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CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS DO ENSINO CATÓLICO

Espaço aberto a comunicações de antigos alunos do ensino católico em Portugal.

Espaço aberto a comunicações de antigos alunos do ensino católico em Portugal.

CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS DO ENSINO CATÓLICO

04
Abr24

Que direito fundamental é este?


Oliveira

Com a devida vénia, transcrevemos para os leitores do nosso Blog o artigo que segue, do Dr. Pedro Vaz Patto publicado, ontem, em 7 MARGENS.

(A. G. Pires)

Uma esmagadora maioria de deputados e senadores franceses aprovou uma revisão constitucional que consagra o direito ao aborto (eufemisticamente designado, como vem sendo habitual, como “interrupção voluntária da gravidez”) como direito fundamental: um direito situado a par de todos aqueles que constam das históricas Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, da Revolução Francesa, e Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948. Uma aprovação transversal, da extrema esquerda à extrema direita, passando pelo centro, saudada com entusiasmo por Emmanuel Macron e Marine Le Pen e festejada com a iluminação da torre Eiffel. Entretanto, o presidente francês propõe também (já desde há algum tempo) incluir esse pretenso direito na Carta Europeia dos Direitos Fundamentais. Entre nós, surgiu logo a proposta de alguns políticos de seguir este exemplo francês.

Não foi exactamente assim que a questão da legalização do aborto foi inicialmente proposta em muitos países.

Muitos dos proponentes dessa legalização (como Simone Weil, em França) reconheciam o aborto como um drama, não como um bem. Vem-me à memória o que muitos diziam em Portugal: “somos todos contra o aborto, só não queremos a prisão das mulheres”; “somos contra o aborto, só queremos eliminar o aborto clandestino e o problema de saúde pública que representa”. Ou também o tão proclamado propósito: “o aborto deve ser legal, seguro e raro”. Reconhecia-se, então, que o aborto era um mal que não devia ser promovido, tendencialmente deveria ser evitado, embora fosse, de algum modo, inevitável. Falava-se habitualmente em “despenalização” do aborto, não em direito ao aborto. Discutia-se a adequação da política criminal para combater o flagelo do aborto clandestino, sem falar em “direito ao aborto”. Quando o Tribunal Constitucional português se pronunciou sobre a conformidade dessa legalização, ou despenalização, com o princípio constitucional da inviolabilidade da vida humana, fê-lo no pressuposto de que havia que equilibrar, segundo o critério designado como de “concordância prática”, a protecção da vida do embrião e do feto com a protecção da liberdade da mulher grávida. Mas nunca deixou de considerar que essa vida, como vida humana, não era merecedora de protecção. Por isso, a lei deveria estabelecer sempre limites, ou relativos às causas da prática do aborto, ou relativos ao tempo de gestação do nascituro.

É certo que já então se alertava, do outro lado da contenda, para o perigo de assim derrubar o alicerce que representa o princípio da inviolabilidade da vida humana (superior ao da liberdade pessoal), como o início de uma “rampa deslizante” que não é possível deter. Não estava em causa apenas uma questão de política criminal; não estava em causa apenas a descriminalização ou despenalização do aborto, mas a sua legalização: por isso, os serviços de saúde, públicos e privados, passavam a colaborar activamente na sua prática. A vida humana não era menos digna de protecção na sua fase inicial, por que todos nós passamos.  A protecção da vida não é abstracta, mas concreta, e, por isso, ao contrário do que sucede com outros direitos ou liberdades, não pode deixar de ser absoluta e ilimitada (ou é protegida, ou não é, porque ninguém pode estar semi-vivo). E também se dizia que à mulher grávida em dificuldade não pode ser dada apenas, pelo Estado e pela sociedade, a escolha entre aborto clandestino e aborto legal.

Agora, com este pretenso reconhecimento do aborto como direito fundamental (colocado a par de todos os outros direitos fundamentais elencados em declarações internacionais e Constituições nacionais) cai por terra a noção do aborto como um mal. O objecto de um direito, e ainda mais de um direito fundamental, não pode deixar de ser um bem. Não tem sentido não promover, evitar ou limitar o acesso a esse bem. Reconhecer o direito ao aborto como direito fundamental abre a porta às leis mais extremistas (como as que já estão a ser propostas em alguns Estados norte-americanos) que afastam as (muitas ou poucas) limitações ao exercício desse direito, incluindo as relativas ao tempo de gestação do feto (já não apenas dez ou doze semanas). Torna muito mais frágil o exercício da objecção de consciência de profissionais de saúde, encarada com obstáculo ao exercício de um direito fundamental (os governantes franceses disseram que ela não está em causa, mas teme-se, justificadamente, que venha a estar). Faz prevalecer em absoluto a liberdade da mulher sobre a vida do nascituro, para além de qualquer ponderação entre esses dois valores. Afasta definitivamente a preocupação de que o aborto seja raro: aos deputados franceses parece não impressionar o número de abortos que, no seu país, não pára de aumentar (os últimos conhecidos apontam para 234 mil por ano, sendo os nascimentos cerca de 728 mil – ver Avvenire, 5/3/2024). Tal como afasta qualquer política que promova alternativas ao aborto junto de mulheres grávidas em dificuldade.

A questão que se coloca, então, com a maior pertinência é a de saber qual o fundamento que possa justificar a consagração deste pretenso direito fundamental; o que pode justificar que Constituições nacionais ou a Carta Europeia dos Direitos Fundamentais, que reconhecem o direito à vida como o primeiro dos direitos (porque todos eles pressupõem a vida do seu titular) pode consagrar o direito a suprimir uma vida, ainda para mais a vida mais frágil, indefesa e inocente (“o mais pobre dos pobres”, dizia Santa Teresa de Calcutá).

Se atenderemos às declarações do principal proponente desta medida, o presidente Emmanuel Macron, o que fundamenta esse direito será o direito da mulher a dispor do seu corpo. “O meu corpo, a minha escolha” – voltou a ouvir-se este slogan nas manifestações de apoio à deliberação das câmaras parlamentares francesas. Seria de esperar já definitivamente superado este argumento, tão contrário aos mais evidentes dados da ciência e da experiência comum.

Encarar o embrião e o feto como parte do corpo da mulher será como recuar às concepções do direito romano (segundo as quais, seriam parte “das vísceras da mulher”). Também na antiga Grécia se considerava que só com o nascimento se saberia se o feto era humano ou monstro (é claro que não havia, então, ecografias…). Os dados da biologia são inequívocos: a partir da concepção estamos perante um novo ser da espécie humana (obviamente não de qualquer outra espécie animal), com um património genético próprio (único e irrepetível, distinto da mãe e do pai), dotado de capacidade de evoluir, conservando sempre a mesma identidade (é sempre o mesmo até à idade adulta e à morte), através de um processo autónomo e coordenado, sem qualquer quebra de continuidade, de acordo com uma finalidade presente desde o início (um processo sumamente organizado e inteligente, pois, muito longe de um simples amontoado de células). No fundo, o embrião é aquilo que cada um de nós já foi e nenhum de nós teria atingido a fase da vida que hoje atravessa se não tivesse passado por essa fase inicial da vida, ou se tivesse sido impedido nessa fase tal processo de evolução natural.

Conceber o direito ao aborto como direito fundamental é desvirtuar a noção dos direitos humanos universais. Estes não resultam de uma decisão arbitrária do legislador (que tanto poderia atribui-los aos seus titulares como retirá-los); resultam do direito natural e o direito positivo reconhece-os como algo lhe é prévio e superior. A histórica declaração de direitos humanos que consta da Declaração da Independência dos Estados Unidos afirma os direitos à vida, à liberdade e à busca da felicidade como direitos conferidos aos seres humanos pelo seu Criador (não pelo Estado). Estamos muito longe desta noção de direitos humanos quando neles se pretende incluir o direito ao aborto.

Mas, mais grave do que isso, conceber o direito ao aborto como direito fundamental decorrente do direito da mulher a dispor do seu corpo, ignorando qualquer direito do nascituro, conduz, na expressão do filósofo italiano Vittorio Possenti (in Avvenire, 13/3/2024) à “abolição do outro”: a existência e o estatuto do outro depende de uma arbitrária decisão individual, com as graves repercussões que esta concepção provoca em toda a interacção social.

São justificados os alertas e receios de perigos que hoje correm os direitos humanos que pensávamos bem consolidados. Com todo o respeito pela boa fé de quem assim não pensa, considero que afirmar o direito ao aborto como direito fundamental é o mais grave desses perigos.

Pedro Vaz Patto

Pedro Vaz Patto é presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, da Igreja Católica. 

04
Abr24

ESTE SÁBADO (6-ABRIL): CAMINHADA PELA VIDA EM 12 CIDADES - MAIS 5 BISPOS APOIARAM!

CURSO EUROPA + 3 LIVROS IMPORTANTES


Oliveira

Partilho informação importante enviada pelo Dr. António Pinheiro Torres sobre a Caminhada pela Vida e outros assuntos de relevo.

(A G Pires)

Caros amigos

É já este Sábado, 6 de Abril (daqui a menos de 48 horas!) que em 12 cidades do país terá lugar a Caminhada pela Vida! Aos três iniciais (ÉvoraLisboa e Porto) juntaram-se agora outros cinco Bispos a apelar à participação nas respectivas Dioceses: AveiroBragaCoimbraGuarda e Viseu. Reiterando que a Caminhada é integrada por pessoas de diversos credos ou sem qualquer um, de diversas confissões cristãs e diferentes convicções políticas, todos são bem-vindos!, o facto de oito Bispos portugueses terem apelado à participação na Caminhada é sinal não apenas da sua paternidade, mas também da importância desta jornada seja para manifestar a oposição popular às leis contra a Vida e a Família, seja para afirmar uma cultura da Vida indispensável ao desenvolvimento do país e de todos. Conclusão: não faltem a esta jornada e tragam a família e os amigos (normalmente as concentrações são às 14h30 e pelas 16h30 a Caminhada está concluída)!

Aproveito a boleia deste email para vos dar conta também do curso de formação “Os três pilares da Europa” promovido pelo Instituto Imperador Carlos I da Áustria (cartaz em anexo, começa hoje e vai até Junho) e da apresentação dos livros “Identidade e Família” coordenado pelo Movimento de Acção Ética e que será apresentado [no dia 8 de Abril] por Pedro Passos Coelho (cartaz em anexo) e “O Príncipe da Democracia” [uma biografia de Francisco Lucas Pires] de Nuno Poças e “Introdução ao Conservadorismo” de Miguel Morgado), estes dois últimos no IDL-Instituto Amaro da Costa, e, respectivamente, nos dias 9 e 18 de Abril, às 21h00.

Na alegria antecipada de nos encontrarmos todos este Sábado na Caminhada pela Vida (no meu caso, em Beja), um abraço do

António Pinheiro Torres

Formação Os três pilares da Europa 7 sessões a

Apresentação livro Identidade e Família por Ped

 

31
Mar24

Reflexão para o Domingo de Páscoa


Oliveira

Com a devida vénia, partilho um texto do site Vatican news para a Páscoa de 2024.
(A. Oliveira)
 

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Quando também experimento a ausência de Jesus, como reajo? Onde e como o busco? No lugar dos mortos ou como aquele que é Vida e que dá Vida? Cristo é, de facto, o Senhor de minha vida?
 

Padre Cesar Augusto, SJ - Vatican News

“Sepulcro vazio: Jesus ressuscitou”

Maria Madalena vai ao sepulcro. É madrugada! Maria, ainda com o ambiente escuro pela ausência de sol, vai ao sepulcro. É noite não apenas na natureza, mas principalmente no coração de Maria Madalena. Aliás, em seu coração não. Ali o amor iluminava. Ela não consegue ficar longe do corpo morto de seu Senhor, daquele que a libertou do mal. Ela não consegue viver sem Jesus!

Ela diz que vai ungir o corpo do Senhor, mas como? Existe uma pesada pedra tampando o túmulo e, além do mais, Nicodemos e José de Arimateia já haviam preparado o corpo.

Quando ela chega, a pedra está removida, mas o sepulcro está vazio! Maria sente-se completamente perdida e desolada. Sai correndo para comunicar a Pedro e a João. Ela pede ajuda. Sente-se perdida e impotente.

Quando também experimento a ausência de Jesus, como reajo? Onde e como o busco? No lugar dos mortos ou como aquele que é Vida e que dá Vida?

Cristo é, de facto, o Senhor de minha vida?

Prossigamos em nossa oração.

Todo aquele que ama está fadado a sofrer muito!

Maria vê o sepulcro vazio, um anjo à cabeceira e outro nos pés, mas nada entende.

O evangelista quando descreveu esse quadro, quis nos dizer que Jesus é a nova e eterna aliança do Pai com os homens.

O sepulcro, uma caixa rectangular aberta e com dois anjos, recorda a qualquer devoto a arca da aliança com os anjos do propiciatório. A aliança nova e eterna foi realizada!

Enquanto está com o olhar fixado dentro da sepultura, Maria escuta alguém perguntando a ela por que está chorando. Esse que lhe pergunta quer lhe dizer: “Mulher, por que choras?” Você não tem motivo para chorar, antes para se alegrar. As lágrimas de Maria revelam seu grande amor e sua pouca fé.

Jesus entra em diálogo com Maria de modo semelhante como entrou em diálogo com outras pessoas. Revela-se progressivamente, adaptando suas palavras e seus gestos à história dessas pessoas e às situações concretas em que se encontram.

Maria só vai entender que aquela voz é de Jesus no momento em que deixa de olhar para o sepulcro, para o lugar da morte, e volta os olhos e o corpo inteiro na direção contrária. Então, ela vê Jesus, vivo, ressuscitado!

Como Maria, muitas vezes não encontramos Jesus porque não o buscamos vivo, mas sim seu cadáver.

Concluamos nossa reflexão.

Assim como Madalena buscava Jesus por toda a parte, também o Ressuscitado seguia seus passos, seus olhares. E a primeira palavra que pronuncia ao dirigir-se a ela é “MULHER”. Depois pergunta por que chora. Jesus continua, em sua nova forma de existência, vindo ao nosso encontro e quer saber quais são as causas de nossa tristeza. Ele é o consolador, é a nossa alegria, é a nossa vida!

Feliz Páscoa!

13
Mar24

MAIOR PARTICIPAÇÃO NAS ELEIÇÕES PROPORCIONOU UM PORTUGAL MAIS EQUILIBRADO


Oliveira

Pelo que contêm de muito actual e oportuno, a COPAAEC propõe para leitura e reflexão mais um artigo do jornalista A. Cunha Justo. Oportuno e conveniente, apesar de tudo…

(A. G. Pires)

Montenegro condicionado a fazer Coligação

com o Chega por Lealdade ao Conservadorismo e para reconhecer a Vontade soberana dos Votantes

As eleições realizadas no domingo (10/3/24) marcam um acerto à direita de Portugal, com a vitória da Aliança Democrática (AD), coligação entre o Partido Social Democrata (PSD) e o Centro Democrático Social (CDS). AD 79 deputados (29,5%), PS 77 (28,7%), Chega 48 (18,1%), IL 8 (5,1%), BE 5 (4,5%), CDU 4 (3,3%), L 4 (3,3%), PAN 1 (1,9%) e ADN 0 deputados...

Embora Montenegro tenha negado a coligação com o Chega, em termos de poder e atendendo à votação de grande parte do povo nele, Montenegro teria de rever a sua posição, doutro modo iniciará um governo muito instável e um período ingovernável que faria lembrar o tempo da “geringonça”. Doutro modo só favoreceria a esquerda mais radical ou provocaria novas eleições em que seria castigado...

... o que motivou o povo a acorrer em maior percentagem às eleições foi sobretudo a necessidade nacional de um país mais equilibrado para não continuar a mancar só para a esquerda...

Agora que o PS deixou “a casa desarrumada” é hora de a AD a arrumar. Isso, em termos políticos poderia tornar-se num golpe contra si mesma se não tiver em conta o estilo de política partidária do PS: o dilema será implementar a ideologia como fazia o socialismo ou implementar o bem de todos em Portugal com uma política económico-social-cultural equilibrada...

O pior que a classe política poderia fazer seria entrar numa discussão antidemocrática destrutiva-partidária e a AD e o Presidente da República se deixassem levar numa polémica de fazer coligação ou não com o Chega. Depois de tantos anos de solidariedade esperta entre partidos da esquerda, fossem eles extremistas ou não, tornar-se-ia hipócrita uma discussão de não aceitação de uma coligação da AD com o CHEGA e possivelmente IL. Tal como no passado a esquerda foi solidária entre si em defesa do poder e do progressismo socialista, a direita  tem a oportunidade de se unir para pouco a pouco ir criando uma mentalidade popular mais equilibrada e deste modo estabilizar uma plataforma social de abertura ao conservadorismo em Portugal. Só uma sociedade equilibrada entre conservadorismo e progressismo poderá funcionar bem!

António CD Justo

Texto completo em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9159

13
Mar24

O PAPA APELA A NEGOCIAÇÕES CONTRARIANDO A VONTADE DA NATO


Oliveira

Pelo que contêm de muito actual e oportuno, a COPAAEC propõe para leitura e reflexão mais um artigo do jornalista A. Cunha Justo. Oportuno e conveniente, apesar de tudo…

(A. G. Pires)

Da Interpretação errónea das Declarações do Papa Francisco

No início de fevereiro, numa entrevista recentemente publicada na televisão suíça, sem nomear nenhuma das duas partes em conflito, (a Rússia ou a Ucrânia), o Papa apelou para negociações e disse: "Quando virem que estão a ser derrotados, que as coisas não estão a correr bem, devem ter a coragem de negociar". "Não tenham vergonha de negociar antes que as coisas piorem". "As negociações nunca são uma capitulação", disse o Papa.

Quando o entrevistador lhe perguntou se, por vezes, „não será preciso coragem para levantar a bandeira branca”, o Papa respondeu: "É uma questão de perspetiva. Mas penso que a pessoa mais forte é aquela que reconhece a situação, que pensa nas pessoas, que tem a coragem de levantar a bandeira branca de negociar".

O Papa não disse que a Ucrânia devia render-se, mas as declarações, pelo significado e influência que têm, provocaram grande polémica no meio político e nos meios de comunicação social. A expressão „ içar a bandeira branca" foi utilizado pelo entrevistador e o estranho é que políticos e jornalistas - à maneira política pós-factual - se tenham agarrado a essa expressão sem prestarem atenção ao que o Papa realmente disse, para assim colocarem a questão em fora de jogo...

Sabiamente, o Papa recusou-se desde o início da guerra a jogar apenas a cartada dos países da NATO porque conhecia também as cartas da Rússia e o que há dezenas de anos ia acontecendo na Ucrânia...

Em vez das palavras do sumo pontífice terem provocado na política e na opinião pública publicada, uma discussão argumentativa e factual sobre causas e consequências, tudo reage em conjunto como se fossem beligerantes...

Os mesmos que acusam o Patriarca ortodoxo de Moscovo Cirilo de apoiar a política do sistema russo interferem agora na opinião pública ocidental criticando o facto do Papa Francisco não apoiar a política dos EUA/NATO/EU...

Os membros da NATO teriam desejado que o Pontífice reforçasse a sua vontade de guerra para assim se tornar cúmplice e fortalecedor da propaganda noticiosa em via. As autoridades de Kiev reagiram como do costume, dado o seu credo partir do pressuposto que se encontraram do lado do bem e terem de “matar o dragão”! ...

Seria mau e lamentável se representantes das comunidades religiosas se deixassem envolver nesta guerra demasiado complexa como participantes do conflito, como fez o Patriarcado de Moscovo e um bispo ou outro evangélico e indiretamente algum católico...

Ao contrário de políticos europeus (EU) que estão a sustentar uma guerra por procuração, o Papa está a defender os genuínos interesses da Europa e do seu povo nesta guerra geopolítica que está a ter lugar na Europa e só vem beneficiar os EUA e prejudicar também futuramente a Europa toda.

O Vaticano não persegue interesses políticos de poder e num momento de conflito internacional pior que o conflito de Cuba pretende evitar a escalada para uma guerra terceira mundial, a ser preparada às escondidas. Que católicos tomem posição num sentido ou noutro faz parte da liberdade da consciência católica.

O Papa tem de permanecer neutro (por saber que a verdade não está nem num polo nem no outro) e para isso tem de manter uma posição aberta às razões dos dois lados pois o seu compromisso é de ordem superior: o empenho pela paz alcançado através de leis e conversações e a justiça. Em política não há o lado bom nem o lado mau porque a sua lógica é a defesa de interesses...

A tática de o Ocidente identificar a Rússia com a União Soviética é manipulativa e falsa: é como comparar a Alemanha atual com o regime nazista...

A abordagem da responsabilidade da guerra na Ucrânia terá de ser colocada no contexto dos interesses geoestratégicos nato/Rússia e de parte da população ucraniana que apoiava a Rússia e a outra parte que apoiava a NATO e a EU...

Em abono da verdade, jornais alemães citam, Sahra Wagenknecht, copresidente do partido BSW que afirmou: "O apelo do Papa para que se iniciem finalmente negociações de paz para pôr fim à guerra na Ucrânia é corajoso e sensato". Francisco leva a sério a mensagem de paz do cristianismo e criticá-lo é uma falta de respeito. "Há muito tempo que a guerra na Ucrânia já não se trata de ganhar, mas apenas de morrer", disse a presidente do partido.

António da Cunha Duarte Justo

Texto completo em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9163

08
Mar24

Museu Casa Dom Bosco lança concurso de fotografia


Miguel Duarte

“O sonho de Dom Bosco hoje” é o tema da competição. Através da fotografia, os participantes deverão partilhar o seu olhar artístico sobre como o sonho de Dom Bosco se tornou realidade.

O sonho que Joãozinho Bosco teve aos nove anos mudou sua vida e, com o tempo, também a vida de milhares de jovens nas diversas Presenças, ou Casas, salesianas. Por isso, o ‘Museu Casa Dom Bosco’ lançou um Concurso de fotografia para que todos os interessados em participar possam partilhar um pedaço de vida, do seu olhar particular, do ponto de vista artístico, sobre como o sonho de Dom Bosco se tornou realidade nas Presenças salesianas.

As fotografias devem testemunhar a experiência concreta do sonho dos nove anos vivido no ambiente salesiano, como inspiração para a “transformação dos ‘lobos’ em ‘cordeiros’”. “As fotos devem comunicar a perene relevância e vitalidade do sonho; e ‘contar’ uma história ou reflexão” – explica no comunicado a Coordenadora do Museu Casa Dom Bosco, Ana Martín García. Uma comissão vai escolher algumas fotografias para uma exposição temporária no museu em celebração do bicentenário do Sonho dos Nove Anos.

Devem ser fotos tiradas na escola, no oratório, na igreja ou outros ambientes salesianos. Submissões por e-mail para direzione@museocasadonbosco.it, até 25 de março de 2024.

A participação é livre, gratuita, aberta a todos; e serão avaliadas positivamente todas as fotos artísticas, originais, criativas ou revolucionárias.

Mais informações em museocasadonbosco.org.

05
Mar24

98% da Humanidade contra Guerras + HISTERIAS CLIMÁTICAS + IDEOLOGIA DO GÉNERO


Oliveira

Pelo que contêm de muito actual e oportuno, a COPAAEC propõe para leitura e reflexão mais alguns artigos do jornalista A. Cunha Justo. Oportunos e convenientes, apesar de tudo…

(A. G. Pires)

Por que existem Guerras se 98% da Humanidade é contra elas?

MANOBRAS DA NATO

A 27 de Janeiro a NATO iniciou a operação “Steadfast Defender” que envolve 90.000 soldados durante seis meses. As manobras são feitas nas barbas da Rússia para que ela não se esqueça com quem está metida!... Cada parte procura treinar e mostrar os seus músculos à velha maneira imperialista!

A Bundeswehr está a participar com 12.000 soldados (1) e Portugal participa com 37 soldados.

Em 2023 a Nato tinha realizado a operação “Air Defender” com 250 aeronaves e cerca de 10.000 soldados de 25 países.

Estes exercícios e campanhas nos media procuram adestrar a capacidade de guerra e torna-la aceitável na população dentro de poucos anos. Na Alemanha Pistorius e Baerbock já anunciaram: “A Alemanha deve estar novamente preparada para a guerra”. De novo a Alemanha metida no assunto apesar de tudo e apesar do contrato 2+4.

Os objetivos de se preparar a consciência pública para a aceitação da guerra já estão em plena marcha, pelo que não há muitos obstáculos à sua aceleração.

Pesquisas internacionais mostram que 98% das pessoas não querem a guerra. Mas a guerra acompanha os povos através dos séculos.

O povo e o bem-estar do povo não são uma medida direta dos governantes. O poder mantém as elites independentemente dos sistemas ao londo da História porque estas são o factor sustentável que dão consistência ao povo e os governantes sabem disso!

O pensamento imperial das superpotências compensa a miséria das pessoas na terra. O que vai valendo é que exigências individuais e o pensar democrático requerem um mínimo de prosperidade.

António CD Justo

Nota em Pegadas do Tempo:  https://antonio-justo.eu/?p=9133

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HISTERIAS CLIMÁTICAS

A Destruição climática através de Guerras e Manobras militares não fazem parte da Agenda

A emergência climática é um desafio significativo para a humanidade, como se depreende do amplo consenso científico!...

O climatologista Mike Hulme, professor da Universidade de Cambridge, na sua obra “As alterações climáticas não são tudo” chama a atenção para o abuso do “climatismo” e que o acentuar da emergência climática é uma “nobre mentira”.  Ele reconhece a influência humana no clima, mas que não justifica o alarido político dos governantes porque não está convencido “de que a mitigação das alterações climáticas seja o parâmetro mais importante contra o qual todas as medidas políticas devem ser medidas” ...

De facto, o exagero ou unilateralidade na apresentação de problemas cruciais pode levar a histerias de grupos e a sentimentos de pânico, medo e retraimento. Fomenta também a depressão, a fixação e a dependência de uma opinião publicada com tanta veemência que chega a criar má consciência individual.... também a utilização absorvente em todos os meios de comunicação social, na arte e recreio revela abuso transtornante...

As narrativas actuais parecem querer remover do público a alegria e a vontade de viver!...

Não parece ser crucial a destruição climática através de guerras e de manobras militares, de que não se fala?....

Questões crucias como guerra, pobreza, desigualdade, acesso à saúde, educação e justiça social parecem passar desapercebidos à consciência social devido a tanta insistência pública com o clima, temas do movimento woke, etc....

Antonio CD Justo

Texto completo e nota em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9117

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A IDEOLOGIA DO GÉNERO ELIMINA A DIFERENÇA E A HUMANIDADE

 

... O Papa dirigiu algumas palavras aos presentes da conferência para sublinhar a importância do encontro entre homens e mulheres, “porque hoje – diz ele – o perigo mais feio é a ideologia de género, que anula as diferenças”.

«Pedi estudos sobre esta feia ideologia do nosso tempo, que elimina diferenças e igualiza tudo; eliminar diferenças é eliminar a humanidade...

De facto, o problema surge quando associações de lésbicas, gays, inter e transgéneros pretendem igualar tudo de maneira a querer transformar a excepção em regra...

Não há maior diferença do que a que constitui cada pessoa humana no género humano e não há maior programa antidiscriminação do que a dignidade humana inviolável e o amor ao próximo com o consequente respeito por cada pessoa na sua maneira de ser como é. O perigo da defraudação da educação sexual pelo Estado é cada vez mais notório ao ser acompanhada por agendas anti família. O discurso público encontra-se tão condicionado e envenenado que até pessoas com grande idoneidade e saber evitam de se expressar sobre determinados assuntos do politicamente correcto para não serem discriminadas ou envolvidas em assuntos em que domina o preconceito.

António CD Justo

Texto completo e nota em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=9119

05
Mar24

A fé e a força de Navalny


Oliveira

Com a devida vénia, transcrevemos para os leitores do nosso Blog o artigo que segue, do Dr. Pedro Vaz Patto que explicitamente o partilhou connosco.

(A. G. Pires)

Ele foi muito claro ao falar da sua conversão à fé cristã e de como esta o tinha ajudado na sua acção em prol da justiça.

O mundo inteiro prestou homenagem a Alexei Navalny como paladino da luta pelos direitos humanos contra um regime opressor que não se detém sequer perante o recurso sistemático a verdadeiros atentados (mais ou menos directos ou disfarçados) à vida de opositores.

Pouco relevo foi dado, porém, a um aspecto que me parece da maior importância para compreender a força que movia Navalny e lhe deu a coragem de nunca desistir. Essa força derivava da sua fé cristã, a que se converteu em determinado momento da sua vida, depois de um passado de ateu militante. Sobre este aspecto da sua pessoa e da sua vida, pode ler-se um artigo da edição digital de revista inglesa Catholic Herald.

Essa conclusão pode basear-se, além do mais, na declaração que ele próprio proferiu no final da audiência do julgamento que confirmou a sua condenação na pena de prisão que cumpria quando faleceu (reproduzidas aqui). Aí ele foi muito claro ao falar da sua conversão à fé cristã e de como esta o tinha ajudado na sua acção em prol da justiça. Na Bíblia ele passou a encontrar um guia seguro nas decisões que tinha que tomar, superando os mais difíceis dilemas. A força que o movia deriva da bem-aventurança proclamada por Jesus Cristo: «Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão saciados».

Nesse artigo do Catholic Herald, este testemunho de Alexei Navalny é comparado à acção de Alexandr Solzhenitsyn e à influência da sua fé cristã no papel histórico deste de denúncia dos crimes do comunismo, a qual contribuiu de forma significativa para a queda desse regime na União Soviética e países seus satélites.

A força que Navalny colhia da fé cristã na sua luta pela justiça, como sucedeu com Martin Luther King e muitos outros, e também, desde logo, com o testemunho dos profetas do Antigo Testamento, são provas evidentes de que a religião não é, ao contrário do que pensava Karl Marx, o “ópio do povo”, que o torna passivo diante das injustiças e o distrai, com a promessa de uma felicidade futura no Além, da luta pela justiça nesta Terra. Pelo contrário, é uma força que, mais do que qualquer ideologia, permite enfrentar as maiores agruras e sacrifícios nessa luta pela justiça e, muito claramente no que se refere à fé cristã, orienta no sentido da recusa do ódio e da violência como meios para atingir esse objectivo.

Este testemunho de Navalny contrasta bem com o contra-testemunho dos responsáveis do patriarcado de Moscovo da Igreja ortodoxa russa que têm apoiado a política que o condenou, assim como a guerra de agressão na Ucrânia, numa clara instrumentalização da fé cristã em função de objectivos que, para lá da retórica, a contrariam na sua substância e autenticidade. Um contra-testemunho que tem suscitado indignação noutros cristãos, muitos deles também de fé ortodoxa. A essa instrumentalização e distorção da fé cristã, sim, talvez possam ser aplicadas as críticas marxistas à religião como “ópio do povo”.

SAIBA MAIS

Pedro Vaz Patto

Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz

04
Mar24

Portugal sobre as próximas eleições


Oliveira

Partilho um e-mail do Dr António Pinheiro Torres.

(A. G. Pires)

Caros amigos: convido-vos para o encontro em referência (na UACS em Lisboa) onde me dava mesmo gosto encontrar-vos!

Abaixo e em anexo tem mais pormenores e informações.

Um abraço do

António Pinheiro Torres

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Queridos amigos,

Na próxima terça-feira, dia 5 de março, às 19h30, na UACS, terá lugar um Encontro de apresentação do manifesto de juízo de Comunhão e Libertação sobre as próximas eleições com o título “Uma oportunidade para colocar o homem no centro da política para fazer renascer a Esperança - Eleições de 10 de março de 2024”. 

A apresentação contará com a presença de Rui Ramos e Lívia Franco como oradores. Modera Raquel Abecasis e introduz António Sequeira Mendes.

O manifesto e a sua apresentação pública são uma tentativa de dar um contributo para o momento político que se avizinha das próximas eleições legislativas de 10 de março.

Convidamos todos a estar presentes, a convidar amigos e, a ler e difundir o manifesto através de todos os meios ao dispor, como contributo para abrir um diálogo sobre este tema.

 

É possível imprimi-lo a partir do site do CL Portugal por.clonline.org, em formato A4, frente e verso. Segue também em anexo.

 

Um abraço,

A Secretaria.

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Anexo

UMA OPORTUNIDADE PARA COLOCAR O HOMEM NO CENTRO DA POLÍTICA PARA FAZER RENASCER A ESPERANÇA

ELEIÇÕES DE 10 DE MARÇO DE 2024

Cada pessoa é constituída por uma exigência de beleza, de justiça, de verdade e de felicidade para a sua vida.
Para seguir esse desejo, que é constitutivo e inextirpável de cada um e que nos torna mais vivos e capazes de realizar grandes coisas, o Homem necessita de se envolver com a realidade.
Esta é uma premissa que qualquer interveniente político não pode descurar, pois toda a política deve servir o Homem para que ele se sinta livre para procurar respostas a estas exigências das quais é feito. A História demonstrou, até à exaustão, os perigos da imposição de ideologias à pessoa humana.
Nesta medida, o poder político, nos seus variados setores de intervenção, deve dar primazia à pessoa e à sociedade civil da forma mais descentralizada possível. Ou seja, deve respeitar o princípio da subsidiariedade. A democracia não se resume ao direito de votar, mas é o direito de construir realidades sociais de acordo com um ideal partilhado.
Isto tem implicações nas mais diversas áreas, nomeadamente:
-
NA LIBERDADE DE EDUCAR. As famílias são soberanas nas escolhas edu- cativas para os seus filhos e o Estado deve promover a liberdade de associação e de pluralidade de pedagogias educativas, de forma a proporcionar às famílias um leque de escolhas mais alargado, promovendo a autonomia de decisão das escolas;
-
NA LIBERDADE RELIGIOSA. Cada pessoa tem o direito a ter ou não ter religião, de mudar de religião e de manifestar privada e publicamente a religião que professa;
-
NO APOIO AOS MAIS POBRES, promovendo toda a caridade e assistência que a sociedade confere aos mais vulneráveis. De qualquer forma, o Estado nunca se deverá demitir de apoiar os mais necessitados, nomeadamente aqueles que não têm capacidade de promover o seu próprio sustento, por situação de de- ficiência, velhice ou debilidade, pois, apesar de terem reduzida capacidade para reclamar com o poder político, não podem ser esquecidos. O Estado deve privile- giar a sua atuação junto dos mais necessitados e não dos mais ruidosos;

-
NO DIREITO DE VIVER, base de todos os direitos, interrompendo uma cultura de morte, desinteresse e descarte dos mais vulneráveis.
Nas últimas décadas do século XX, viveu-se um clima de esperança de um futuro me- lhor para as gerações seguintes. Atualmente, constatam-se sinais de desânimo e que nos afastam dessa esperança, designadamente a emigração de jovens qualificados, a abstenção e um individualismo que privilegia a obtenção de benefícios imediatos, em detrimento do bem comum.
Só se pode ter verdadeira esperança no futuro se vivermos uma experiência de positivi- dade no presente.
Na política, como na vida, apesar das diferenças que nos distinguem, precisamos de ver o outro como um bem e respeitá-lo. Estas eleições elegem deputados, e o Parlamen- to deve ser o lugar onde cada um exprime os seus pontos de vista, procurando a ver- dade em cada tema. Sem políticas de cancelamento e evitando a polarização crescente. Numa atitude construtiva e de convergência que tenha como finalidade o bem comum.
Em síntese, apenas através de um poder político que respeite o indivíduo e a sociedade civil, e entenda o exercício do poder como um serviço, poderemos encetar um caminho que volte a colocar as pessoas no centro da política, devolvendo, assim, a esperança a Portugal.

COMUNHÃO E LIBERTAÇÃO

03
Mar24

Papa considera que "o pior perigo" dos tempos actuais "é esta feia ideologia de género"


Oliveira

Francisco anunciou que foram solicitados estudos "sobre esta feia ideologia do nosso tempo, que apaga as diferenças e torna tudo igual", destacando que "apagar a diferença é apagar a Humanidade".

DN, 01 março 2024

O Papa Francisco considerou esta sexta-feira que o pior perigo nos tempos atuais é a ideologia de género, porque anula as diferenças entre homens e mulheres. Ao receber os convidados que participam numa conferência no Vaticano, intitulada "Homem e Mulher, Imagem de Deus", Francisco confirmou que ainda está constipado e, para não se cansar, a sua intervenção foi lida por um dos seus colaboradores, monsenhor Filippo Ciamparelli, mas acabou por fazer algumas declarações. "Gostaria de sublinhar uma coisa: é muito importante que se realize este encontro entre homens e mulheres, porque hoje o pior perigo é a ideologia de género, que anula as diferenças", afirmou o Papa. Francisco anunciou que foram solicitados estudos "sobre esta feia ideologia do nosso tempo, que apaga as diferenças e torna tudo igual", destacando que "apagar a diferença é apagar a Humanidade". "O Homem e a Mulher, por outro lado, encontram-se numa tensão frutífera", acrescentou o Papa, invocando o livro 'Senhor do Mundo', escrito por Robert Hugh Benson em 1907: "fala do futuro e é profético, porque mostra esta tendência de apagar todas as diferenças". O Papa sempre condenou a chamada "ideologia de género", chamando-a de uma das "colonizações ideológicas mais perigosas do nosso tempo". A conferência realizada esta sexta-feira no Vaticano foi organizada pelo Centro de Pesquisa e Antropologia das Vocações. O prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, Víctor Manuel Fernández, anunciou em entrevista à agência de notícias EFE que está a trabalhar num documento que abordará a posição da Igreja sobre questões morais como "mudança de sexo, ‘barrigas de aluguer’ e ideologias de género". O Papa, apesar de estar constipado, vai comparecer a todos os eventos planeados, segundo o Vaticano.

(...)

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