34.º DOMINGO do TEMPO COMUM - Ano B
Oliveira
Proposta de Homilia para o 34.º Domingo do Tempo Comum – ANO B - 2021
Jesus Cristo Rei de amor
Domingo, 21 de Novembro de 2021
Estamos a terminar o ano litúrgico. Que nos diz o Senhor com esta celebração de Cristo Rei?
Cristo Rei e Senhor referido a Jesus para a nossa reflexão.
- Jesus Rei com poder eterno
Primeira leitura
A primeira leitura abre o nosso olhar para o profeta Daniel na sua contemplação. Apareceu-lhe alguém, semelhante a Filho de homem, expressão do Antigo Testamento, que Jesus vai aplicar a si. Daniel apresenta-o numa visão, anunciando que Deus entregou a esse filho de homem “o poder, a honra e a realeza… ”. É considerado um anúncio de Jesus, o qual no Novo Testamento aplica a si mesmo esta imagem. Jesus diz aos apóstolos: “o Filho do homem tem de sofrer” (Lc 9, 22). Ora, neste pequeno texto de Daniel vemos o anúncio de Jesus com poder eterno. Diz ainda o profeta: “O seu poder … não passará jamais”.
Vale apena meditar nesta profecia para nos entregarmos confiadamente a Jesus, cujo poder é superior a todos os poderes da terra: é poder eterno, que não passará jamais. Daniel viu à distância Jesus, Filho de homem, Jesus Cristo Rei e Senhor.
- Jesus Rei não deste mundo.
Evangelho
São João deixa-nos ver no evangelho o tribunal de Pilatos, onde decorre um diálogo cheio de interesse: - Tu és Rei dos judeus? Que fizeste?, - pergunta Pilatos -. Neste julgamento, Jesus apresenta-se como Rei, diferente de todos os reis: “O meu reino não é deste mundo. … Sou Rei. Para isso nasci, a fim de dar testemunho da verdade”. Grande lição, que nos mostra Jesus com os sinais da sua realeza: o amor, a verdade, o serviço, a partilha, o dom da vida.
- Jesus Rei no triunfo pascal
Segunda leitura
São João no Apocalipse encaminha o nosso olhar para Jesus no seu triunfo pascal. Diz assim o apóstolo, referindo-se a Jesus: Aquele que nos ama, e nos libertou do pecado. Ele é o alfa e Omega, (a primeira e última letra do alfabeto grego). O princípio e o fim de todas as coisas. A ressurreição de Jesus abre-nos para esta certeza: Ele é o Senhor, o Rei para sempre.
Escutamos também esta situação da nossa vida: “e fez de nós um reino de sacerdotes, para Deus seu Pai. O sacerdócio de cada cristão é para a santificação do mundo.
Jesus diante de Pilatos aceita ser julgado por um tribunal humano, porque tem um motivo: a salvação da humanidade. Ele é rei de poder infinito, mas com que armas? Com o amor e a verdade, com o dom da vida. No fim Ele triunfará com a ressurreição, a sua vitória pascal.
A força deste amor levou muitos mártires a darem a vida: um jovem mexicano, José Luis Sánchez, diante das armas voltadas contra ele, por ser cristão, rezou em alta voz: “Viva Cristo Rei”. Morreu mártir, aos 14 anos, em 1928, e foi declarado santo pelo Papa Francisco.
A Igreja deve existir do mesmo modo de Jesus Rei: o serviço aos pobres, aos pecadores, aos que sofrem. Deve prestar a mesma atitude de Jesus: Rei para servir. E diante de nós, Jesus ressuscitado.
P. António Gonçalves, SDB