Cultura e Pastoral da Cultura - Actualidade
Novas sugestões de leitura
Oliveira
Dos ricos conteúdos do site do SNPC, respigamos, com a devida vénia o que segue:
Associação de Estudantes da Faculdade de Teologia apresenta novo número da revista “Fundamentum”
A mais recente edição da “Fundamentum”, revista da Associação de Estudantes da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (Lisboa), é dedicada à “santidade” e abre com um estudo bíblico assinado pelo Card. José Tolentino Mendonça. O número nove da publicação é apresentado hoje, 2 de julho, em sessão pela internet aberta a todos os interessados. «A santidade, há de explicar Jesus a Pedro, não é a impecabilidade, mas este movimento profundo de nos voltarmos para um outro, para o Todo-Outro, e deixarmo-nos atravessar por uma experiência de reconhecimento e misericórdia, como na penumbra da catedral o vitral se deixa atravessar pela luz», escreve o responsável pela biblioteca e arquivo apostólicos do Vaticano.
Mais Cultura [Vídeo]
Cinema, arte urbana, circo contemporâneo, maratona de leitura, Mia Couto, José Mário Branco, António Lobo Antunes, Salgueiro Maia, prémios de imprensa e mais um passo para que o santuário do Bom Jesus seja classificado com património mundial: a Pastoral da Cultura a acompanhar a atualidade do património e da criação artística.
As sete palavras de Ernest Hemingway sobre a crucificação de Jesus
O extraordinário, o sobrenatural, mostra-se nos detalhes, incongruentes e misteriosos. O mal de estômago do terceiro soldado, que entrevê um mal-estar mais profundo que a bebedeira e arranca ao homem um «Jesus Cristo!» entre a derisão e a invocação, a insistência do primeiro soldado sobre como o condenado foi corajoso. «Mostra-me alguém que não queira descer da cruz»: o segundo soldado, o mais cético, que define Jesus como um «falso alarme», espreme também o suco da história. Também neste pequeno portento da produção de Hemingway está presente o âmago da sua conceção filosófica: a ideia que a resistência na derrota exprime a dignidade humana a um nível mais alto em comparação com o esplendor da vitória.
«Não pode nem deve haver oposição entre fé e ciência», sublinha papa
«Nunca como neste tempo se sente a necessidade de um relançamento da investigação científica para fazer frente aos desafios da sociedade contemporânea», apontou Francisco. São inegáveis a importância e necessidade da investigação, mas deve ter-se sempre presente que «nenhum saber científico deve caminhar isolado e sentir-se autossuficiente». Dirigindo-se a um grupo de cientistas reunido para um congresso organizado por uma diocese católica, o papa declarou: «Asseguro-vos, estou próximo de vós, e toda a Igreja está próxima de vós, com a oração e o encorajamento».
Esconder dinheiro é sinal que algo está mal: Francisco pede economia inspirada nas bem-aventuranças [Vídeo]
A ocultação de dinheiro nos paraísos fiscais e a urgência de criar emprego foram alguns dos temas referidos pelo papa na mensagem enviada à Associação Cristã de Dirigentes de Empresas, revelada hoje, dia em que Francisco também pediu orações pela «amizade social», que recusa «populismos» e é capaz de estender sempre a mão. «Investir no bem comum, não esconder a “massa” [dinheiro] nos paraísos fiscais. Investir. O investimento é dar vida, é criar, é criativo. Saber investir, não esconder. Uma pessoa esconde quando não tem a consciência limpa ou quando está enraivecido», sublinha Francisco, antes de declarar: «Quando escondemos, é porque algo está a funcionar mal».
As palavras curam
O escritor é um camponês, um arquiteto. Um escritor dá-se conta (e sofre com isso) quando as palavras perdem o seu espírito vital. Ao escrever, aplica-se para o restituir. Cada palavra é conjunto de relações. Quando se rompe um destes laços (por inabilidade, «descuido» - diria Raymond Carver – ou vontade de manipulação), a palavra perde o seu espírito. Pode tornar-se nociva, veneno. Pode ser contagiosa, desencadear «uma epidemia pestilenta» da linguagem (Italo Calvino). Por sorte, sabemos onde encontrar os anticorpos: na literatura. A literatura ensina a cuidar das palavras. Não só. As palavras, por seu lado, podem cuidar de nós. As palavras curam.
De que servem tantas iniciativas na Igreja se damos tão pouca atenção a viver o que anunciamos?
Jesus serve-se dos seus discípulos: vai enviá-los dois a dois, para que, com a sua palavra e testemunho, saibam atrair os outros. Não envia militantes – como fazem os partidos políticos – nem propagandistas. Envia-os pobres e sem meios humanos, para que apareça claramente que a força vem de Deus, da sua Palavra, da sua mensagem. Para Jesus, o testemunho de vida é mais decisivo que o testemunho das palavras.