Cultura e Pastoral da Cultura
Actualidade
Oliveira
Como vem sendo habitual, com a introdução justificativa da divulgação que a COPAEC se honra em partilhar...
(A. G. Pires)
Leitura: “Ressurgir – 40 perguntas sobre a pandemia”
Manuela Ramalho Eanes, António Bagão Félix, Eugénio Fonseca e D. Carlos Azevedo são algumas das personalidades que comparecem no novo livro “Ressurgir – 40 perguntas sobre a pandemia”, que a Paulinas Editora leva às livrarias nos próximos dias, obra que termina com uma reflexão de Tomáš Halík, que apresentamos na íntegra. Dividido em cinco capítulos, “Vida, saúde e solidariedade”, “Pessoal-Familiar”, “Ciência, informação & cultura”, “Economia sustentável” e “Espiritualidade”, o volume aborda questões como a solidariedade em tempos de pandemia, estilos de vida, humor, amor, educação, direitos humanos, desigualdades, concertação social, comunidade científica, televisão, economia, teletrabalho, ecologia, turismo, mundo digital, liderança, Europa, China, diálogo inter-religioso, Igreja e cultura.
Quando Ennio Morricone ofereceu “Uma Cruz” a Bento XVI
Na longa e celebrada carreira de Ennio Morricone, a partitura manuscrita “Uma cruz” constituiu a sua homenagem a Bento XVI, por ocasião do 60.º aniversário da sua ordenação sacerdotal, celebrada em 2011. As notas sobre pentagramas que formam uma cruz, numa fascinante convergência entre aspetos compositivos e iconográficos, integraram o projeto “O esplendor da verdade. A beleza da caridade”, com o qual criadores de várias artes, incluindo o P. José Tolentino Mendonça, homenagearam as seis décadas de sacerdócio do papa emérito.
"A Arte Sacra e os processos da criação", por Clara Menéres
«Perante o ato criativo, fica a interrogação de qual é a verdadeira participação do autor material. Em que medida a arte é um processo individual ou a capacidade de canalizar perceções coletivas sintetizadas pelas respetivas culturas? Será que o artista é apenas o intérprete dos mitos universais? Fica o mistério da inspiração ou da comunicação entre o homem e a potência divina. Com estes exemplos põe-se a questão primordial da divinização do homem e da sua capacidade criativa enquanto ser feito à imagem e semelhança de Deus.» Texto de Clara Menéres.
Leitura do dia: Mesmo com o amor avassalador de Deus, o que decide é a liberdade do nosso “sim” ou “não”
Qual é o valor do nosso “sim” se não pudermos dizer “não”? Jesus, mais tarde, olhará para Jerusalém e chorará, porque a cidade de David não conhecia a hora da visita de Deus. A consequência será a oportunidade perdida. Não há necessidade de punição. A virtude é a sua própria recompensa, enquanto a negligência é a sua própria perda. Simplesmente colhemos o que plantamos. A nossa fé religiosa não nos desculpa ou resgata da realidade.
A semente de Deus converte terra árida em chão fecundo
«O semeador sai para semear. Jesus imagina a história, a criação, o reino como uma grande sementeira: é tudo um semear, um voo de trigo ao vento, na terra no coração. É todo um germinar, um brotar, um maturar. Cada vida é narrada como um amanhecer contínuo, uma primavera tenaz. O semeador sai, e o mundo logo engravida. E eis que o semeador, que pode parecer desprevenido, porque parte das sementes cai sobre pedras, silvas e estrada, é, ao invés, aquele que abraça a imperfeição do campo do mundo, e ninguém é discriminado, ninguém excluído da sementeira divina.» Comentário ao Evangelho do próximo domingo.
Ler um bom poema é quase como recitar uma oração
Quando lemos um bom poema, estamos a recitar algo muito parecido com uma oração, porque a poesia não é a exibição do poeta, mas a revelação, diante dos nossos olhos assombrados, da alma que nos acalenta. É a palavra em estado puro, a imagem que pronuncia a obscuridade, a metáfora como o espelho de onde o mistério se contempla. A matéria lírica proporciona-nos um espaço concreto a partir do qual intuímos a verdade última das coisas, a substância a que chegamos apartando as aparências, o impulso para intuir o idioma do desconhecido, a linguagem do invisível, o som de Deus.
O magistério das férias, de S. João Paulo II a Francisco
Só recentemente chegou o tempo das férias adjetivadas, por assim dizer: ou seja, as inteligentes, “off-road”, alternativas, verdes, de voluntariado, e tudo o mais que se queira acrescentar. Mas, permanecendo ainda nos adjetivos, ninguém apostaria meio cêntimo que, a passar literalmente à história, aliás, a fazê-la, estaria um que nunca se imaginaria associado às férias. Falamos do adjetivo “papal”, que em 1987 irrompe inesperadamente. O quê? O papa de férias? Mas os papas não vão de férias!