DA GUERRA CIVIL UCRANIANA PARA A GUERRA RÚSSIA-UCRÂNIA À GUERRA EM TODA A EUROPA?
Oliveira
Com a devida vénia, partilhamos mais uma publicação do nosso prezado amigo jornalista António Justo.
(A. G. Pires)
A Guerra da Informação faz da População Soldados mentais
Esta guerra meteu-nos a todos num túnel escuro em que nem sequer se avista luz no fundo dele! A situação encontra-se tão enredada que só promete desastres em cadeia! Isto, atendendo aos interesses da Rússia, ao temperamento indomável de Putin e à guerra geral através do bloqueio económico que o está a encurralar! O mais provável é que, se ele não atingir os objectivos mínimos que tem na Ucrânia, teremos um inferno nos países vizinhos da Rússia! No purgatório já nos encontramos nós com os custos de vida a subir incontidamente.
A esperança da Nato que o povo russo deponha Putin revela-se vã, ao não contar com a realidade do confronto de blocos nem com os interesses do povo russo como nação (e como velho bloco ); por isso só uma reconciliação entre a Rússia e a Ucrânia e entre os USA e a Rússia poderá aplainar o caminho para a paz! Uma outra opção corresponde a manter-se a guerrilha na Europa por tempo indeterminado, independentemente de resultados militares! A UE tem de estar atenta a não seguir apenas os interesses americanos (longe da Europa) e para isso também não cair na tentação de instigar a Polónia a imiscuir-se na guerra! Os EUA querem que a Polónia forneça à Ucrânia aviões de combate Mig 29 em troca de F 16!... Neste sentido o artigo de 2014: “Ucrânia entre imperialismo russo e ocidental”: https://www.triplov.com/.../Antonio-Justo/2014/ucrania.htm e outros (1).
Considero muito importante o visionário texto de Henry A. Kissinger, secretário de Estado dos USA, que agora recebi (2): “Para que a Ucrânia sobreviva e prospere, não deve ser o posto avançado de nenhum dos lados contra o outro – deve funcionar como uma ponte entre eles….O Ocidente deve entender que, para a Rússia, a Ucrânia nunca pode ser apenas um país estrangeiro… O Ocidente deve entender que, para a Rússia, a Ucrânia nunca pode ser apenas um país estrangeiro…” …
Putin não precisa de activar uma bomba nuclear, ele tem as centrais nucleares na Ucrânia como ameaça maciça…Uma solução de compromisso satisfatório para todos os lados seria a formação de uma República Federal da Ucrânia Independente.
Um possível contributo pessoal e social para a paz exterior e interior passaria pela abstenção de se ver regularmente TV, dado nos encontrarmos já envolvidos numa guerra de informação! A Guerra da Informação está a fazer da população soldados mentais!
Trazemos a maldade nos nossos genes (“pecado original), uma realidade que reprimimos em nós (deslocamento psicológico!) mas que faz parte do nosso habitat natural e cultural. O mal que vemos nos outros encontra-se em nós! Produtivo será o trabalho feito no sentido da reconciliação e dedicar mais tempo às coisas que nos dão prazer e assim não estarmos tão sujeitos à invasão das coisas que entram pela porta da televisão.
Com a queda das torres de Nova Iorque iniciou-se na Europa um processo de cortar, ao cidadão, direitos cívicos e humanos até então assentes nas legislações dos Estados; com as medidas anticovid-19 os governos centralizaram em si mais poder, a ponto de privarem o cidadão de direitos democráticos e de liberdades essenciais. Com a guerra Rússia-Ucrânia legitimaram a proibição da informação (3) estrangeira de modo a irem criando a possibilidade de só serem possíveis pensamentos em bloco, de modo a só se poder estar de acordo com os donos da informação de um lado ou do outro!...
António da Cunha Duarte Justo
Texto completo e notas em Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=7156
PERMANEÇAMOS HUMANOS
A orientadora de um culto infantil em Kiev escreveu aos pais: "Que Deus proteja cada um de vós! Não caiamos em pânico, mantenham a calma e permaneçam humanos, aconteça o que acontecer! Se algum de vós precisar de ajuda, por favor contacte-me pessoalmente".
É trágico e embaraçoso para todos nós assistir impotentes à morte das pessoas!
Muitas ilusões começam a afastar-se de nós!
Numa situação destas ajudam-nos as palavras da dirigente do serviço litúrgico em Kiew.