DOMINGO DE RAMOS
Oliveira
Proposta de Homilia para o Domingo de Ramos – ANO B
Irmãos, celebramos neste domingo a entrada de Jesus em Jerusalém, aclamado pelo povo com ramos de palma e oliveira; e alguns estendendo as capas no chão para Jesus passar. Era, segundo o Evangelho, a entrada Messiânica de Jesus.
E este domingo narra também a Paixão do Senhor: o seu julgamento e condenação à morte, pelo governador Pôncio Pilatos. Neste caso, Jesus apresentado como “Servo do Senhor”. A leitura da Paixão de Nosso Senhor, narrada este ano por São Marcos, é o grande sinal do amor de Jesus por nós.
Unidos os dois aspectos: Jesus Rei Messias; e Jesus Servo sofredor. Sinal do amor supremo de Jesus por todos nós.
Qualquer comentário nosso fica imperfeito com relação à narrativa do Evangelho. Por isso, deixemos que este nosso olhar para Jesus a caminho do Calvário acenda em nosso coração uma fé viva que nos mantenha unidos ao nosso Salvador, sempre, mesmo nas contrariedades.
Esta meditação leva-nos a sermos adoradores. Conta-se que um devoto solitário passava no jardim e batia com a bengala nas flores, dizendo: “calai-vos, calai-vos… Vós me chamais ingrato, porque dizeis que Deus vos criou por amor de mim, e eu não o amo”.[1]
Jesus passou estes dois caminhos: de Rei Messias e Servo sofredor. O mundo precisa de sentir este mistério: para não haver egoísmo nem massacres, nem traições, “e nunca mais a guerra”[2]; o mundo precisa de defender a vida e a natureza.
Os braços abertos de Jesus são uma voz que chega ao nosso coração. O sinal do amor, neste Domingo de Ramos.
António Gonçalves, SDB
[1] Cit em Afonso Maria de Ligório, Prática de amar a Jesus Cristo, p. 12.
[2] Paulo VI, discurso na Assembleia da ONU, 4.10.1965.