Cultura e Pastoral da Cultura - Actualidade
Novas sugestões de leitura
Oliveira
Dos ricos conteúdos do site do SNPC, respigamos, com a devida vénia o que segue:
(A. G. Pires)
«Os avós e os idosos não são sobras de vida, desperdícios para deitar fora», declara papa
«Perguntemo-nos: “Visitei os avós? Os idosos da minha família ou do meu bairro? Prestei-lhes atenção? Dediquei-lhes algum tempo?” Guardemo-los, para que nada se perca: nada da sua vida e dos seus sonhos. Esta foi uma das advertências que o papa proferiu hoje, pela voz do arcebispo Rino Fisichella, na homilia da missa, na basílica de S. Pedro, Vaticano, durante a qual se assinalou o primeiro Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. .«Os avós, que alimentaram a nossa vida, hoje têm fome de nós: da nossa atenção, da nossa ternura; de nos sentir ao pé deles. Ergamos o olhar para eles, como Jesus faz connosco», pediu Francisco.
Santiago: Peregrinar fora e dentro de si
Segundo alguns, a figura da peregrinação é talvez aquela que melhor descreve a espiritualidade contemporânea, sobretudo das novas gerações: busca, mais do que posse; perguntas, mais do que certezas; nostalgia; mais do que saciedade. Uma espiritualidade que aceita o risco, que avança por tentativa e erro, que sente o fascínio dos grandes horizontes, mas também a grande fadiga dos pequenos passos. Uma espiritualidade que, tendo renunciado ao poder unificador da ideologia, vive a balançar entre o ser fragmento entre os outros fragmentos em que se desdobra a existência, e o tornar-se fio condutor de todas as experiências da pessoa. O Caminho de Santiago foi e continua a ser para a Europa uma matriz de vida, cultura, relações hospitaleiras.
Compostela: Um Jubileu para renascer
O Caminho voltou a números consideráveis no início dos anos 90 do século passado, e por muitos motivos, históricos e culturais, nem todos ligados à fé. Mas talvez tenha sido sempre assim. No rio do tempo, como no céu das noites ao longo do Caminho pontilhadas pela miríade de estrelas da Via Láctea, prescindindo das estatísticas e dos números, por vezes brilha algo que está destinado a não se extinguir. E que muitos reconhecem neste êxodo da rotina quotidiana que é a peregrinação a Santiago.
Deus faz muito com o pouco que lhe damos
«Seria belo que todos os dias nos perguntássemos: “Hoje, o que levo a Jesus?” Ele pode fazer muito com uma nossa oração, com um nosso gesto de caridade pelos outros, até com uma nossa miséria entregue à sua misericórdia», porque «Deus gosta de agir assim: faz coisas grandes a partir das pequenas, gratuitas», afirmou hoje o papa. Acompanhadas pela denúncia da «tragédia da fome, que atinge em particular os mais pequenos», as palavras de Francisco, proferidas hoje, basearam-se no Evangelho proclamado nas missas deste domingo, que relatam a transformação de cinco pães e dois peixes, feita por Jesus, em alimento mais que suficiente para saciar milhares de pessoas.