela polar ética» da nossa cultura ocidental.
Quem dá com o coração, enriquece a vida
Jesus nunca ilude, quer respostas meditadas, amadurecidas e livres. Não ensina nem o desamor, nem uma nova hierarquia de emoções. Não subtrai amores ao coração esfomeado do ser humano, em vez disso acrescenta um “mais”, não limitação, mas potenciamento. Alimenta-nos de desconfinamentos. Como se dissesse: tu sabes quanto é belo dar e receber amor, quanto contam os afetos dos teus queridos para poderes estar bem – mas Eu posso oferecer-se algo de ainda mais belo.
Que dizem os homens da Eucaristia? E vós, que dizeis?
O que nos faltou – e para muitos continua a faltar – é um rito? Um rito belíssimo, profundo, pleno de significados simbólicos, rico de valor identitário? É disto que se trata? Creio que responder a esta pergunta é importante, porque a questão põe à luz o quão profunda e espalhada é hoje a incompreensão sobre o significado verdadeiro da fé. Nós temos de responder: não, não se trata só de um rito, nem da simples memória de um acontecimento antigo, porque no Sacramento exprimimos a certeza de encontrar Alguém.
Cardeal-patriarca junta-se a presidente da República e primeiro-ministro em homenagem a Gonçalo Ribeiro Teles
«O decano da arquitetura paisagística em Portugal», Gonçalo Ribeiro Teles, vai ser homenageado pela Câmara Municipal de Lisboa nesta sexta-feira, 26 de junho, em evento que contará com a presença do cardeal-patriarca, D. Manuel Clemente. A sessão, para a qual está anunciada a presença do presidente da República e do primeiro-ministro, coincidirá com a inauguração da exposição “O Mester da Paisagem”, patente na igreja de S. José dos Carpinteiros e na Casa dos 24, que pertencem à Irmandade de São José dos Carpinteiros.