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CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS DO ENSINO CATÓLICO

Espaço aberto a comunicações de antigos alunos do ensino católico em Portugal.

Espaço aberto a comunicações de antigos alunos do ensino católico em Portugal.

CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS DO ENSINO CATÓLICO

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30
Set22

27.º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C


Oliveira

Sugestão da homilia para o vigésimo sétimo Domingo do Tempo Comum - ANO C - 2022

Fé e Confiança

Domingo, 2 de Outubro de 2022

       Irmãs e irmãos, desejo de que se encontrem bem. E que esta palavra nos renove.

  1. Fé e oração

     Evangelho

     “Os apóstolos disseram a Jesus: aumenta a nossa fé”. Bela oração que nasceu do coração e dos lábios dos Apóstolos. Um pedido grande como o céu. Podemos perguntar: o que é ter fé?   Habitualmente dizemos que é acreditar em Deus. É mais do que isso. É viver com Jesus; a fé torna-se a raiz da vida cristã. Os apóstolos perceberam alguma coisa, não muito, do que Jesus explicou; por isso pediram: “Senhor, aumenta a nossa fé”. E tendo fé, temos confiança. “Sei em quem pus a confiança”, afirmou São Paulo (2 Tim 1,12). Paulo sentia-se unido a Jesus ressuscitado.    

       Recordo uma linda imagem de madre Teresa de Calcutá, numa visita a Portugal. Conhecendo o trabalho dela pelos doentes e pobres, alguém lhe perguntou: - “Como encontra força para tanto sacrifício?”. Ela, elevando a mão para o alto, só disse uma palavra, em inglês: “Jesus”. Recordo essa imagem.

     Irmãos, vivendo a fé e a confiança em Jesus estamos a transformar o mundo para melhor, pois a fé conduz ao amor. Estamos a colaborar para o Reino de Deus. Jesus atendeu o pedido dos Apóstolos, dizendo como é importante ter fé, “capaz de transportar montanhas”.

       Temos um esclarecimento muito útil, do Papa Francisco: “A fé não é luz que dissipa todas as nossas trevas, mas é lâmpada que guia os nossos passos na noite, e isto basta para o caminho” (Lumen Fidei, n. 57). Que o Senhor aumente a nossa fé! 

  1. Fé e Confiança

     Primeira leitura

     Vemos na primeira leitura o profeta Habacuc a apresentar interrogações a Deus, rezando assim: Até quando, Senhor, chamarei por Vós, e não me ouvis? Deus aconselhou o profeta a ter fé.  E diz esta frase importante: “O justo viverá pela fé”. Quer dizer que a fé dá vida, e sem fé não estamos vivos. A reflexão de Habacuc leva-nos a abrir o coração à fé e à confiança. Estes dois aspectos da vida cristã, fé e confiança, encontram-se juntos nas leituras de hoje. O profeta Habacuc dirigiu-se a Deus, e Deus respondeu-lhe: “O justo viverá pela fé”. Pela fé e confiança dizia Santa Teresa de Ávila: “Nada te perturbe, nada te espante, só Deus basta”. Assim Teresa manifesta a sua confiança em Deus.

  1. Fé e boas obras

     Segunda leitura

     A segunda leitura mostra-nos São Paulo a animar o seu amigo Timóteo; foi Paulo quem o ordenou Bispo. E para quê? Para manter sólida a coluna da fé. Com a fé temos confiança e coragem para as boas obras. Diz assim o Apóstolo: “O homem de Deus será perfeito para todas as boas obras”. Paulo quer ver Timóteo como um bom animador da comunidade. Diz ainda Paulo a Timóteo: caríssimo, exorto-te a que reanimes o dom que recebeste pelas minhas mãos… Sofre comigo pelo evangelho confiado no poder de Deus”. Paulo estava preso em Roma. E sofrendo na prisão, animava Timóteo.

     Todo o dirigente, mestre, pai e mãe de família, médico, docente, trabalhador… precisam desta confiança em Deus que nos atende. “O Senhor é meu Pastor, nada me há de faltar” (Salmo 23).

Pe. António Gonçalves, SDB

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30
Set22

Cultura e Pastoral da Cultura - Actualidade

Mais uma sugestão de leitura


Oliveira

Dos ricos conteúdos do site do SNPC, respigamos, com a devida vénia o que segue:

(A. G. Pires)

Cardeal José Tolentino Mendonça, Prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação: Declaração do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

Sentimos que a Igreja está mais fortalecida e habilitada a realizar-se com o mundo de hoje, na sua missão universal de resgate dos humanos prometidos à Ressurreição – pois o Santo Padre escolheu quem de há muito se vem cumprindo exemplarmente na sua condição cristã de consagrado e sucessor dos Apóstolos numa linha de rumo que sempre foi de promoção da aliança educativa com orientação católica – em espírito de guia no caminho – e de evangelização da Cultura e através da Cultura.

Saiba mais

 

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27
Set22

TERÇO DOS HOMENS (TERREIRO DO PAÇO, 8-OUT, 10H30) E REZA DO ROSÁRIO EM PÚBLICO


Oliveira

Partilho informação do Dr. António Pinheiro Torres sobre um tema muito importante, hoje e sempre.

A Oliveira

Caros amigos

Nos últimos tempos tenho recebido de diversos amigos a notícia de uma campanha internacional (basicamente trata-se de rezar o Terço em público por intenção do país) que tem pegado como fogo por esse mundo fora. Chegou também a Portugal (acompanhada deste vídeo) e tem este contacto de email. Do que entendi não exige nada de especial (não é nenhum movimento ou organização): apenas necessita de um grupo espontâneo que reze o Terço com a periodicidade que entender mas sempre em público (na rua) e assinalar isso no googlemaps num site. Semelhante ou igual campanha será esta do A warm invitation to pray the Holy Rosary in public. O interessante é que isto tem poucos meses e esta última campanha já tem 8 lugares em Portugal onde está a suceder. Fica a informação para os, eventualmente, interessados.

Mais especificamente convido todos os homens que recebem estes emails a aderirem ao Terço dos Homens (em honra de Nossa Senhora do Rosário) integrado na Cruzada Mundial do mesmo, que terá lugar dentro de quinze dias (no Sábado, 8 de Outubro, às 10h30, no Terreiro do Paço, em Lisboa). Uma iniciativa valerosa e quem sabe o que pode nascer daqui… tempos difíceis como estes são, de facto, para duros (isto é, santos varões) e necessitamos vivamente do amparo e ajuda da nossa Mãe do Céu…

Um abraço a todos do

António Pinheiro Torres

Terço dos Homens Terreiro do Paço Sábado 8-Out-

 

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17
Set22

Cultura e Pastoral da Cultura - Actualidade

Novas sugestões de leitura


Oliveira

Dos ricos conteúdos do site do SNPC, respigamos, com a devida vénia o que segue:

(A. G. Pires)

João Manuel Duque: Intervenção no Acto de Entrega do Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes

O discurso teológico não é, em primeiro lugar, apenas para ambientes eclesiais e relativo a problemas tipicamente eclesiásticos – que muitas vezes se pervertem no seu umbiguismo estéril. Depois, e talvez por efeito do discurso teológico, as próprias comunidades eclesiais, e toda a estrutura da Igreja, tem de estar permanentemente envolvidas e interessadas nas questões significativas da humanidade, sobretudo naquelas que tocam a convicção fundamental do que seja humano e do que seja o seu sentido sobre a Terra. A ideia clara e distinta de um dentro e um fora da Igreja – ou do mundo – é altamente problemática, por ser demasiado dualista. Distinguir é benéfico e mesmo necessário; separar é, normalmente, prejudicial ou mesmo perigoso.

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João Manuel Duque: Quando o cristianismo constrói cultura

O primeiro teólogo a ser reconhecido pelo Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes soube trazer «de forma aberta o seu contributo para um “diálogo político ecuménico”, um modelo que assume o pluralismo como modo de realização da democracia contra a unilateralidade arrogante do laicismo. «Também aqui João Manuel Duque pode e deve ser convocado. Partindo da essencialidade da cultura – “elemento chave da compreensão do ser humano” – recorda que “mesmo enquanto actividade especificamente eclesial – como o prova a história da Igreja, sobretudo da sua liturgia” – o cristianismo constrói cultura, prestando com isso um importante serviço a toda a humanidade”.»

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Teologia deve trabalhar «na fronteira com outras perspectivas da realidade»

João Manuel Duque considera que a «função» dos teólogos é «trabalhar, não só no âmbito académico dos saberes, mas também na fronteira com outras perspectivas da realidade». «Para que queremos nós que as pessoas saibam coisas se não ajudam os humanos a viver de forma mais humana ou a preparar um futuro mais interessante?». E sublinha: «Assim, a Teologia ajuda a que a fé cristã dê um contributo significativo para esse problema que é de todos os humanos. Se isso não se verificar, então não faz sentido a fé cristã nem faz sentido a Teologia».

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Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes para João Manuel Duque : 10 imagens

Acto de Entrega do Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes, edição de 2021, a João Manuel Duque, realizado a 15 de Setembro de 2022, no Espaço Vita, em Braga.

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Os dias do tempo

(16.9.2022) [Imagem Áudio]

«Se pregamos que Cristo ressuscitou dos mortos, porque dizem alguns no meio de vós que não há ressurreição dos mortos? Se Cristo não ressuscitou, é inútil a vossa fé.» Palavras, imagens e música para dar sentido às horas deste dia 16 de Setembro.

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16
Set22

25.º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C


Oliveira

Sugestão da homilia para o vigésimo quinto Domingo do Tempo Comum - ANO C - 2022

Os bens materiais para uma vida fraterna

Domingo, 18 de Setembro de 2022

     Irmãs e Irmãos

     As leituras deste domingo chamam-nos a estar vigilantes, com relação aos perigos da riqueza.

  1. Os bens materiais para bens superiores

      Evangelho

     Não podeis servir a dois senhores: a Deus e ao dinheiro. Ouvimos esta reflexão no Evangelho de São Lucas. Ele ajuda-nos a pensar no bom uso das riquezas em nossa vida. Relata-nos uma parábola de Jesus: um mau administrador usou esperteza para ser rico, seguindo maus caminhos. Nós devemos usar a riqueza para o bem. Chama-nos o evangelho de hoje: “com o dinheiro deste mundo preparai amigos no céu”.  Quando é que um cristão usa bem o seu dinheiro? Quando abre os seus bens aos carenciados, quando se mostra amigo dos pobres, quando evita a corrupção. Quem assim procede, é amigo de Deus. Usa os bens terrenos para o Reino de Deus.

     Gostaria de trazer aqui um facto de Madre Teresa de Calcutá. Conta ela: "Era a minha primeira volta pelas ruas de Calcutá depois de ter deixado Loreto…

      “A certa altura aproximou-se mim um sacerdote pedindo-me um donativo para… a boa imprensa. Eu tinha saído de casa com cinco rúpias. Já tinha dado quatro aos pobres. Entreguei-lhe [ao sacerdote] a única rúpia que me restava.

     Ao entardecer, o mesmo sacerdote veio ao meu encontro com um envelope. Disse-me que lhe tinha sido dado por um senhor desconhecido que ouvira falar dos meus projectos e me queria ajudar. No envelope vinham cinquenta rúpias. Naquele momento tive a sensação de que Deus começava a abençoar a minha obra [em favor dos pobres] e que nunca me abandonaria. (Pe. Januário dos Santos, Madre Teresa…, p. 16); Teresa deu a única rupia que possuía e recebeu cinquenta.

     Cito o pensamento de um filósofo grego, anterior a Cristo: «O grande segredo para a plenitude é muito simples: “compartilhar”» (Sócrates). Diz o Papa Francisco: “Deus ama a alegria dos jovens e convida-os a essa alegria que se vive em comunhão fraterna”. (Christo vive, n. 167).

  1. Os bens materiais e os seus perigos

     Primeira leitura

     A primeira leitura é de Amós. Este profeta mostra preocupação no campo social, ao verificar o abuso de ricos contra os pobres. Ele viu perigo: o dinheiro pode dominar o coração do homem e levá-lo a cometer injustiças. O profeta levanta a voz dizendo: “ai de vós que espezinhais o pobre”.  

      Amós viveu num tempo … em que o luxo dos grandes insultava os pobres e oprimidos. Isso era uma afronta. Tal injustiça representa ausência de uma religião verdadeira.   

     Olhando para a nossa história actual, temos presente a situação dos refugiados, das pessoas a fugirem da guerra ou da perseguição ou da fome… O dinheiro pode ser mau conselheiro. Deus não pode estar ao lado de quem escraviza os irmãos. Esta é a mensagem do profeta Amós.

  1. Os bens materiais e a oração

     Segunda leitura

     A segunda leitura é da carta de S. Paulo a Timóteo. O Apóstolo formou este animador de comunidade, Timóteo, e nesta carta fez apelo à oração universal. A oração é também uma forma de partilha. O apóstolo aconselha: “Recomendo que se façam súplicas para que possamos levar uma vida pacífica”. Paulo leva-nos a pensar nas alegrias e nas tristezas dos outros, e apela ao amor e à partilha. A oração é um diálogo com Deus através da confiança. Rezando em sentido universal, não pensando apenas em nós, mas em todos, leva-nos à partilha.

     Os nossos bens e a nossa oração a favor dos irmãos, a mensagem deste domingo.

Pe. Antonio Gonçalves, SDB

 

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14
Set22

A COPAAEC associa-se e apoia o Movimento de Defesa da Vida.


Oliveira

Para informação dos eventualmente interessados.

Abraço e boa semana!

Antonio M.P.Torres

Mdvida1a.jpg

Estes serão os momentos formativos promovidos pelo MDV, no último trimestre de 2022,  alguns  em parceria com algumas instituições.

Para mais informações clique na imagem ou vá a www.mdvida.pt

Mdvida1b.jpg

Mdvida2a.jpg

 

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08
Set22

ESPÍRITO DO TEMPO


Oliveira

Segue abaixo o artigo do Dr. Pedro Vaz Patto, já publicado no jornal digital Sete margens, mas que a COPAEC transcreve, com a devida vénia para os seus leitores.

Um abraço.

AGPires

A recente visita do Papa Francisco ao Canadá (que ele designou como “peregrinação penitencial”) e o seu pedido desculpas pela colaboração de filhos da Igreja no sistema de internatos que visava a destruição da cultura e assimilação forçada dos jovens indígenas desse país suscita várias reflexões, entre elas a seguinte: No seu discurso às autoridades civis, aos representantes das comunidades indígenas e ao corpo diplomático, de 27 de julho, afirmou, a propósito, o Papa: «É trágico quando crentes, como sucedeu naquele período histórico, se adequam mais às conveniências do mundo do que ao Evangelho». Na verdade, o sistema em causa foi implantado pelas autoridades civis da época, a quem cabe a sua responsabilidade primeira (facto que nem sempre é tido em conta), as quais delegaram na Igreja católica e noutras comunidades cristãs a tarefa educativa a ele associada. Correspondia à mentalidade corrente da altura. Este facto poderá atenuar a responsabilidade moral de quem com ele colaborou, mas não exclui a sua nítida contradição com os princípios evangélicos. Salientou, a este respeito, o editorialista do portal Vatican News Andrea Tornelli que, em contextos semelhantes, também houve quem desafiasse essa mesma mentalidade corrente e a ela antepusesse as exigências do Evangelho, indicando os exemplos do jesuíta Matteo Ricci na China (cuja ação de verdadeiro diálogo de culturas tem sido reconhecida por governos chineses) e das reduções do Paraguai (retratadas no célebre filme A Missão). A lição que deste exemplo pode retirar-se é a da importância de resistir ao “espírito do tempo”, à cultura dominante numa determinada época, quando esta contrasta com o Evangelho e outras fontes da Revelação. A fidelidade ao Evangelho exige, muitas vezes, caminhar “contra a corrente” ser “sinal de contradição”, como fizeram, desde logo, os primeiros cristãos. Para obter mais facilmente a compreensão e os aplausos do mundo, não há que fazer compromissos a este respeito. Jesus não prometeu aos seus discípulos que eles receberiam esses aplausos, pelo contrario… Diferentes do “espírito do tempo” – também já o afirmou o Papa Francisco - são os “sinais dos tempos”, a que se referem os documentos do concílio Vaticano II, que não substituem as fontes da Revelação ou a contrariam, mas colocam em relevo alguns dos seus aspetos. Também o desenvolvimento, ou aprofundamento, da doutrina perene da Igreja, que não se confunde com ruturas e contradições, se guia sempre por um objetivo de cada vez maior fidelidade à Revelação (é sempre esse o parâmetro a ter em conta), não pela adaptação à mentalidade corrente (de resto, sempre volátil e transitória). Estas considerações são oportunas no atual contexto da vida da Igreja. Em meu entender, e no entender de bispos que sobre isso se pronunciaram (designadamente, os polacos e os dos países nórdicos), as conclusões do “caminho sinodal alemão” incorrem nesse erro: o de rejeitar os aspetos da doutrina e disciplina da Igreja que mais contrastam com a mentalidade corrente (porventura com a ilusão de que assim se evita o abandono de muitos féis, que comungam dessa mentalidade). Muito especialmente, esses aspetos relacionam-se com a ética sexual, radicalmente posta em causa.
É, na verdade, uma ilusão pensar que seja esse o caminho para evitar a debandada de féis. As propostas do “caminho sinodal alemão”, de verdadeiramente novo, nada têm. Foram já, algumas desde o início, outras mais recentemente, mas já há bastante tempo, seguidas em várias comunidades protestantes (por isso, disse, a propósito, o Papa Francisco, com ironia, que não é necessária outra Igreja evangélica alemã.). E não foi isso que fez encher as suas igrejas. Antes pelo contrário. De entre as comunidades evangélicas de todo o mundo, são as que mais resistem ao “espírito do tempo” as que crescem numericamente. Também na comunhão anglicana, profundamente dilacerada (ao ponto de justificadamente se temer um cisma) devido à questão da aprovação das uniões homossexuais, são as comunidades do hemisfério sul, que resistem a esse espírito, as únicas que crescem numericamente. O desafio para os cristãos é, então, o de «estar no mundo sem ser do mundo», partilhar as «alegrias e esperanças» dos homens e mulheres de hoje, mas ter a coragem profética de uma «voz que clama no deserto» e dizer o que, porventura, mais ninguém diz.

Pedro Vaz Patto

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08
Set22

24.º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C


Oliveira

Sugestão da homilia para o vigésimo quarto Domingo do Tempo Comum - ANO C - 2022

Deus procura-nos - chama-nos

Domingo, 11 de Setembro de 2022

     Irmãs e irmãos, que imagem  fazemos de Deus? Castigador? Juiz? Pai bondoso? As leituras de hoje abrem a porta para vermos Deus, o seu rosto, o seu coração.

  1. Deus procura-nos por amor

     Evangelho    

     O evangelista São Lucas é o que mais enaltece a misericórdia de Deus. Explica-se em parábolas. Hoje apresenta esta: o pastor deixa as 99 ovelhas e vai à procura da que se tresmalhou, que fugiu, que se ausentou.

     Não parece normal: deixar as 99. Mas esta parábola transmite o rosto de Deus, que se interessa por qualquer pessoa que o abandona. A ovelha que anda perdida poderá ser a imagem da alma que se afastou da comunidade, que se afastou de Deus.

     Em conversa de recreio, dizia uma pessoa: “que posso fazer para conhecer Deus?” O seu companheiro disse-lhe: “Pensa como Deus te procura”.

     A parábola do Filho pródigo é já conhecida. É uma pérola de literatura bíblica e de literatura em geral. É a parábola do “Abba - Pai”. Deus realiza a festa com o nosso regresso.

     Se esta é a imagem de Deus, o seu retrato, o seu rosto, eu quero ser sua imagem. Lembro uma palavra do Papa Francisco: “Sai dos teus interesses, que abafam o teu coração. Supera a indiferença para com o outro; vence as tuas razões de morte e abre-te ao diálogo”[1]  

      Refiro o que respondeu um arcebispo quando recebeu uma ofensa: “Um cristão não tem o direito de se ofender”[2]. Claro que pode sofrer com a ofensa.

  1. Deus ama e perdoa

    Primeira leitura

     Já chegou aos nossos ouvidos esta voz: “Deus é rico em misericórdia” (Ef 2, 4), e prefere perdoar e não castigar.

     Testemunha disso é a primeira leitura, do livro do Êxodo, que nos mostra o povo a sair do Egipto para a Terra prometida. Mas o povo pecou; quebrou a aliança; corrompeu-se; caiu na idolatria; esqueceu-se de Deus; inclinou-se diante de um bezerro de ouro; pisou as flores e abraçou espinhos; fugiu do dia e entrou na noite; pecou.

      Moisés, condutor do povo, viu o perigo, e pediu a Deus: “Lembrai-vos dos vossos servos Abraão, Isaac, Jacob”.  E a leitura termina com estas palavras: “Então o Senhor desistiu do mal com que tinha ameaçado o seu povo”. Deus perdoa e salva. Fica claro que Deus é amor. O Papa Francisco escreveu um livro com este título: “O nome de Deus é amor”. Assim o devemos encarar. Mas partindo do nosso arrependimento, se fizemos o mal.

  1. Deus salva-nos em Jesus

     Segunda leitura

     A segunda leitura é de uma carta de Paulo a Timóteo, dirigente de uma comunidade. Paulo que sente? Diz assim, ao seu amigo Timóteo: Eu fui pecador e Deus perdoou-me… “Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores, e eu sou um deles”. Esta leitura ajuda-nos a compreender o rosto de Deus; ajuda-nos a olhar para o seu retrato de perdão. É bom termos esta imagem de Deus, pois todos necessitamos do seu perdão.

     Gostava de concluir citando o Papa Francisco: «Quero dizer a cada um a primeira verdade: “Deus ama-te”. Se já o ouviste, não importa, não importa, eu quero recordar-te: Deus ama-te.

        Nunca o duvides, suceda o que suceder na vida. Em qualquer circunstância, tu és infinitamente amado”[3]. Citação bonita. Deus procura-nos.

  Pe. António Gonçalves, SDB

_______________________________

[1] Papa Francisco, 7 de Setembro 2013, iniciando a vigília de 4 horas pela paz na Síria.

[2] Dom Manuel da Conceição Santos.

[3] Christus vivit, 112

 

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01
Set22

9.000 SOLDADOS MORTOS DA PARTE UCRANIANA E 40.000 DA PARTE RUSSA


Oliveira

Com a devida vénia, mais uma publicação do nosso prezado jornalista António Justo.

(A. G. Pires)

O chefe do exército ucraniano disse que as crianças ucranianas precisam de atenção especial porque os seus pais estão na linha da frente de batalha e “podem estar entre os quase 9.000 heróis mortos”. O Alto Comissário das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários acrescentou que, desde então, foram mortos 5.587 civis (incluindo 362 crianças) e outros 7.890 feridos. Dados respeitantes ao período de 24 de fevereiro até 21 de agosto 2022.

O governo ucraniano, nas suas informações fala de mais de 40.000 soldados russos mortos.

Já na guerra civil ucraniana iniciada a 14 de abril de 2014 até 15 de setembro de 2016, de acordo com a ONU, 9.640 pessoas tinham sido mortas e 22.431 feridas...

De acordo com o governo ucraniano, 14.000 pessoas tinham sido mortas na guerra civil até 13 de maio de 2021. Outros falam de 13.000 civis e de 4.000 soldados mortos.

A causa da guerra civil ucraniana e da invasão russa de 24 de fevereiro 2022 está sobretudo na quebra da neutralidade ucraniana...

Nesta guerra fratricida todos os Estados envolvidos se mostraram irresponsáveis: os políticos fracassaram e o povo terá de pagar amargamente as favas....

António da Cunha Duarte Justo

Texto completo em Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=7839

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01
Set22

MORREU GORBATCHEV


Oliveira

Com a devida vénia, mais uma publicação do nosso prezado jornalista António Justo.

(A. G. Pires)

NOBEL DA PAZ E ANTIGO LÍDER SOVIÉTICO

O Demolidor de Fronteiras morre no Ano dos Construtores de Fronteiras

Mikhail Gorbatchev (1931-2022), outrora o segundo homem mais poderoso do mundo, morreu com 91 anos (30/08) ...

Com a sua Perestroika (plano de Gorbachev para modernizar a economia e a sociedade soviéticas) e Glasnost (transparência, fim da censura oficial), possibilitou a ultrapassagem da guerra fria...

Gorbatchev queria preservar o comunismo sob um sinal diferente, mas o povo decidiu o contrário e ele aceitou a realidade em vez de recorrer ao poder militar. Gorbatchev foi um europeu antes dos políticos europeus terem acordado para a Europa e deste modo encontramo-nos numa constelação sem Europa, sem Ucrânia e sem Rússia, transformados em meros membros da OTAN...

A sua ideia da “casa europeia” não foi acompanhada por todos e agora voltamos à guerra fria escoltada de uma guerra quente, cada vez a ser mais puxada para a UE pelos nossos governantes! Perdeu-se a oportunidade de se organizar uma terceira via liberta do sistema comunista e do sistema globalista turbo-capitalista.

Gorbatschev calou-se sobre a guerra da Ucrânia, certamente por desilusão com Putin e com os EUA/OTAN...

Gorbachev tinha criticado Putin por restringir a liberdade e a democracia. Gorbachev também criticou o Ocidente (EUA) por se declarar o vencedor ("triunfalismo") da Guerra Fria, explorando a fraqueza da Rússia e prosseguindo políticas míopes...

Como se viu na União Soviética e na antiga Alemanha socialista, no momento em que um estado ditatorial permita um pouco de liberdade ao povo, o fim do sistema processa-se rapidamente. Isto significa que o sistema ditador comunista não corresponde ao espírito natural da pessoa nem ao de uma sociedade e como tal não proporciona sustentabilidade social.

António da Cunha Duarte Justo

Texto completo e Nota em Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=7844

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