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CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS DO ENSINO CATÓLICO

Espaço aberto a comunicações de antigos alunos do ensino católico em Portugal.

Espaço aberto a comunicações de antigos alunos do ensino católico em Portugal.

CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS DO ENSINO CATÓLICO

11
Set21

O ESTADO DA SAXÓNIA NA ALEMANHA PROIBE O USO DA LINGUAGEM IDEOLÓGICA DO GÉNERO NAS ESCOLAS


Oliveira

Com  devida vénia, transcrevemos o texto de A. Justo.

(A. G. Pires)

No futuro, os caracteres especiais para línguas neutras em termos de género não serão mais usados nas escolas saxãs. A Saxónia teve a coragem de pôr cobro à política de penteamento cerebral em voga. A estratégia é confundir as pessoas para se desorientarem, perderem a capacidade crítica e assim seguirem o pensar  politicamente correcto ou poderem ser levados por qualquer ideia peregrina. Na baralhação não há quem se entenda e quem se ri são os que lançam os foguetes ao verem o pessoal a correr atrás das canas!

Esta medida escolar pressupõe um retorno a um estilo de escrita claramente estruturado. A linguagem querida por activistas de género ignora o masculino genérico pressupondo nele uma discriminação teórica que na realidade não existe.

Em vez disso, a negação do género genérico leva a resultados obscuros: na verdade, a palavra professora também não seria uma forma feminina, porque o "professor" está nela!!!

Esta será uma história sem fim porque após introduzida a linguagem do género para igualdade dos direitos humanos ter-se-ia de começar a trabalhar pela igualdade de direitos dos animais também masculinos agredidos pelo feminino genérico: a cobra, a ratazana…

Muito já foi alcançado em nossa sociedade pela igualdade de género e são feitas tentativas para abolir todas as formas de discriminação factual.

O bom senso saxão seria uma boa orientação.

António CD Justo

Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=6765

10
Set21

IGREJA PEREGRINA

DOIS ANOS DE SÍNODO COM BISPOS E LEIGOS


Oliveira

Com  devida vénia, transcrevemos o texto de A. Justo.

(A. G. Pires)

Francisco concretiza o seu Programa pontifical no Caminho sinodal universal (10.2021 a 10.2023)

Por António Justo

No dizer do Papa Francisco, o objectivo do Caminho Sinodal é oferecer a todos os crentes a oportunidade de "se ouvirem uns aos outros e ao Espírito Santo". O lema do programa é "Para uma igreja sinodal (1): comunhão, participação e missão", os temas do sínodo são abertos.

O Caminho Sinodal tem início em Outubro de 2021 e tem três fases, terminando com a assembleia episcopal em Outubro de 2023. As três fases são: uma a nível diocesana, que durará até Abril de 2022, seguida de uma continental e de uma universal. "A Igreja de Deus é chamada em conjunto para um sínodo” e todos os crentes são chamados a participar no desenvolvimento da Igreja.

O plano original de Roma era convocar um sínodo de bispos, mas o Papa quis envolver não só os bispos, mas também leigos e igrejas locais, pelo que o empreendimento se torna numa viagem sinodal mundial com a duração de dois anos. Haverá muito trabalho a fazer a nível de paróquias, episcopados nacionais e regionais e a nível mundial.

A posição do Pontífice é clara e abrangente, não só para a sociedade religiosa como também para a sociedade política-civil; para Francisco “O verdadeiro poder é serviço” numa “Igreja pobre e para os pobres”, onde “O nome de Deus é Misericórdia”! Por isso anima, quem tem cargos de chefia, a só justificarem o seu poder social se este acontece em serviço dos outros; por isso recomenda: “sede pastores com o cheiro das ovelhas”. O papa quis iniciar com o seu pontificado um novo rumo para a história dentro e fora da Igreja e pretende uma maneira de ser igreja mais Jesuína!

Isto terá como consequência o distanciamento do exagero na ocupação e preocupação com a “ordem moral” para se centrar no seguimento-vivência de Jesus Cristo.

Francisco trouxe para a Igreja uma nova maneira de discurso social; este discurso possibilita novas formas de se estar em sociedade, ao dar maior espaço à expressão das minorias sociais que começam a ter mais influência no Poder e a condicionar também o abuso dele! A relação entre sociedade, conhecimento e discurso é cada vez mais estreita e determinante. O Método da controvérsia jesuítica é hoje muito importante na procura de soluções para o nosso tempo (2).

Com a ideia do caminho sinodal para clérigos e leigos o papa concretiza o seu plano de que o clero e todo o cristão se torne serviço à humanidade.  Todos terão de se definir e pensar primeiramente a partir de um nós, num sair de si mesmo para se encontrar na comunidade e assim se poder reencontrar verdadeiramente consigo mesmo (à imagem do protótipo Jesus Cristo).  Assim, no entender de Francisco, a igreja peregrina, mais que olhar para o caminho, deverá olhar para os que estão “à margem do caminho” e devolver-lhes a dignidade (aos “Cristos” abandonados)!

A Igreja encontra-se num empasse de ajustamento entre secularidade e religião e está envolvida num discurso entre o espírito do tempo (zeitgeist) de séculos anteriores e o espírito do tempo de hoje! Deste modo encontra-se perante a missão de redefinir também tarefas e funções entre leigos e clérigos.

Certamente, semelhante ao que aconteceu com a preparação do Vaticano II, que envolveu o mundo inteiro na sua preparação, a nível de clérigos e peritos, desta vez, a caminhada da igreja é de clérigos e de leigos num peregrinar intensivo de maneira a possibilitar muita coisa nova na Igreja e na sociedade, culminando no Sínodo dos bispos em 2023. Talvez o salto quântico a nível de clero se venha a manifestar num diaconado aberto não só a homens, mas também a mulheres, em igrejas regionais!

O caminho, de abertura aos sinais dos tempos, apontado pelo Concílio Vaticano II é programa dado a Revelação também se dar e acontecer na História. Deus continua a peregrinar na Igreja e no tempo através da pessoa e dos povos.

O movimento de desconstrução da cultura ocidental, querido pela política progressista, preocupa muitos “conservadores„ que temem que o mesmo fenómeno leve a uma correspondente desconstrução da tradição católica. É uma questão delicada num momento em que se pretende reinterpretar o passado e ultrapassar uma interpretação meramente linear da cultura/doutrina/história, de modo a surgirem da sua complexidade novas expressões da verdade.

Na Igreja tem-se, por vezes, observado “conservadores” e “progressistas” em disputa com pouca margem para a presença do amor divino que é inclusivo. Cristianismo é passado, presente e futuro por isso não seria cristão usar-se um tempo contra o outro.

O catolicismo é, prototipicamente, global e aberto à universalidade e, como tal, reconhece que as diferentes pessoas e povos se encontram em diferentes estados de consciência, sendo, por isso, difícil a tarefa de criar espaço de expressão geral para todos (tradicionalismos, modernismos e de teologias alternativas (3). Inferno, céu e virgindade não são mais considerados meios de educação…

As ondas do mar também avançam e recuam, doutro modo teríamos um mar podre! A diferença, por vezes discordante, pode transformar-se em foco de vida/desenvolvimento e como tal ser aceite desde que cada parte se mantenha no caminho do Mestre sem querer que o próprio caminho se torne no caminho dos outros. Jesus não deixou mandamento, deixou-se a si mesmo (Eu sou o caminho, a verdade e a vida!). Agora estamos na hora do Papa Francisco e este é o presente que prepara certamente a transição de forma harmónica porque no próximo conclave outros passarão o fogo do espírito a uma nova tocha (4)!

O objectivo é recuperar a confiança, introduzir reformas no clero, na moralidade sexual da igreja e no papel das mulheres na igreja. O Papa Francisco encorajou o movimento reformador alemão, mas também advertiu para os perigos de adaptação ao espírito do tempo.

O espírito de abertura só o será se também o for em relação à tradição dos antepassados. O trabalho do Papa Francisco tem sido exemplar num momento da História mundial bastante controverso devido às grandes mudanças sistémicas a nível geopolítico, de concorrências interculturais e do processo renovador em via na igreja católica (5).

António CD Justo

Teólogo

Notas em Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=6768

  • (1)   A Igreja alemã já procurou exercitar um caminho próprio com a sua iniciativa da Via sinodal! O Papa ao adaptar este caminho para a Igreja universal demonstra verdadeiro empenho na tarefa da renovação eclesial. O Papa valorizou assim o processo de reforma em via na Igreja Alemã (com a sua “Via Sinodal”) ao adoptá-lo para a Igreja universal, embora ele seja cada vez mais controverso entre os fiéis e o clero na Alemanha. O clero de vivência mais conservadora encontra-se preocupado e também vê com olhos críticos a publicação do Motu Proprio Traditionis custodes, do Sumo Pontífice Francisco publicado a 16.07.2021 (1).
  • (2)   Método da Controvérsia como instrumento impulsionador do desenvolvimento: https://www.triplov.com/letras/Antonio-Justo/2015/metodo-jesuita.htm
  • (3)   A Igreja tem lugar para todos, para tradicionalistas e progressistas (para usar dois termos seculares dado em termos eclesiológicos talvez fosse mais apropriado falar de petrinos e de joaninos, ou seja, igreja Petrina e Joanina como expressão da mesma Igreja), todos em diálogo inclusivo, sem ninguém a desdizer de alguém. Cada um de nós é processo e a sociedade e a Igreja também o são e, como tal, seria natural que o que ontem se via e sentia de uma maneira se possa ver e sentir hoje de maneira diferente sem, contudo, se deixar de ser católico. Deixemo-nos de perfilagem seja atrás de Bento XVI/João Paulo II ou de Francisco; em vez de traçar perfis será melhor seguirmos o perfil de toda a realidade (processo temporal e espiritual: na amálgama do natural e espiritual) resumida em Jesus Cristo (nele a natureza torna-se transparente!). Nele mais que a escrita interessa a relação que é Pessoa.
  • (4)   A igreja não pode ingressar numa forma de discurso antagónico de tipo mundano (político) equacionado num espírito dialético meramente mental e consequentemente adverso entre progressistas e tradicionalistas como quer o espírito do tempo. O espírito de abertura só o será se também o for em relação à tradição dos antepassados.
  • (5)   Além das exigências em torno da moral sexual católica, do celibato e da ordenação de mulheres, tem havido abusos na celebração da missa em latim e arbitrariedades na aplicação do rito da missa actual. Depois de ler o Motu Próprio do Papa Francisco penso que, atendendo à objecção do abuso de carácter ideológico com a missa tem latim, a posição do Pontífice é muito ponderada e até possibilitadora de alguma excepção! Motu Próprio do Sumo Pontífice Francisco de 16.07.2021: https://press.vatican.va/content/salastampa/es/bollettino/pubblico/2021/07/16/motu.html .O Papa tem vindo a preparar o caminho: https://www.triplov.com/letras/Antonio-Justo/index.htm ;

A “Amazónia em Roma” https://antonio-justo.eu/?p=5584  já foi um grande passo no sentido do Caminho sinodal! A encíclica ecológica: https://antonio-justo.eu/?p=3191

09
Set21

24.º DOMINGO do TEMPO COMUM - Ano B


Oliveira

Proposta de Homilia para o 24.º Domingo do Tempo Comum – ANO B - 2021

O Messias sofredor e salvador

Domingo, 12 de Setembro de 2021

     Irmãs e irmãos, quem é Jesus para nós? Esta pergunta é central da nossa vida, como veremos.

  1. Messias, Servo do Senhor

     Primeira leitura

 A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo, como “Servo do Senhor”. Isaías diz-nos acerca desta personagem: “apresentei as costas àqueles que me batiam”. E ao mesmo tempo, esta pessoa confia em Deus: “Mas o Senhor Deus veio em meu auxílio”. Este “Servo do Senhor” aceita pacientemente todos os ultrajes, e confia em Deus que o exaltará na glória: o Senhor Deus vem e meu auxílio”. É a figura típica de Jesus na sua Paixão, que aceitou todos os sofrimentos para cumprir a sua missão de nos salvar.

  1. Messias, que aceita a sofrimento

     Evangelho

     O Evangelho apresenta-nos Jesus a fazer uma pergunta aos apóstolos: «E vós, quem dizeis que Eu sou?»  Pedro deu a resposta certa: “Tu és o Messias”.

     Este exemplo interessa-nos para a nossa identidade cristã. Quem é Jesus para nós? É um homem bom, atento a quem sofre, que passou fazendo o bem. E é mais do que isso. Todos nós devemos interrogar-nos sobre o lugar que Jesus ocupa na nossa vida. O que Jesus é para as nossas opções de vida. Como respondemos à pergunta de Jesus: “E vós, quem dizeis que Eu sou?

     A nossa resposta é a de Pedro:  “Tu és o Messias”. Mas talvez Pedro não sabia o que estava a dizer. Ele e o povo esperavam um Messias poderoso, que faria um reino à maneira dos reinos do mundo, que libertaria o povo do jugo romano. Mas Jesus mostrou o caminho do sacrifício e da cruz. Jesus falou em dar a sua vida pelos irmãos. Pedro não entendeu essas palavras.

     “No Evangelho, Jesus é apresentado como o Messias libertador, enviado ao mundo pelo Pai para oferecer aos homens o caminho da salvação e da vida plena. Cumprindo o plano do Pai, Jesus mostra aos discípulos que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas pelo amor e pelo dom da vida” (cf. Dehonianos neste domingo).

     É também um caminho aberto para todo o cristão: dar a vida pelos irmãos, como fez Jesus. Seguir Jesus na comunhão com Ele, construindo a vida em comunhão com Jesus.

     E com uma certeza: a cruz nunca é uma derrota, é um trunfo, na obediência ao Pai. Cada um de nós toma a cruz unido a Jesus, aguardando a vida nova no amor, e com o olhar na ressurreição.

  1. O Messias pede a nossa fé com obras

     Segunda leitura

     São Tiago é realista. Para seguir a Jesus temos um caminho: a fé com obras. A fé vive-se na prática de cada dia. No dia-a-dia. Também nas pequenas coisas, feitas com amor. Pode valer tanto passar uma roupa a ferro, como pregar um sermão. Depende do amor. Uma caminhada a pé para chegar a um santuário, tem muito simbolismo: é o sinal da caminhada da vida para Deus. A fé é mais do que acreditar: é viver com Jesus, o que se acredita. Não estamos sós no caminho, o Senhor está connosco.

P. António Gonçalves, SDB

08
Set21

Cultura e Pastoral da Cultura - Actualidade

Uma nova sugestão de leitura


Oliveira

Dos ricos conteúdos do site do SNPC, respigamos, com a devida vénia o que segue:

(A. G. Pires)

Cinema: Prémio Árvore da Vida no IndieLisboa atribuído a “Sopro”

O filme “Sopro”, realizado por Pocas Pascoal, foi distinguido esta segunda-feira com o prémio Árvore da Vida, atribuído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, na 18.ª edição do festival de cinema independente IndieLisboa. «“A vida começa em cada segundo do dia”: a convicção do coprotagonista deste documentário atravessa uma narrativa abrasada pela poesia», começa por referir a justificação do júri do galardão no valor de dois mil euros que, desde 2010, é concedido um dos filmes selecionados para a secção Competição Nacional, tendo como critério os seus valores espirituais e humanistas, a par das qualidades cinematográficas.

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