ANIVERSÁRIO DA PÍLULA
Oliveira
Com devida vénia, transcrevemos o texto de A. Justo.
(A. G. Pires)
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Oliveira
Com devida vénia, transcrevemos o texto de A. Justo.
(A. G. Pires)
Oliveira
Com devida vénia, transcrevemos o texto de A. Justo.
(A. G. Pires)
Por António Justo
Tenho lido Erich Kästner (Escritor alemão) e gostado muito da sua linguagem! Apresento aqui um exemplo da sua maneira simples de chegar às pessoas!
Com o título “À maneira de Sócrates”, Erich Kästner quer-nos chamar a atenção para lermos o seu epigrama na atitude filosófica de Sócrates (processo maiêutico/Técnica de parteira) que, em diálogo, através de perguntas seguidas de perguntas - sem responder à pergunta - leva o interlocutor a descobrir a resposta que se encontra nele mesmo!
“À MANEIRA DE SÓCRATES
É mesmo assim: É das perguntas,
a partir das quais se levanta o que resta.
Pense na pergunta daquela criança:
"O que faz o vento quando não sopra?" Erich Kästner
Na pergunta da criança Kästner quer certamente questionar a nossa arrogância de se querer ter já na gaveta uma resposta ou solução para tudo.
Certamente haverá perguntas que ao darmos-lhes resposta só mostramos nelas as pegadas do nosso espírito!
Na realidade nas perguntas da criança questiona-se o saber aparente (ignorância) dos adultos que se dão por satisfeitos com uma resposta, ficando-se também aí pelo estado do não saber!
Sócrates com a exigência primeira do “conhece-te a ti mesmo” para poderes tentar conhecer o mundo acaba por responder ao oráculo que o considerava o maior sábio da Grécia dando-lhe a resposta: “só sei que nada sei”? A base da busca será saber que nada se sabe porque a certeza absoluta será questionável!
A saída do dilema do não saber será de encontrar não fora, mas na resposta pessoal ou personalizada por nós mesmos ao criamos a realidade. Poderá ser o vento explicado só com o movimento do ar?!!! De facto, para nos podermos acercar do assunto da resposta teríamos de ir fazendo perguntas e até chegarmos a ultrapassar a complexidade da meteorologia e sua dependência da astronomia!
António CD Justo
Comentários interessantes em “Pegadas do Tempo”, https://antonio-justo.eu/?p=6733
Oliveira
Com devida vénia, transcrevemos o texto de A. Justo.
(A. G. Pires)
Por António Justo
Deus chora nas mulheres afegãs enquanto uma nuvem tenebrosa se alastra no firmamento da humanidade! No Afeganistão as trevas vieram para ficar em forma de guerra civil e da masculinidade contra a feminilidade! Estamos em plena guerra cultural mundial: a “guerra santa” contra a humanidade!
Depois da catástrofe humana a acontecer no Afeganistão, há muitas perguntas que se colocam também ao Ocidente! De facto, com ingenuidade não se chega a lado nenhum!
A situação actual no Afeganistão e as imagens do aeroporto afegão mostram impiedosamente as fraquezas dos Estados ocidentais (1).
Por que é que o Ocidente continua a promover o machismo na implementação da emigração quase só de homens para o Ocidente? Porque não introduzir uma quota de pelo menos 50% de mulheres? Não fomenta o Ocidente, deste modo, o machismo nos países islâmicos e a emigração do sistema patriarcal para a Europa? (ou precisarão os homens afegãos que não emigram das mulheres para as usarem como cobaias parideiras?). Qual a razão por que a NATO, durante 20 anos, não investiu muitos dos seus milhares de milhões de euros no fomento prioritário de mulheres na carreira militar afegã? Um exército de mulheres empenhar-se-ia em defender a nação ameaçada e certamente não entregaria as armas, de mão beijada, aos adversários, porque teria muito para defender. (Uma estratégia de fomento da feminilidade sistémica no Afeganistão valeria também para África: fomento de grupos femininos de autoajuda.)
Por que não investiram na promoção de mulheres polícias? Por que não promoveram Partidos femininos? Por que não fortaleceram a criação sistemática de associações de mulheres? Por que não formarem comités de anticorrupção formados por mulheres?
Enquanto a matriz masculina se mantiver como força motriz da sociedade e da cultura e não houver a finalidade de integrar nela a feminilidade, muitos dos esforços masculinos e femininos não passarão de remendos na matriz patriarcal que ordena ainda todas as sociedades. A luta tem feito parte essencial da masculinidade, mas precisa de ser reparada, urgindo a integração da feminilidade nela (e não transformar as mulheres em meras lutadoras (homens) tornando-se elas mesmas estranhas à sua feminilidade; afinal lutam num mundo masculino, à maneira masculina, pela implantação de um mundo que não passa além das características masculinas).
Uma cultura que transforma as mulheres em escravas e servas de homens só pode ser modificada através de uma estratégia e filosofia que transforme a mulher em actora e portadora da liberdade! Só uma aposta na feminilidade e na mulher poderá constituir a primeira base de resistência contra os hábitos sociais e culturais e o meio de implementar neles a liberdade.
Precisa-se de uma revolução feminina não só que implemente mulheres ao poder para moderar a oligarquia masculina, mas sobretudo para introduzir na sociedade uma filosofia feminina. Nos homens não haverá confiança, enquanto não integrarem neles mais características da feminilidade! Só as mulheres podem libertar de maneira especial o Islão de uma filosofia e estruturas extremamente patriarcais. A luta contra o extremismo machista e contra o terrorismo não será eficaz, a longo prazo, com bombas nem com mísseis; ela tem de começar pelas estruturas internas da sua antropologia e sociologia (religião e ideologia político-económica). Precisamos de uma revolução cultural feminina que ponha na ordem do dia os valores e características da feminilidade; a luta das mulheres pela emancipação tem sido benéfica, mas continua a ser nos moldes da filosofia da matriz masculina!
Com a volta da talibã, ISIS e grupos extremistas, às mulheres só espera sofrimento e sobressaltos!
A desumanidade anti-feminina chega-lhes sob a forma primitiva de homens barbados que tratam as mulheres pior que gado, pois para eles a mulher é objecto perigoso a subjugar e para tal a sexualidade é considerada mercadoria e a humanidade é tratada como assunto privado!
O poder do EI, do Talibã e grupos radicais correspondentes proíbem a formação às mulheres porque esta lhes possibilitaria sair da cegueira e assumir consciência e resistência. Uma atitude que rejeita na educação tudo o que é mundano (não religioso) é ultrapassada e contra o ser humano!
Para se ter uma ideia mais concreta do que se passa no Afeganistão, leia-se o livro, “Do outro Lado do Destino” (2), onde a autora apresenta a biografia de Shirin-Gol, que é uma imagem exemplar do desespero de milhões de afegãs de outrora e de agora! O livro permite-nos compartilhar o destino das mulheres afegãs e de tantas outras no mundo.
Mulheres corajosas cheias de vida preservadas apenas pela esperança são expressão da escravatura ainda nelas hoje aceite. A escravatura exercida por bastardos vingadores da vida (3) não avançaria se não fosse aceite, também pela nossa sociedade, como algo natural-cultural a respeitar, apesar da crueldade de uma cultura do ódio e da vingança.
Se até agora tínhamos assistido a uma guerra masculina entre homens, agora passou-se a uma guerra de machos cruéis contra mulheres. O agora das mulheres (o papel clássico das mulheres) encontra a sua sustentabilidade num presente de miséria, de pobreza e de fanatismo: uma realidade sempre moderna contra elas! Até agora, o país tem sido assolado por uma guerra masculina: por um lado destrói-se o país com bombas e rivalidades de homens e por outro lado destroem-se as mulheres tornadas vítimas das bombas da cultura usada contra elas!
Um terço da população afegã encontra-se sempre em fuga. Um desastre para todos enquanto a população civil do islão se identificar com população religiosa.
A vida é invencível, mas a escravidão torna-se na queda da esperança que a sustenta. A política é a arte do possível, não do que se desejaria, esperemos só que o Homem se torne mais “humano”!
António CD Justo
Teólogo e Pedagogo
Pegadas do Tempo https://antonio-justo.eu/?p=6736
Oliveira
O maior perigo para o Ocidente
Europeu em vias de escravização
Muçulmana.
MUITO IMPORTANTE LER, MEDITAR E DIVULGAR.
O autor deste e-mail é o Dr. Emanuel Tanya, um psiquiatra conhecido e muito respeitado.
Um homem, cuja família era da aristocracia alemã antes da II Guerra mundial, era dono de um grande número de indústrias e propriedades.
Quando questionado sobre quantos alemães eram nazis verdadeiros, a resposta que ele deu pode orientar a nossa atitude em relação ao fanatismo.
"Muito poucas pessoas eram nazis verdadeiros ", disse ele, "mas muitos apreciavam o retorno do orgulho alemão, e muitos mais estavam ocupados demais para se importar. Eu era um daqueles que só pensava que os nazis eram um bando de tolos. Assim, a maioria apenas se sentou e deixou tudo acontecer. Então, antes que soubéssemos, pertencíamos a eles; tínhamos perdido o controle, e o fim do mundo havia chegado.
Minha família perdeu tudo. Eu terminei num campo de concentração e os aliados destruíram as minhas fábricas".
Somos repetidamente informados por "especialistas" e "cabeças falantes" que o Islão é a religião de paz e que a grande maioria dos muçulmanos só quer viver em paz. Embora esta afirmação não qualificada possa ser verdadeira, ela é totalmente irrelevante. Não tem sentido, tem a intenção de nos fazer sentir melhor, e destina-se a diminuir de alguma forma, o espectro de fanáticos furiosos em todo o mundo em nome do Islão.
O facto é que os fanáticos governam o Islão neste momento da história. São os fanáticos que marcham. São os fanáticos que travam qualquer uma das 50 guerras de tiro em todo o mundo. São os fanáticos que sistematicamente abatem grupos cristãos ou tribais por toda a África e estão tomando gradualmente todo o continente em uma onda islâmica. São os fanáticos que bombardeiam, degolam, assassinam, ou matam em nome da honra. São os fanáticos que assumem mesquita após mesquita. São os fanáticos que zelosamente espalham o apedrejamento e enforcamento de vítimas de estupro e homossexuais. São os fanáticos que ensinam os seus filhos a matarem e a tornarem-se homens-bomba.
O facto duro e quantificável é que a maioria pacífica, a "maioria silenciosa", é e está intimidada e alheia. A Rússia comunista foi composta por russos que só queriam viver em paz, mas os comunistas russos foram responsáveis pelo assassinato de cerca de 20 milhões de pessoas. A maioria pacífica era irrelevante. A enorme população da China também foi pacífica, mas comunistas chineses conseguiram matar estonteantes 70 milhões de pessoas.
O indivíduo médio japonês antes da II Guerra Mundial não era um belicista sadista... No entanto, o Japão assassinou e chacinou no seu caminho por todo o Sudeste Asiático numa orgia de morte, que incluiu o assassinato sistemático de 12 milhões de civis chineses, mortos pela espada, pá, e baioneta. E quem pode esquecer Ruanda, que desabou em carnificina. Não poderia ser dito que a maioria dos ruandeses eram "amantes da paz"?
As lições da História são muitas vezes incrivelmente simples e contundentes, ainda que para todos os nossos poderes da razão, muitas vezes falte o mais básico e simples dos pontos: os muçulmanos pacíficos tornaram-se irrelevantes pelo seu silêncio. Muçulmanos amantes da paz se tornarão nossos inimigos se não falarem, porque como o meu amigo da Alemanha, vão despertar um dia e descobrir que são propriedade dos fanáticos, e que o final de seu mundo terá começado.
Amantes da paz alemães, japoneses, chineses, russos, ruandeses, sérvios, afegãos, iraquianos, palestinianos, somalis, nigerianos, argelinos, e muitos outros morreram porque a maioria pacífica não falou até que fosse tarde demais.
Agora, orações islâmicas foram introduzidas em Toronto e outras escolas públicas em Ontário e, sim, em Ottawa também, enquanto a oração do Senhor foi removida (devido a ser tão ofensiva?). A maneira islâmica pode ser pacífica no momento no nosso país, até os fanáticos se mudarem para cá.
Na Austrália e, de facto, em muitos países ao redor do mundo, muitos dos alimentos mais comumente consumidos têm o emblema halal (o que é permitido por Alá) sobre eles. Basta olhar para a parte de trás de algumas das barras de chocolate mais populares, e em outros alimentos no seu supermercado local. Alimentos em aeronaves têm o emblema halal, apenas para apaziguar uma minoria privilegiada, que agora se está expandindo rapidamente dentro das margens da nação.
No Reino Unido, as comunidades muçulmanas recusam-se a integrar-se e agora há dezenas de zonas "no-go" dentro de grandes cidades de todo o país em que a força policial não ousa se intrometer. A Lei Sharia prevalece lá, porque a comunidade muçulmana naquelas áreas se recusa a reconhecer a lei britânica.
Quanto a nós que assistimos a tudo isto, devemos prestar atenção para o único grupo que conta - os fanáticos que ameaçam o nosso modo de vida.
Por fim, qualquer um que duvide que o problema é grave e apenas exclua este e-mail sem o enviar, estará contribuindo para a passividade que permite que os problemas se expandam. Então reenvie esta mensagem!
Vamos esperar que milhares de pessoas, em todo o mundo, leiam e pensem sobre isto e também divulguem esta mensagem – antes que seja tarde demais.
E ESTAMOS EM SILÊNCIO !!!...!!!...!!!...
Oliveira
Com devida vénia, transcrevemos o texto de A. Justo.
(A. G. Pires)
Os Talibãs ocuparam a Capital Cabul seguindo-se o colapso da República Islâmica do Afeganistão a 15 de Agosto de 2021; o Afeganistão passou a ser governado pelo Emirado Islâmico do Afeganistão que é controlado pelo talibã (1).
As forças policiais e militares formadas pela NATO entregaram-se, o Presidente do Afeganistão fugiu, as embaixadas estrangeiras fazem as malas e fogem e toda uma geração de afegãos colaboradores da Nato temem agora pela sua vida. As quantidades imensas de armas e munições passam para as mãos dos Talibãs que as usarão contra quem lhes ofereça resistência. Os combatentes da Al-Qaeda que se encontravam presos foram libertados e não deixarão o seu ídolo Bin Laden sem vingança.
O reinado do terror volta com a vingança dos guerreiros de Alá. Em vez da nação tem-se um califado. A bandeira nacional será abolida. A “Rádio Sharia” é criada e os homens do turbão pincelam já, nos cartazes, sobre os rostos das mulheres .
Um desastre para a Europa e para o mundo!
A vitória dos islamistas radicais provocará um surto da emigração de muçulmanos para o Ocidente; seis milhões de afegãos tentarão fugir do país; no futuro assistiremos a um reforçar do terror muçulmano apoiado pela Arábia Saudita, Irão e Paquistão e agora também pelo Afeganistão.
Foi tudo em vão: a vida de pessoas, os triliões de euros lá gastos e investidos. Também dois portugueses lá deixaram as vidas em vão: Paulo Roma Pereira e Sérgio Pedrosa,
O ocidente capitulou, mas continuará a fazer os mesmos erros; não há remissão; a história das catástrofes é comprida: Vietname, Iraque, Líbia, Síria e agora Afeganistão!
Todos somos responsáveis: Muitos dos nossos impostos, em vez de serem empregues em fomento da paz dos povos são queimados em guerras prejudiciais.
Os islamistas não brincam em serviço, não se limitam a administrar a miséria, preferem aumentá-la para que os seus caciques melhor vivam dela. Temos a Idade Média a caminho do Ocidente e a perseguição dos cristãos no país também pelo facto de serem identificados com a política do Ocidente!
A Sharia será rigorosamente aplicada. Os talibãs ao apossarem-se das províncias de Badakhshan e Takhar emitiram uma ordem aos líderes religiosos locais para lhes entregarem uma lista das meninas com mais de 15 anos e viúvas com menos de 45 para “se casarem” com combatentes do Talibã. A Sharia já era aplicada no Afeganistão na qualidade de República Islâmica (Artigo 3 da sua Constituição): “Nenhuma lei deve infringir os princípios e disposições da sagrada religião do Islã no Afeganistão.” A Sharia implica que a lei islâmica é a única lei.
É uma catástrofe para parte da população afegã que tenta fugir e não pode e para tanta mulher que vê morrer suas legitimas aspirações e se vê lograda por ter confiado no apoio dos ocupantes.
O que nos resta é a esperança que mesmo num governo de extremistas as forças internas do Afeganistão proporcionem, nos próximos vinte anos, mais desenvolvimento e libertação do que o que tinham adquirido neste mesmo espaço de tempo com a presença da NATO.
Os Talibãs querem impor a sua maneira de viver como o Ocidente lhes queria impor a sua. A razão não conta; o poder é que ganha e à posteriori encontra sempre legitimação.
Uma curiosidade sintomática é o silêncio cobarde por parte dos conhecidos grupos activistas de profissão: não se veem manifestações de protesto contra o destino das mulheres afegãs e dos homossexuais. Não se observa nenhuma comunidade muçulmana moderada no Ocidente que mostre a sua preocupação com o ataque ao poder no Afeganistão pelos radicais. As mesquitas na Europa calam-se: trata-se do agir de irmãos que de uma maneira ou de outra contribuem para a expansão islâmica! Os estados muçulmanos primam pelo silêncio. Apesar disto o Ocidente não só perde a guerra militar indevida como perde a sua personalidade cultural, primando pela indiferença!
O ocidente encontra-se em maus lençóis. Por um lado, a agressão muçulmana e por outro a crescente dependência chinesa! O ministro das Relações Exteriores da China, Wand Yi, recebeu uma delegação de alto nível do Talibã na quarta-feira passada.
Da ingénua e atrevida missão da NATO pode-se concluir: não há vitória contra o mal, convive-se a meias com ele! Agora que os extremistas estão no poder, os políticos vão cooperar com eles, o que antes era tabu.
A guerrilha talibã islâmica será usada como exemplo da melhor maneira de tomar o poder! A vitória dos talibãs no Afeganistão é um grande encorajamento para outros grupos terroristas reforçarem a sua luta em África.
Os políticos do Ocidente permanecem na sua mesma arrogância de não envolvidos, desviando o fracasso político para canto, sem assumirem responsabilidade pelos danos ( Sabem que o que fazem é feito em nome do povo!).
António CD Justo
Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=6707
Devido à atualidade do que escrevi no dia 10 de Agosto sobre a situação do Afeganistão, coloco aqui o link do artigo: AFEGANISTÃO A CAMINHO DO IRÃO TEOCRÁTICO, https://antonio-justo.eu/?p=6702 ou https://jornaldeoleiros.sapo.pt/…/afeganistao-a-caminho…
Oliveira
Com devida vénia, transcrevemos o texto de A. Justo.
(A. G. Pires)
Segundo um estudo do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) da universidade de Washington, publicado no mês passado, prevê-se que o número de pessoas na Terra atingirá um pico de 9,7 mil milhões até 2064 (1).
Daí até ao final do século, a população diminuirá para 8,8 mil milhões. Este processo será de observar em 183 dos 195 países existentes no mundo. Em 23 países a população reduzir-se-á para metade.
Conforme o Estudo, Portugal, Espanha, Itália poderão ver a população reduzida a mais de metade, enquanto o Brasil verá a população primeiramente crescer para 235 milhões até 2064 e no fim do século diminuída para 135 milhões de habitantes (2) .
A imigração será um meio para compensar a baixa de natalidade nos 183 países. Enquanto na Europa se observa a diminuição da fertilidade e a população está a envelhecer, na África a fertilidade aumenta a grandes passos.
Segundo o exposto, em África a população duplicará até meados do século e aumentará três vezes mais até finais do século. Os habitantes de África passarão de 1,03 mil milhões de pessoas actualmente para 3,07 mil milhões em 2100.
Na Nigéria 70% da população é jovem e metade dela sem emprego (População da Nigéria era de 206, 1 milhões em 2020 e em 2021 já é de 212,16 milhões).
Numa conferência da ONU em Nairobi, os participantes querem reforçar os direitos das mulheres, a fim de limitar o crescimento da população mundial.
O urbanismo é um dos factores que contribui para a redução da natalidade, como se observa na China.
Isto poderá pressupor um aumento de maior violência na África e também nos países de imigração.
O jihadismo hoje presente em África continuará a ser um factor relevante de aumento das tensões sociais devido ao expansionismo aguerrido da cultura árabe.
O conceito de superpopulação é muitas vezes usado para abusos (biologismo) e como desconsideração do humano e, por isso, é considerado por alguns como desumano. A Terra não se encontra esgotada; os problemas sociais, económicos e ecológicos devem-se a erros políticos e à má distribuição dos recursos do planeta.
António CD Justo
Notas em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=6696
Oliveira
Com devida vénia, transcrevemos o texto de A. Justo.
(A. G. Pires)
Depois de dois dias de combate os militantes islâmicos (Talibãs) conquistaram (08.07.2021) Kunduz; a sua meta é a conquista da capital Kabul. A cidade de Kunduz, capital da província, tem 370.000 habitantes.
Em Kunduz o caos é geral: "o pessoal do governo fugiu. Os Talibãs libertaram os prisioneiros da prisão. Não temos água nem eletricidade. As estradas estão fechadas. Ninguém pode levar os feridos aos hospitais", assim é descrita no HNA (de 9.8) a situação actual, por um cidadão de Kunduz. As estruturas municipais democráticas rudimentares desabam sem resistência. Polícias demitem-se dos seus postos e tiram as suas fardas para não serem logo perseguidos pelos talibãs. Do sofrimento do povo não se fale. Junto a Cabul os Talibãs já controlam as províncias Wardak e Logar.
Após 20 anos de presença militar do Ocidente e da sua retirada precipitada, os Talibãs retomam o país, sem respeitarem os acordos dos deveres relacionados com a retirada da força militar ocidental.
Constata-se que o poder religioso é mais forte que o poder dos militares, vendo-se estes obrigados a render-se. Da retirada do ocidente verifica-se que mudanças sociais não podem ser alcançadas nem garantidas pela força militar.
Os talibãs podem até rir-se dos intentos da intervenção do Ocidente para implantarem a democracia, quando, propriamente o que torna os Talibãs fortes é a religiosidade do povo (uma espécie de para-costas e de legitimação democrática!!!).
Os grupos extremistas – que constituíram sempre a ponta de lança avançada do Islão - apostam na religião e revelam-se contra a organização militar e policial de Estados centrais pois o poder religioso das bases garante-lhes o poder dos chefes regionais, o que um poder central limitaria. Os extremistas islâmicos, tal como os Talibãs servem-se da eficiência do poder político-religioso das bases e, neste sentido, dizia um líder talibã que "os europeus e os americanos calculam em anos, e eles em séculos".
O Ocidente tem sido cúmplice nesta catástrofe, como se vê também onde interferiu com o argumento do fomento e da defesa da democracia; os efeitos têm sido calamitosos (Iraque, Síria, Líbano e agora Afeganistão)!
O cenário repete-se! “Faz lembrar, a fuga do Vietname”! Nunca houve uma justificação moral para esta guerra justificada com o ataque islâmico contra os USA. No ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 pela organização al-Qaeda (1) às Torres Gêmeas em Nova Iorque, a maioria dos planeadores, financiadores e teóricos veio da Arábia Saudita e não do Afeganistão.
Os estrategas e políticos europeus incorrem no engano de pensarem que estes povos são fáceis de controlar através de uma estrutura e de uma política de informação como acontece no Ocidente. O Ocidente tem bases culturais diferentes (uma outra antropologia e sociologia) e nelas a divisão do poder em religioso e secular (A Deus o que é de Deus e a César o que é de César)! No islão, religião e política encontram-se unidos fazendo parte da identidade do cidadão, o que o torna consequentemente, à sua maneira “democrático”: daí a sua força ascendente num meio aberto como é ainda o ocidente! Países ocidentais, onde os políticos têm até vergonha dos seus próprios soldados, carecem da força interior e da coesão que o Islão possui para sobreviver a longo prazo (2).
O Ocidente, para ser consequente com os seus princípios humanistas culturais, terá agora de assumir a responsabilidade da situação no Afeganistão e acolher os refugiados afegãos.
O Ocidente comete o erro sistémico de atacar povos no exterior em vez de defender o seu interior (povo). Infelizmente a estratégia islâmica revela-se mais eficiente porque mais natural.
Para termos uma ideia das consequências que terá a transformação do Afeganistão numa teocracia (“estado de Deus -Alá” regido segundo o Corão e a Sharia) bastar-nos-á observar a expansão da intolerância e do terrorismo islâmico que se multiplicou, sobretudo em África, desde que o Irão se tornou numa teocracia islâmica.
O extremismo islâmico revela-se como ponta de lança do islão que, quer queiramos quer não, embora barbaramente, se revela eficiente pois é actualmente a cultura em maior expansão. Para a História, o que conta são os resultados!
O estratega Maomé sabia da eficiência da união de fé e espada; o mesmo se observa no estado chinês que, por sua vez, de maneira laica, une a ideologia comunista ao poder económico-político que se tem revelado como método de maior eficácia para a sua expansão.
António CD Justo
Notas em Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=6702
Oliveira
Proposta de Homilia para a Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria
Irmãs e irmãos, interessa-nos meditar sobre a Assunção de Nossa Senhora ao Céu? Dizemos que sim: porque é sinal de esperança para todos nós; e porque a Virgem Santa Maria elevada ao Céu continua a olhar com amor para os irmãos de seu Filho, que somos nós.
Recordemos as palavras do Papa Pio XII em 1950, sobre este mistério de Maria: “Ao terminar a sua missão na terra, Maria a Imaculada Mãe de Deus foi elevada em corpo e alma à gloria do céu … a alcançar a plenitude da salvação”.
Por que falou assim o Papa? “Esta glorificação de Maria é uma consequência natural da sua maternidade divina. Deus não quis que conhecesse a corrupção do túmulo Aquela que gerou o Senhor da vida”. O seu corpo tornou-se corpo glorioso, como foi o corpo de Jesus.
Primeira leitura
O Apocalipse de S. João apresenta-nos este quadro maravilhoso: uma mulher revestida de Sol, com uma coroa de doze estrelas: é a imagem de Nossa Senhora, a nova Eva; é imagem do povo de Deus, nas doze tribos de Israel; é imagem da Igreja, nos doze apóstolos. O Apocalipse revela também que a Mulher, Maria, teve um Filho, o Messias.
Aparece também a figura do dragão: representa o mal, que será vencido pela descendência da Mulher.
O livro do Apocalipse foi escrito numa época de perseguição contra a Igreja, e mostra o triunfo de Nossa Senhora e o triunfo da Igreja, embora passando por muitas provações.
Segunda leitura
E São Paulo, na Carta aos Coríntios, parece ter adivinhado o nosso anseio, e responde: “Primeiro Cristo, como primícias; depois os que pertencem a Cristo”. Refere-se à ressurreição. Dizendo: Como Jesus ressuscitou e subiu ao céu, também nós estaremos com Ele em corpo e alma, pois cada pessoa é corpo e alma.
E o Concílio Vaticano II, abre o nosso olhar para este caminho da nossa vida depois da morte: “O triunfo de Maria, mãe e filha da Igreja, será o triunfo da Igreja” (o nosso triunfo). ..” (LG 68). Então nós estaremos também com o nosso corpo no céu! Respondemos: cada pessoa salva-se como pessoa: corpo e alma. É este o projecto de Deus a nosso respeito.
Evangelho
Cito palavras do Papa Francisco na homilia sobre a Assunção de Nossa Senhora: “Escutamos o canto de Maria, o Magnificat: é o cântico da esperança, é o cântico do Povo de Deus no seu caminhar através da história. É o cântico de muitos santos e santas… mães, pais, catequistas, missionários, padres, freiras, jovens, e também crianças, avôs e avós; eles enfrentaram a luta da vida, levando no coração esperança dos pequenos e dos humildes… hoje a Igreja também canta a mesma coisa… Onde está a Cruz, para nós cristãos, há esperança, sempre... Por isso gosto de dizer: não deixeis que vos roubem a esperança... porque esta força é uma graça, um dom de Deus que nos leva para a frente, olhando para o Céu. E Maria está sempre lá, próxima dessas comunidades, desses nossos irmãos, caminhando com eles, sofrendo com eles, e cantando com eles o Magnificat da esperança” (Papa Francisco, 15 de agosto 2013).
P. António Gonçalves, SDB
Oliveira
Proposta de Homilia para o 19.º Domingo do Tempo Comum – ANO B - 2021
Irmãs e irmãos, todos os dias a mãe de família recebe o pão em sua casa. Seria triste se o pão não chegasse, para os filhos irem à escola, para o marido seguir para o emprego. O padeiro é bênção para o lar.
Primeira leitura
“Come, tens um caminho a percorrer”. A primeira leitura mostra-nos o profeta Elias desanimado, abatido, e perseguido pelo rei Acab e sua mulher, Jezabel, que o ameaçaram de morte. Elias teve de fugir. Passou uma noite, e quando acordou, viu que Deus tinha colocado junto dele um pão cozido e uma bilha com água. E ouviu a voz de Deus: “Come … tens um longo caminho a percorrer”. Com esse alimento, “Elias caminhou durante quarenta dias até ao monte Horeb”. Nesse monte, Deus vai revelar-se ao profeta num momento de brisa suave.
Vemos Elias, num desalento espiritual, a ser confortado com o pão que Deus lhe envia. Elias comeu o pão descido do céu. Ao mesmo tempo, Deus revela-se como Deus de bondade, com solicitude para o profeta.
Evangelho
Irmãos, Jesus serviu-se de símbolos ou sinais, para nos manifestar o seu rosto: Jesus é água que dá a vida eterna (Jo 4, 14); é pão, que sacia a fome (Jo 6, 26-27); é luz que liberta das trevas (Jo 8, 12; é pastor, que defende as ovelhas (Jo 10). Hoje, diz-nos estas palavras: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu”.
Esse Pão pode ser a palavra de Deus.“Todo Aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino, vem a Mim”. Ouvir a Palavra do Pai, como alimento, é caminho de santidade e de vida.
Nós acolhemos Jesus com a nossa Fé. Sendo Ele o nosso Pão, por que havemos de passar fome? Está ao nosso dispor o Pão da fé em Jesus, descido do Céu. Eu julgo que muitas pessoas precisam deste Pão, que é a Fé em Jesus. Santo Agostinho andou com fome de Deus durante 30 anos. E quando se encontrou com Jesus pela fé, disse:“Tarde vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde vos amei!… Teu grito rompeu a minha surdez”[1]
Esse “Pão” sacia definitivamente a fome de vida que reside no coração de cada homem ou mulher, jovem ou criança, é preciso “acreditar”, isto é, aderir a Jesus, acolher as suas propostas, aceitar o seu projecto, segui-lo no “sim” a Deus.
Segunda leitura
São Paulo convida-nos a viver na caridade. Na Carta aos Efésios, refere o Apóstolo: “Caminhai na caridade, a exemplo de Cristo”. A caridade é alimento? “Onde há caridade e amor, aí habita Deus”. É Deus que nos alimenta com o seu amor, e pede-nos uma vida de amor: amar os irmãos é amar a Deu. Uma vida na fidelidade ao Espírito Santo.
Alguém viu um senhor bastante tempo na igreja, e ouviu dele esta explicação: “Eu olho para Deus e Ele olha para mim”. Era o seu alimento pela fé.
O alimento mais perfeito é mergulhar em Deus. Os peixes no Oceano estão mergulhados na água; e fora da água morreriam. O cristão mergulha em Deus, está nele, e nele se alimenta e vive. Precisamos de ar puro, água cristalina, pão que gera vida: vamos ao Senhor, fonte da vida eterna.
P. António Gonçalves, SDB
[1] Santo Agostinho, Confissões, 10, 27-29
Oliveira
Dos ricos conteúdos do site do SNPC, respigamos, com a devida vénia o que segue:
(A. G. Pires)
«Mulher, é grande a tua fé. Faça-se como desejas»: Palavras, imagens e música para dar sentido às horas desta quarta-feira.
«Falamos muito e dizemos muitas palavras frouxas, sem estética, ideológicas», considera Antonio Oteiza. «Utilizamos constantemente as palavras como veículos de transmissão, mas também a arte o é, e a Igreja do século XXI usa muitas palavras, mas poucas imagens». Neste contexto, «pensei que podia colaborar em algo, a partir da imagem, nessa transmissão que o papa faz da fraternidade, tão primária nas nossas vidas», assinala com lucidez invejável. «Fui preenchendo com acrílicos alguns cartões, e no final vi que o programa era muito afetivo, e supus que os bons discursos devem acompanhar-se de imagens, porque com elas tudo fica melhor guardado na memória».
Quer convidemos quer sejamos convidados, estar à mesa é sempre celebração de um laço: amor ou amizade, fraternidade ou aliança. Nisto devemos aprender muito dos judeus, porque na sacralidade que reconhecem à refeição, e a circunstância e a festa pela qual a refeição se celebra, ensinam-nos em relação ao alimento e aos comensais o exercício da atenção e da escuta para mobilizar todos os sentidos, o maravilhamento para suscitar admiração, o respeito para reconhecer a maternidade da terra, a ação de graças para nos abrirmos à partilha e, por fim, o alegrarmo-nos juntos. E isto vale tanto para quem cozinha como para quem depois partilha e come o que foi preparado, fruto da terra depois transformado pela cultura.
O papa voltou hoje às audiências gerais semanais, após a habitual interrupção em julho e exatamente um mês depois da operação cirúrgica a que foi submetido, aparentando boas condições de saúde, mostrando-se ágil, atento e reativo. «Ou tu recebes o Evangelho como é, como foi anunciado, ou recebes outra coisa. Mas não se pode negociar, com o Evangelho. Não se pode descer a compromissos: a fé em Jesus não é mercadoria a regatear: é salvação, é encontro, é redenção. Não se vende barato», vincou Francisco, que alertou para o perigo dos reducionismos da mensagem de Cristo, sempre presentes na história da Igreja e que hoje subsistem, por parte de congregações religiosas e movimentos católicos.
Escrever é uma viagem, mesmo que em escassas linhas. E ler é a autoestrada para largar as amarras. É suficiente deixar-se seduzir pelas palavras de autores que admire ou que lhe agradem. Romances, testemunhos, poesia, teatro… leia por extenso ou somente excertos escolhidos. Saboreie as palavras, detenha-se numa expressão que o toque, não tenha medo de copiar: ser modelado pela língua dos outros abre para uma expressão pessoal. Guarde estes textos ao alcance da mão. No momento em que começar a escrever, não hesite em folhear os livros que a inspiram e neles buscar permissão para se lançar.
Figura representativa do desenvolvimento histórico do Neorrealismo, Carlos de Oliveira, de quem se assinala o centenário do nascimento (10.8.1921-1.7.1981), merece porém destaque maior por se vir a tornar figura de proa na ultrapassagem dessa formação estético literária, até se firmar na vanguarda da experimentação formal do discurso na narrativa e se afirmar uma das quatro figuras de referência na lírica (a par de Sena, Herberto e Belo).
Síntese da atualidade no universo das artes. Os criadores e as suas obras. Animação, arquitetura, cinema, circo, dança, desenho, ilustração e pintura, escultura, expressão plástica e digital, fotografia, literatura, moda, multimédia, música, ópera, tapeçaria, teatro e muito mais. Património e contemporaneidade em Portugal e no mundo.
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