70.000 SOLDADOS UCRANIANOS MORTOS E 120.000 RUSSOS EM DOIS ANOS DE GUERRA
Da Magia arbitrária dos Números
Oliveira
Pelo que contém de muito actual e oportuno, a COPAAEC propõe para leitura e reflexão mais um artigo do jornalista A. Cunha Justo. Oportuno e conveniente, apesar de tudo…
(A. G. Pires)
No segundo aniversário da guerra ucraniana, os meios de comunicação alemães citam números macabros como resultado da guerra ucraniana.
Segundo informações das Nações Unidas houve 10.000 vítimas civis e o dobro de feridos. Quatro em cada cinco vítimas estavam em áreas controladas pelo governo, as restantes em áreas ocupadas pela Rússia.
Quanto aos soldados mortos, as estimativas dos EUA do verão de 2023 colocam o número em 70 mil soldados ucranianos e 120 mil russos. Em tempos de guerra também a verdade é guerreada por isso as informações são geralmente tendenciosas seja de que parte for. O presidente ucraniano Zelensky disse (24.02.2024) que tinham sido 31.000 soldados ucranianos mortos até agora e rejeitou os números de perdas citados até agora pelo lado americano ou russo, que sugerem que entre 100 mil e 300 mil soldados ucranianos foram mortos.
Segundo o ACNUR, desde o início da guerra, 6,5 milhões de ucranianos fugiram para o estrangeiro e 3,7 milhões foram deslocados dentro do país. 65% dos que fugiram para o estrangeiro esperam um dia regressar à Ucrânia.
O governo ucraniano estima que a destruição e os danos materiais se cifram em 152 mil milhões de dólares.
Tudo isto se resume numa vergonha civilizacional. Guerras são atentados contra a humanidade e testemunho do fracasso político e governamental e de povos submersos...
Quanto ao pretenso reduzido número de soldados ucranianos mortos terão de ser entendidos numa estratégia propagandista para não desmotivar os povos europeus que devem continuar a apoiar os governantes no sentido de disponibilizarem mais armamentos e a nível interno favorecer uma discussão tendente a justificar a introdução do serviço militar obrigatório. ...
A Europa só está a pagar aos americanos a factura da ajuda americana nas grande-guerras. O grande problema por resolver é que os interesses europeus não podem ser identificados com os americanos como quer a União Europeia.
António CD Justo
Texto completo e comentários em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=