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CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS DO ENSINO CATÓLICO

Espaço aberto a comunicações de antigos alunos do ensino católico em Portugal.

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CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS DO ENSINO CATÓLICO

05
Ago22

19.º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C


Oliveira

Sugestão da homilia para o décimo nono Domingo do Tempo Comum - ANO C - 2022

Estai vigilantes

Domingo, 7 de Agosto de 2022

     Irmãs e irmãos, a Palavra de Deus convida-nos a estar vigilantes.

  1. Vigilantes para uma vida com Deus

     Evangelho

     Imagino que durante o ano escolar a mãe ou o pai, de manhã, acordam o filho e dizem: está na hora; não podes chegar tarde à escola. Ou então é o despertador que chama.

     Com esta imagem familiar, vemos as leituras deste domingo, que nos dizem: “Estai vigilantes”. Ou seja, Deus chama-nos à vigilância, não para nos assustar, mas para termos o caminho seguro na vida.

    Vemos no evangelho de São Lucas este apelo ou chamamento: “Estai vós também preparados”. Jesus serviu-se de comparações para explicar a sua advertência: a primeira comparação ou imagem: “Estai com as lâmpadas acesas”. Prontas, para quando vier a noite… Não podeis ficar às escuras.

    E a segunda comparação ou imagem: não sabeis o dia em que virá o Senhor, para vos chamar. Estas imagens exprimem a necessidade urgente de salvar a casa, salvar a vida. É uma catequese de vigilância, para termos uma vida com Deus, catequese dirigida aos discípulos de todos os tempos, a nós.

     Pode algum dos presentes sentir esta objecção: “mas eu tenho afazeres, não posso estar continuamente a pensar em Deus”. Julgo que tem razão. Eu já reparei que nalgumas horas, em estradas secundárias, os camiões de cinco rodados circulam, em alguns momentos, mais do que um por minuto. E os ligeiros, em movimento contínuo. Isto diz-nos que a vida actual dá pouco tempo para pensarmos no principal da vida. Mas o principal é mantermos um coração animado pela fé em Jesus ressuscitado.

  1. Vigilantes para a nossa libertação

     Primeira leitura

     O Livro da Sabedoria apresenta-nos as palavras de um “sábio”. Recorda-nos como o povo de Deus estava preparado para a saída do Egito. Foi uma noite histórica. Quando Moisés deu ordem, todos se puseram em marcha, com sandálias nos pés e cajado na mão: foi a noite da primeira Páscoa. Diz-nos o sábio: Essa noite “foi esperada pelo vosso povo, como salvação dos justos”. Isto para nos aconselhar a estar vigilantes, preparados. Para quê? Para seguir o caminho do Senhor, que é de liberdade e de salvação.  

     Eu peço licença para trazer aqui uma página bonita da nossa literatura portuguesa sobre a vigilância: Frei Bartolomeu dos Mártires e o pastorinho. O arcebispo de Braga e os acompanhantes: «Passavam um dia de um lugar para outro. Salteou-os uma chuva fria e importuna, …; e corria um vento agudo e desabrigado, que os congelava. Tinha-se adiantado o arcebispo, e ofereceu-se-lhe à vista, posto sobre um penedo alto e descoberto ao vento e à chuva, um menino pobre e bem mal reparado de roupa, que vigiava umas ovelhinhas…que andavam pastando. Notou o Arcebispo… e viu juntamente que ao pé do penedo se abria uma lapa, que podia ser bastante abrigo para o tempo. Movido de piedade, parou, chamou-o, e disse-lhe que se descesse abaixo para a lapa e fugisse da chuva…

     – Isso não! – respondeu o pastorinho, – que, em deixando de estar alerta e com o olho aberto, vem logo o lobo e leva-me a ovelha…!

     – E que vai nisso? – disse o Arcebispo. – A mim me vai muito – tornou ele, – que tenho pai em casa, que pelejará comigo… Eu vigio o gado, ele me vigia a mim: mais vale sofrer a chuva...

      Contou o arcebispo:

      – Este esfarrapadinho inocente ensina a Frei Bartolomeu a ser Arcebispo! Este me avisa que não deixe de acudir e visitar minhas ovelhas» …

      A que se destina em particular a nossa vigilância? À nossa libertação e salvação. Para isso, estamos vigilantes, seguindo o conselho do Senhor.

      O senhor chama-nos à vigilância para nossa segurança. Também a mãe diz ao filho: olha bem para os semáforos…

      Que o Senhor nos ilumine, para vermos o caminho seguro da salvação. Não seremos loucos, mas prudentes, seguindo o que nos diz o Senhor: estai vigilantes.

Pe. António Gonçalves, SDB

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