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CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS DO ENSINO CATÓLICO

Espaço aberto a comunicações de antigos alunos do ensino católico em Portugal.

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CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS DO ENSINO CATÓLICO

24
Mar23

5.º DOMINGO DA QUARESMA - ANO A


Oliveira

Sugestão da homilia para o quinto Domingo da Quaresma - ANO A - 2023 

Eu sou a ressurreição e a vida

Domingo, 26 de Março de 2023

            Irmãs e irmãos, neste quinto domingo da quaresma Jesus aparece-nos com sinais de Páscoa: “Eu sou a ressurreição e a vida”. Vida é dom de Deus. Podemos meditar.

  1. Deus quer dar-nos a vida

        Primeira leitura    

     “Infundirei em vós o meu Espírito e vivereis”. O profeta Ezequiel vê o seu povo triste no exílio da Babilónia; um povo sem horizonte; de braços caídos; desanimado; sem vontade para cantar. Está longe da sua terra, do seu Templo. Que diz o profeta em nome de Deus? “Eu sou o Senhor… Infundirei em vós o meu Espírito e vivereis”.  

     É útil esta certeza que Deus nos traz: “Eu quero a vida e não a morte”. O nosso Deus não é triste, não é autoritário, “o nome de Deus é vida, alegria, misericórdia”.

      Há dois domingos, Jesus apresentou-se com este símbolo: “Eu tenho uma água que jorra para a vida eterna”. Água que dá vida. No domingo passado, Jesus apresentou-se como Luz, e deu-nos o sinal curando um cego de nascença. Hoje, neste quinto domingo da Quaresma, vemos o rosto de Deus a dizer-nos: “infundirei em vós o meu espírito e revivereis”.

     Irmãos, com estas imagens, como vemos Deus? Um Deus de misericórdia e libertador é o nosso Deus. Quem vê Deus como Ele é, abraça-o e é abraçado por Ele. Ele, o Senhor que nos dá vida.

  1. Deus pede-nos a fé

       Evangelho

      “Eu sou a ressurreição e a vida”. Neste evangelho, deparamo-nos com São João, o grande amante da palavra” vida”. Este evangelista, João, para transmitir o seu pensamento, o seu coração, a alegria da sua convicção, usou 7 sinais no Evangelho. O primeiro sinal foi a transformação da água em vinho, nas bodas de Caná. O sétimo é narrado hoje no evangelho: Marta e Maria estavam pesarosas, pela morte do irmão Lázaro. Jesus abriu-lhes os olhos e o coração, quando lhes disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim …viverá…nunca morrerá”. Mas Jesus pediu um compromisso: “Acreditas?”. E Marta respondeu: “Acredito, Senhor, que tu és o Messias…”. A partir daqui tudo mudou. A pedra do sepulcro não tem poder algum, perante o Senhor da vida. Jesus chamou Lázaro pelo nome, e Lázaro recuperou a vida.

      Este evangelho convida-nos a ser amigos de Jesus, para termos a sua vida. E a sermos também nós um dom para os irmãos, com a nossa vida.

        Jesus é a nossa vida. E convém completar isto: nós temos já neste mundo a vida eterna, quando pela fé nos unimos a Cristo ressuscitado. Diz-nos o papa S. Leão Magno: “E o que um dia se há de realizar nos nossos corpos cumpra-se agora no coração. (Liturgia das Horas, semana 4ª da quaresma, quinta-feira, 2ª leitura). Pensamento muito belo e confortador: como o nosso corpo ressuscitará, esteja agora o nosso coração ressuscitado.

  1. Veremos a vida eterna

     Segunda leitura

     “Veremos a Deus face a face”. Nós queremos bons hospitais e bons médicos, e julgo que os temos; e Deus quer isso para nós. E quer mais. Na segunda leitura, encontramos São Paulo a escrever ao grupo de judeus que estavam em Roma. E diz-nos isto, que é extraordinário: “O espírito daquele que ressuscitou Jesus habita em vós”. Só lhe faltava dizer a esses irmãos em Roma: Olhai, como Cristo ressuscitou, também nós havemos de ressuscitar, com corpo transformado, porque o homem é uma unidade alma e corpo, aqui e na vida eterna. E diz noutro lugar: “veremos Deus face a face”.

      Queridos irmãos, estamos a meditar em verdades próprias da Páscoa, antes dessa grande novidade de Cristo ressuscitado. A vida de Cristo ressuscitado está em nós, e Deus impele-nos para a frente.

      Queria concluir com uma frase do Movimento dos Focolares, de Chiara Lubich: “A fé cristã é, acima de tudo, o fruto de um encontro pessoal com Deus, com Jesus, que nada mais deseja do que tornar-nos participantes da sua própria vida” (Focolares, Palavra de Vida, Abril 2018). Sabemos que as pessoas andam envolvidas em muitas tarefas, que são necessárias, e não podem saborear a alegria que hoje meditamos: nós vivemos com Jesus ressuscitado e Ele vive connosco. Quando recebemos o baptismo:  tornamo-nos irmão de Jesus, filhos adoptivos de Deus Pai, pertencentes à Igreja, a caminho da vida para sempre com Jesus. Levemos para casa esta imensa alegria.

Pe. António Gonçalves, SDB

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