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CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS DO ENSINO CATÓLICO

Espaço aberto a comunicações de antigos alunos do ensino católico em Portugal.

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CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS DO ENSINO CATÓLICO

11
Nov23

32.º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO A


Oliveira

Sugestão da homilia para o TRIGÉSIMO SEGUNDO DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano A - 2023 

Estar vigilante

Domingo, 12 de Novembro de 2023

  1.             Estar vigilantes: as dez virgens para as bodas do noivo

                 A parábola das dez virgens, contada por Jesus, tem um grande significado. O noivo dirigia-se à casa da noiva, a fim de a convidar para a grande festa do casamento.

     A parábola mostra-nos cinco virgens com as lâmpadas acesas à espera do noivo: significam as pessoas que têm uma vida cristã atenta à sua fé em Jesus Cristo.

     E mostra as cinco virgens que eram distraídas, com falta de azeite para as lâmpadas: significam as pessoas que não pensam na sua vida com Jesus Cristo.  

    Esta imagem tem sentido escatológico, convidando à vigilância para a segunda vinda de Jesus no fim dos tempos.    

     Mas refere-se também ao nosso dia-a-dia. Jesus quer encontrar a Igreja, sua esposa, com as lâmpadas acesas, para O receber. O noivo, Jesus, vem ter connosco, com desejo de nos salvar. Assim diz Jesus no Evangelho de São Mateus: Eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mateus, 28, 16-20); e Jesus, no Apocalipse de São João: “Estou à porta e bato, Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo... (Apocalipse 3, 20).  

     Jesus vem todos os dias ter connosco. Com o seu amor, chama-nos a estar vigilantes para O receber. A Igreja é a esposa de Jesus. A Igreja somos nós. Imagem muito bela.

  1. Estar vigilantes segundo o livro da sabedoria      

     A primeira leitura é do livro da Bíblia, chamado Sabedoria. O que é a sabedoria? É luz, para escolhermos o caminho. Diz o texto: A sabedoria é luminosa; dá-se a conhecer a quem a deseja; meditar sobre ela é sabedoria consumada”.

     É sábio quem orienta a vida segundo o desejo de Deus, com prudência, ponderação, escolhendo o caminho certo. A sabedoria “é luminosa”. Dá-nos luz para caminhar. É bom procurar essa luz.

     Um exemplo de sabedoria e vigilância: Francisco Xavier sonhava com a carreira das letras, e ambicionava a glória, o brilho na vida em sociedade. E nessa busca de grandeza dirigiu-se a Paris. Ali encontrou-se com um homem experiente de Deus, Inácio de Loyola, que lhe fez esta pergunta: “E depois?”. Francisco meditou, e veio a ser São Francisco Xavier, grande missionário na Índia, em Goa, onde se encontra o seu jazigo muito visitado. Francisco viveu a sabedoria, a vigilância.

     3 - Estar vigilante para a vida eterna

     São Paulo encontrou nos cristãos de Tessalónica alguma confusão acerca da vida e da ressurreição. E diz a essa comunidade: “Se acreditamos que Jesus ressuscitou, do mesmo modo Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido”. Paulo faz apelo a acreditarmos em Jesus ressuscitado e a acreditar na nossa ressurreição.

     Talvez os muitos afazeres no mundo do trabalho nos levem a esquecer o que é mais necessário: a vida com Deus, “quando uma só coisa é necessária” (Lucas 10, 42). Isto disse Jesus a Marta, atarefada em receber Jesus, enquanto Maria estava junto do Mestre escutando a sua palavra.

     Claro que precisamos da ação na vida, e não só da contemplação: somos corpo e alma. Mas esta frase de Jesus: “quando uma só coisa é necessária” quer indicar-nos como é importante a nossa vida com Deus. Estar vigilantes, preparados.

     Podemos usar uma imagem familiar: se devo tomar um transporte, olho ara o relógio, para não perder a viagem.  

     Santo Agostinho sentia assim: “Eu nada seria, meu Deus, nada seria em absoluto se (Tu) não estivesses em mim…”. Agostinho viveu muitos anos às escuras, sem vigilância. Depois sentiu a presença de Deus na sua vida, e não mais se afastou d’Ele (Santo Agostinho, Confissões, 1ª parte cap. II).

     Pedimos ao Senhor para estar vigilantes, e assim entrarmos no seu banquete.

Pe. António Gonçalves, SDB

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