INSECTOS NO PRATO
Oliveira
Pelo que contém de muito actual e oportuno, a COPAAEC propõe para leitura e reflexão mais um artigo do jornalista A. Cunha Justo.
(A. G. Pires)
Uma nova regulamentação da União Europeia amplia o uso de insectos na alimentação. A partir de 25.01.2023 além de larvas de farinha e gafanhotos migratórios, a EU permite oficialmente que sejam processados em alimentos, Besouros, lagartas, abelhas, vespas, formigas, grilos domésticos, etc.
Segundo dados da FAO, são consumidas em todo o mundo 1.900 espécies de insectos.
Ultimamente, há muita propaganda desses alimentos por causa de seu melhor equilíbrio ecológico em comparação com a produção de carne bovina, suína e de frango, por precisarem muito menos comida, menos espaço e menos água. De acordo com dados da FAO, os grilos precisam apenas cerca de uma duodécima parte da ração em comparação com o gado para produzir a mesma quantidade de proteína. A proporção comestível de insectos é 80% maior que a da carne bovina (40%).
Os insectos contêm muita proteína semelhante à da carne bovina, suína ou peru e são uma fonte ideal de ácidos graxos ômega-3 e ômega-6.
Defensores alemães do consumidor dizem que ainda "não há regulamentação para a manutenção de insetos".
Teme-se também que a quitina do esqueleto de insetos pode desencadear reações alérgicas. A Autoridade Europeia, depois de avaliar alguns estudos para a Segurança dos Alimentos chegou à conclusão de que o pó de grilo é seguro.
Os insectos devem ser rotulados nos produtos; estes não podem ser rotulados como veganos ou vegetarianos.
Os insectos também são uma exploração dos animais e verifica-se que não houve uma discussão pública alargada antes da EU ter publicado a nova regulamentação.
António CD Justo
Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=8234