Cultura e Pastoral da Cultura - Actualidade
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Oliveira
«Fazer isto é como escrever uma oração»: Manuel Cargaleiro oferece painel de azulejos para capela [Imagens]
«Quis fazer esta riqueza para Deus», «como uma pessoa simples que faz o ramo mais bonito para Deus»: foi com estas palavras que o Mestre Manuel Cargaleiro apresentou, a 3 de agosto, o painel de azulejos instalado ao longo das laterais da capela da Misericórdia, na paróquia de S. Tomás de Aquino, em Lisboa. «Não sabia o que ia fazer, mas sabia que deveria ser três coisas: algo simples, algo meu e uma riqueza para Deus», declarou o pintor e ceramista português de 93 anos.
Mosteiro que acolheu Cartuxos em Évora
recebe visitas guiadas
O mosteiro de Santa Maria Scala Coeli, em Évora, que até 2019 acolheu a única Cartuxa em Portugal, apresenta até setembro um programa de quinze visitas guiadas (as duas primeiras esgotaram a lotação), enquanto se aguarda pela chegada das religiosas do Instituto das Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará.
A Fundação Eugénio de Almeida, proprietária do espaço, abre as portas do «eremitério que foi a casa cartusiana do Alentejo», oferecendo um itinerário orientado «para a descoberta dos rituais, dos hábitos e dos exercícios espirituais que pontuaram o quotidiano da vida dos monges que a habitaram»
Paulo VI e a ideia de uma Igreja
que é voz de quem não tem voz
Foi de Paulo VI o apelo a edificar a «civilização do amor», pedindo, concretamente, à ONU o empenho pelo desarmamento e a cessação dos conflitos, dando lugar ao diálogo e às negociações. Como papa, continuou o concílio. Quis a reforma litúrgica com precisão e atenção pastoral. Quis uma Igreja pobre, ou seja – como ele mesmo escreveu –, livre de se apresentar à humanidade como mãe e mestra, mas principalmente como amiga e voz de quem não tem voz, sobretudo para os povos em vias de desenvolvimento, os ciganos, os trabalhadores, os explorados.
«Hiroxima foi uma verdadeira catequese humana sobre a crueldade»: João Paulo II e Francisco sobre a «tragédia inesquecível»
«Recordar, caminhar juntos, proteger: são três imperativos morais que adquirem, precisamente aqui em Hiroxima, um significado ainda mais forte e universal e são capazes de abrir um caminho de paz. Consequentemente não podemos permitir que as atuais e as novas gerações percam a memória do que aconteceu, aquela memória que é garantia e estímulo para construir um futuro mais justo e fraterno; uma memória expansiva, capaz de despertar as consciências de todos os homens e mulheres, particularmente de quantos hoje desempenham um papel especial no destino das nações; uma memória viva, que ajude a dizer de geração em geração: nunca mais!»
A barca da Igreja não foi feita
para a calmaria, mas para a tempestade
Logo a seguir aos pães que trasbordavam das mãos e dos cestos, no Evangelho do passado domingo, Jesus «obrigou os discípulos», que gostariam de ficar ali, na relva, a alegrar-se com o sucesso, a «embarcar e a ir adiante para a outra margem». Tem de os obrigar, não querem ir para o outro lado do mar, é terra pagã, há o risco de serem recusados, como já tinha acontecido. O verdadeiro lugar dos crentes não está nos resultados triunfais, mas numa barca no mar, mar aberto, onde mais cedo ou mais tarde, durante a navegação da vida, virão águas agitadas e vento contrário. Mas não serão deixados sós.
Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura)