O CASO DA FAMÍLIA GUIMARÃES: APELO DE RESISTÊNCIA À VIOLÊNCIA DO ESTADO
(3 PROPOSTAS)
Oliveira
Caros amigos leitores do Blog da COPAAEC:
É nestas circunstâncias que provamos a nossa cidadania activa em regime democrático e as nossas convicções morais, dentro da ética e da liberdade de portugueses.
(A. G. Pires)
Caros amigos
O que se está a passar com os dois filhos do Artur e da Paula que o Estado não quer deixar passar de ano enquanto não frequentarem a disciplina de educação para a cidadania (a história completa desta saga está na entrevista ao Sol em anexo) é de uma violência nunca vista e uma flagrante violação da lei pelo Governo (como explica o Professor Mário Pinto no artigo Em defesa da Família Mesquita Guimarães, mártir do Estado-educador (1)).
Há vários artigos sobre o assunto (estes que tenho à mão agora, outros há): Acuso (José Ribeiro e Castro), Afinal que cidadania é esta? (Helena Costa), Famalicão e o Estado vingativo (José Cabrita Saraiva), A Liberdade de Educação e a Vingança do Secretário de Estado e Obrigado aos Mesquita Guimarães (José Maria Seabra Duque), Cenas de um país distante ao pé de nós (José Luis Ramos Pinheiro) e mas nada como ouvir a própria família na noticia junto do Correio da Manhã e no artigo A família Mesquita Guimarães são todas as famílias do filho Francisco.
Perante isto, temos duas hipóteses: fazer de conta que não vemos (e Deus nos perdoe por isso) ou reagir e lutar péla liberdade desta família, ao lado dela, e péla nossa também (neste ou noutros campos). As propostas que vos faço são três:
- Aderirem à campanha dos postais proposta péla família Mesquita Guimarães e sobre a qual podem encontrar a informação anexa (ficheiro Contamos Consigo) ou no site da Plataforma Renovar (uma iniciativa do Artur e outros amigos, há já uns bons anos, desde que isto tudo começou)
- Organizarem-se espontaneamente em Comités de defesa da Liberdade de Educação (ou outro nome qualquer com que se sintam confortáveis) e promoverem encontros de solidariedade com a família Mesquita Guimarães (jantares, sessões de esclarecimento), manifestações junto de instalações do Ministério da Educação, ou outras quaisquer acções de impacto publico. À imaginação de cada um…! Do que forem fazendo vão dando conhecimento por favor ao Artur e, se quiserem, a mim, para que as possa divulgar.
- A subscrição da petição Apoiemos o Manifesto “em defesa da liberdade de educação” que foi lançada em Setembro de 2020 e motivada por este mesmo caso e que neste momento tem 4.797 assinaturas.
Caros amigos: muitas vezes nos encantamos a ver filmes fascinantes sobre gente extraordinária que resistiu (alguns foram mesmo presos, mortos ou exilados) à violência do Estado, e pensamos “quem me dera poder ter ajudado” ou “quem me dera ter esta coragem”…por todos estou-me agora a lembrar do filme Uma vida escondida…assim hoje o que se está a passar com a família Mesquita Guimarães…será que eles podem contar connosco ou temos de esperar 50 anos e os nossos filhos e netos se comoverem com a história deles numa série da Netflix que contará como o Estado os esmagou?
Forte abraço a todos do
António Pinheiro Torres
Entrevista ao jornal "Nascer do Sol.