Cultura e Pastoral da Cultura - Actualidade
Novas sugestões de leitura
Oliveira
Dos ricos conteúdos do site do SNPC, respigamos, com a devida vénia o que segue:
(A. G. Pires)
Os dias do tempo : 3.8.2021 [Imagem+Áudio]
«Homem de pouca fé, porque duvidaste?»: Palavras, imagens e música para dar sentido às horas desta terça-feira.
Santificar a comunicação: Onde está o Evangelho nos ataques, murmurações e calúnias entre cristãos?
O que falta para sermos constantemente iluminados pela Palavra do Senhor nos pensamentos, nos sentimentos, nas ações, para levarmos a todo o lado um pouco de ar fresco que fale de acolhimento, de respeito, de silêncio, de escuta, de partilha, de cuidado, de dom, de bem comum, de perdão e de misericórdia? Provavelmente construímos um Deus à nossa imagem e semelhança que, no quotidiano da nossa vida, desenterramos durante os ritos, e que, no dia a dia, deixamos na gaveta como um talismã.
O desarme da editoria católica
Quando em muitos países se veem encerrar com cada vez mais frequência livrarias religiosas; quando até casas editoras históricas têm dificuldades em manter o passo do mercado; quando se assiste ao dinamismo de projetos e promoções de editoras laicas no campo do livro religioso e não se assiste a uma programação estratégica apontada para o futuro pelas casas editoras católicas; quando, por fim, se observam as lentas e tantas vezes inconclusivas mudanças no plano dos dirigentes, da distribuição e da operacionalidade, confirmando o estado de incerteza e desorientação que se está a viver, a impressão de quem observa estes fenómenos do exterior só pode ser a de um iminente desarme.
O filme sobre Santo Inácio que Bresson não fez mas que marcou o início do “seu” cinema
Em poucos meses, apesar dos anúncios e do imenso trabalho preparatório, as circunstâncias favoráveis não se concretizam, e o filme nunca verá a luz. Bresson recordava-o muitas vezes: «Passei um ano em Itália para este filme que não rodei. Ano que, de resto, não lamento». O realizador, com efeito, levou consigo para França uma bagagem de reflexões que tiveram uma importância fundacional sobre toda a sua obra. O que teria sido o filme sobre Inácio poderemos agora vislumbrá-lo em contraluz nas imagens e nos sons de “Diário de um pároco de aldeia”, que revela como uma obra de arte pode documentar uma busca interior de verdade, sem a mínima concessão ao efeito.
Papa Francisco veio derrubar o pensamento que torna a realidade invisível, diz escritor Pankaj Mishra
Sei por experiência pessoal o quanto é difícil, para os escritores e intelectuais do Sul do mundo, fazer escutar a sua voz, narrar as suas ideias e as suas experiências. Encontramo-nos diante de um discurso público incrivelmente empobrecido. Marilynne Robonson, numa extraordinária passagem do seu livro sobre a Grã-Bretanha, “Mother country”, escreve que o propósito do volume é o de abater algumas estruturas de pensamento que nos tornam impossível ver a realidade. São estruturas monumentais, no centro da nossa civilização. E o papa Francisco parece-me comprometido precisamente nessa tarefa: abater aquelas estruturas de pensamento que tornaram a realidade invisível a muitos de nós.
Homilias que (se) estendem
Há um texto dos Atos dos Apóstolos que nunca se lê na missa. A minha hipótese é que aqueles que escolheram as leituras eram padres e omitiram-no como ato de clemência para com os colegas, para lhes evitar um dia de escárnio por parte dos fiéis. Se o santo padre ler esta edição, permito-me submeter à sua atenção a possibilidade de fazer de Eutico o santo padroeiro dos estudantes ou dos fiéis na missa, talvez com o título de mártir! Mas qual é o parâmetro de juízo para uma homilia boa e uma homilia que não o é? Ocorre-me pensar que uma homilia não é boa se somente agradar.
«Querem heróis?» Olhem para Santo Inácio e padre Ricardo Neves
«A estes dois homens, que viveram separados por 500 anos, e que gozam de notoriedade tão assimétrica, encontramo-los juntos, com a sua memória e legado, ainda hoje a inspirar a vida de tantos. (…) Num país tão carente e tão dependente, é fundamental chamarmos a nós os ensinamentos destes homens. Querem heróis? Olhem para o lado, eles estão demasiadas vezes perto de nós, à distância de uma palavra, ao alcance de uma mão aberta.»
E vós, também vos quereis ir embora? Religiosas católicas ficam no Afeganistão
«A violência é o estado de direito no Afeganistão, e a situação piora a cada dia»: Este é o testemunho da irmã Shahnaz Bhatti, freira paquistanesa que está na capital afegã, Cabul, há vários anos. A 11 de setembro, os últimos soldados norte-americanos deverão deixar o país, duas décadas após o início da missão que visava instaurar paz e democracia, mas «o sangue corre pelas ruas como se fosse água». «Como S. Francisco disse, rezamos o Evangelho sem palavras. Fora da nossa casa não podemos professar a nossa fé, mas todos sabem que somos cristãs, respeitam-nos e apreciam a forma como acolhemos todo aquele que precisa. Temos aqui muitos amigos, e em relação ao resto confiamos em Deus.»
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