Cultura e Pastoral da Cultura - Actualidade
Novas sugestões de leitura
Oliveira
Transcrevemos, com a devida vénia, do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura:
Número 70072 [Vídeo+Imagens]
Lidia Maksymowicz apresentou-se ao papa Francisco mostrando-lhe o braço marcado com o número 70072. «Tinha três anos, e mal entrei no “lager” de Birkenau, um dos campos de Auschwitz, arrancaram-me do abraço da minha mãe para me transformar numa cobaia do “doutor” Mengele». Lidia, antes de tudo, sorri enquanto desaperta o pulso da camisa para enrolar a manga e mostrar aquela marca a Francisco. E o papa, profundamente comovido, beijou o braço da mulher, precisamente onde a carne traz impressa a tentativa de lhe eliminar, com o nome, a identidade. O gesto de Francisco foi também uma marca, radicalmente oposta, na audiência geral de hoje.
Porque é que Deus não me dá o que lhe peço? É Ele que nos converte, não o contrário, lembra Francisco
«Há uma contestação radical à oração, que deriva de uma observação que todos fazemos: nós rezamos, pedimos, mas por vezes as nossas orações parecem ficar por escutar: o que pedimos – para nós ou para os outros – não se realiza – temos esta experiência muitas vezes. Se Deus é Pai, porque não nos escuta? Ele que nos assegurou dar coisas boas aos filhos que lhe pedem, porque não responde aos nossos pedidos? É fácil escrever num estandarte «Deus está connosco»; muitos estão ansiosos por assegurar que Deus esteja com eles, mas poucos se preocupam em verificar se eles estão efetivamente com Deus.»
Dominicanos elogiados pelo papa por presença na cultura e estímulo ao encontro entre fé e razão
«O apostolado intelectual» dos Dominicanos, as suas «escolas e institutos de ensino superior, o cultivo das ciências sagradas e a sua presença no mundo da cultura estimularam o encontro entre a fé e a razão», sublinhou o papa em carta enviada ao superior da Ordem, por ocasião do oitavo centenário da morte do seu fundador, S. Domingos de Gusmão, na qual também destaca a sua simplicidade e intuições renovadoras que a Igreja pode hoje retomar.
TikTok e evangelização: Oportunidades, riscos e desafios do novo continente digital
Além da Ásia e da América, o TikTok foi escolhido também por alguns padres nos países de antiga evangelização. Em França, por exemplo, o P. Matthieu Jasseron responde às perguntas dos jovens utilizadores, muitas vezes afastados da Igreja. Perguntas sobre a fé – como rezar, como ser batizado, o que é o Paraíso – mas também questões eclesiais, sobre temáticas como o sacerdócio feminino ou o celibato. Um dos primeiros padres franceses a chegar ao continente TikTok foi Vincent Cardot, graças aos jovens da sua paróquia. Ao usar a rede social, o sacerdote teve a impressão de descobrir um novo mundo, onde a fé está totalmente ausente. «A substância não era realmente edificante, mas disse a mim próprio que se não estivermos lá para estarmos próximos destes jovens, outros ocuparão esse lugar, e não necessariamente por bons motivos.»
Pandemia: Gratidão, esperança e o feliz discernimento da Igreja
A Igreja, nas suas sedes “oficiais”, não teve dúvidas em afirmar não só a liceidade das vacinas (não é mal vacinar-se), mas também o carácter ético da escolha da vacina (é um bem vacinar-se) para contribuir assim para a saúde e o bem comum de toda a coletividade: uma maneira de cuidar uns dos outros. Não só durante o processo de vacinação, mas durante o período que o antecedeu. Em Portugal, «país que continua fortemente marcado pelas festividades católicas, quando os picos do alarme se chamavam Natal ou Páscoa, nunca houve da parte dos responsáveis católicos portugueses um incentivo que não fosse ao cumprimento das regras e à adaptação do culto às contingências da crise sanitária», escreveu-se em editorial no "Público".
O hábito perfeito: Estilistas Dolce e Gabbana imaginam S. Francisco a partir da sua veste
No início dos anos noventa, de regresso de umas férias em Istambul, trouxemos alguns tecidos, todos diferentes. Havia brocados dourados, passamanarias, estampados florais, tules, simples garças de algodão, restos matizados. Cerca de trinta anos depois, quase inconscientemente, regressou a nós a necessidade de explorar aquela técnica, o “patchwork”, que nos parece o símbolo perfeito do estar bem juntos num momento tão complicado como aquele que estamos a viver. Recolocar em conjunto as peças, voltar a dar vida àquilo que foi abandonado, e fazê-lo com amor. É este o primeiro pensamento que nos vem à mente ao ver os remendos da veste de S. Francisco.
Agradecimentos:
Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais
Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja
Secretariado Nacional das Comunicações Sociais