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CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS DO ENSINO CATÓLICO

Espaço aberto a comunicações de antigos alunos do ensino católico em Portugal.

Espaço aberto a comunicações de antigos alunos do ensino católico em Portugal.

CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS DO ENSINO CATÓLICO

29
Mar20

Melhorar a imunidade em tempos de coronavírus


Oliveira

Eduardo Tosta
Médico imunologista CRM-DF 1187
Professor Emérito da Universidade de Brasília

Existem duas maneiras de se proteger contra o coronavírus: evitando a infecção (contágio) ou evitando que a infecção se transforme em doença, especialmente doença grave e potencialmente letal. Estaremos livres da infecção se não tivermos contato com pessoas infectadas, utilizando-se os procedimentos amplamente divulgados. No caso de o contágio acontecer, três situações poderão ocorrer: (1) infecção assintomática (sem doença); (2) doença leve ou moderada; (3) doença grave e potencialmente letal. É o estado de saúde do sistema imunitário que determinará como a infecção irá evoluir. Se ele estiver funcionando adequadamente, a infecção evoluirá sem doença ou com doença leve, como acontece com a grande maioria dos casos; se estiver com seu funcionamento comprometido, a tendência é que a infecção evolua para doença moderada ou grave. Assim, é essencial nosso empenho para a manutenção da saúde imunitária, especialmente por que ainda não dispomos de vacina nem de imunidade prévia, por se tratar de um novo vírus. Como ajudar a manter e fortalecer a saúde imunitária?
1. Evitar o medo e o pânico: eles causam ansiedade, que aumenta a produção de cortisol e outras substâncias depressoras da imunidade.
2. Reduzir a ansiedade: A maneira mais prática, rápida, eficaz e sem efeitos colaterais para se reduzir a ansiedade é a respiração controlada. Pratique-a muitas vezes por dia: sente-se com as costas retas, feche olhos e boca, respire lenta, suave e o mais profundamente possível por alguns minutos, com total atenção na entrada e na saída do ar. Além de sua ação ansiolítica instantânea e poderosa, a respiração controlada aumenta substancialmente a oxigenação do organismo e, em consequência, melhora o funcionamento de todas as células, inclusive as do sistema imunitário.

3. Manter um regime de sono regular: basta uma noite mal dormida
(quantidade ou qualidade) para prejudicar a imunidade.
4. Reduzir o consumo de álcool, tabaco e drogas: todos podem comprometer a imunidade.

5. Hidratação adequada: Entre 55% e 60% de nosso corpo é constituído por água: ela é essencial para o funcionamento de todas as células e órgãos, inclusive os responsáveis pela defesa contra agentes infecciosos. Uma hidratação inadequada resseca as mucosas e as tornam vulneráveis às infecções, compromete as funções do sistema imunitário, estimula a inflamação, sobrecarrega o coração e os rins, compromete as funções cognitivas do cérebro e causa fadiga e desmaios. As perdas diárias de água pela urina, suor, evaporação pela pele, respiração e fezes precisam ser repostas por água pura, ou água com limão, em volumes de 2,0 litros/dia (mulheres) e 2,5 litros/dia (homens), ou cerca de 30 ml/kg/dia. A hidratação cuidadosa é especialmente importante nos idosos já que nesta população a sensação de sede está diminuída.

6. Suplementação de vitaminas, sais minerais e outros: A manutenção da integridade e da funcionalidade do sistema imunitário depende de níveis adequados de vitaminas e sais minerais, especialmente na população idosa, onde ocorrem frequentes carências. Além disso, várias vitaminas e sais minerais exercem ação antiviral comprovada, embora não tenham sido ainda testados em relação ao COVID-19. Convém lembrar que tais compostos em excesso podem ter efeitos nocivos para a saúde.

> Vitamina A: atua contra o vírus do sarampo, HIV, coronavírus aviário.
> Vitaminas B: atuam contra o coronavírus MERS-CoV.
> Vitamina C: atua contra vários vírus responsáveis por infecções respiratórias humanas e coronavírus aviário.
> Vitamina D: atua contra o coronavírus bovino.
> Vitamina E: atua contra o coxsackievírus e coronavírus bovino.

> Selénio: atua contra o vírus da influenza, coronavírus aviário e bloqueia mutações virais.
> Zinco: atua contra o vírus do sarampo e o coronavírus SARS-CoV.
> Ferro: bloqueia mutações virais.
> Ácidos graxos ômega-3: atua contra o vírus da influenza e o HIV.

Zhang L, Liu Y (2020). Potential interventions for novel coronavirus in China: A systematic review. Journal of Medical Virology DOI: 10.1002/jmv.25707

7. Alimentos fortalecedores da imunidade e com atividade antimicrobiana:

> Limão: Muito rico em vitaminas (A, B1, B2, B3, B6, B9, C e E), sais minerais (ferro, potássio, cálcio, magnésio, sódio, fósforo, boro, manganês, cobre, flúor, zinco e molibdênio) e compostos bioativos (principalmente na casca: hesperidina, eriocitrina, diosmina e roifolina). O limão possui comprovada ação reguladora da imunidade (imunomoduladora), anti-inflamatória, antioxidante, analgésica, ansiolítica, antialérgica, antibacteriana, antifúngica e antiviral (a roifolina bloqueia a atividade do coronavírus SARS-CoV e a hesperidina e a diosmina têm potencial para atuar sobre o COVID-19). O limão deve ser consumido como suco e sua casca ralada (depois de bem lavadas) usada em vários pratos salgados e doces.

> Cúrcuma (açafrão da terra): Seu principal composto ativo, a curcumina, apresenta poderosa atividade imunomoduladora, anti-inflamatória, antioxidante, neuroprotetora, cardioprotetora, nefroprotetora, pneumoprotetora (pulmão), hepatoprotetora, antitumoral, antibacteriana, antifúngica, antiparasitária e antiviral (hepatites B e C, herpes simplex, coxsackie B3, HIV, papiloma, encefalite japonesa e coronavírus SARS-CoV).

> Aveia: É fonte de proteínas de alta qualidade, minerais (cálcio e ferro) e vitaminas (B e E) e de dois compostos bioativos importantes: a glucana beta e a avenantramida. A glucana beta é poderoso composto imunoestimulante e aumenta a resistência contra infecções por bactérias, vírus, fungos e parasitos e a avenantramida possui atividade anti-inflamatória e antioxidante.

> Gengibre: O gingerol e os outros 168 compostos bioativos do gengibre possuem atividades imunomoduladora, anti-inflamatória, antioxidante, analgésica, neuroprotetora, cardioprotetora, nefroprotetora, pneumoprotetora, gastroprotetora, hepatoprotetora, antitumoral, antibacteriana, antifúngica, antiparasitária e antiviral (hepatite C, dengue e, talvez, COVID-19).

> Açaí: A velutina e outros compostos flavonoides, antocianinas e carotenoides do açaí apresentam atividades imunomoduladora, antiinflamatória, antioxidante, analgésica, hepatoprotetora, nefroprotetora, pneumoprotetora, cardioprotetora, antilipêmica, neuroprotetora, antidiabética, antidepressiva, antitumoral, antibacteriana, antifúngica e antiparasitária. A possível atividade antiviral ainda não foi testada.

> Linhaça: Os lignanos, principais compostos bioativos da linhaça, apresentam atividade imunomoduladora, anti-inflamatória, antioxidante, antibacteriana e antifúngica. A herbacetina, outro composto bioativo, possui possível atividade contra o coronavírus MERS-CoV. Para destruir possíveis efeitos tóxicos das sementes de linhaça, é conveniente aquece-las em forno de micro-ondas a 100ºC por 1 minuto antes do consumo.

> Brócolis: Rico em vitaminas (E, C, K, B, A, carotenoides), sais minerais (selênio, cálcio, ferro, zinco) e compostos bioativos com atividades imunomoduladora, anti-inflamatória, antioxidante, cardioprotetora, antitumoral, antibacteriana, antifúngica e antiviral (influenza, vírus sincicial respiratório)

> Uva tinta, amendoim: Os dois alimentos têm uma característica em comum: são ricos em resveratrol, um composto bioativo com atividades imunomoduladora, anti-inflamatória, antioxidante, neuroprotetora, cardioprotetora, nefroprotetora, pneumoprotetora, hepatoprotetora, gastroprotetora, enteroprotetora, enteroprotetora, mioprotetora (músculos), antitumoral, antibacteriana, antifúngica e antiviral (herpes simplex, influenza, varicela-zoster, citomegalovírus, HIV, polioma e coronavírus MERS-CoV). O resveratrol pode ser consumido como suco de uva, vinho tinto, uva passa e,principalmente, farinha de uva, que também é rica em antocianinas das sementes.

> Mel: Além de rica fonte de vitaminas (B2, B3, B5, B6, B9 e C), sais minerais (potássio, sódio, cálcio, ferro, fósforo e magnésio) e peróxido de hidrogênio (água oxigenada), o mel possui vários compostos bioativo, especialmente quercetina e miricetina, responsáveis por suas atividades imunomoduladora (principalmente imunoestimulante), anti-inflamatória, antioxidante, antidiabética, antibacteriana (inclusive bactérias resistentes a antibióticos), antifúngica (candidíase) e antiviral (rubéola, herpes e vírus respiratório, inclusive o coronavírus MERS-CoV).

> Soja: Possui isoflavonas, como a genisteína e a daidzeína, com atividades imunomoduladora, cardioprotetora, osteoprotetora (osteoporose), antidepressiva, antitumoral, antibacteriana, antifúngica e antiviral (rotavírus, herpes simplex, adenovírus, VIH, vírus respiratórios, inclusive os coronavírus SARS-CoV e MERS-CoV).

> Kefir: É o leite fermentado no domicílio por uma comunidade complexa de lactobacilos e leveduras probióticas, que produzem seu próprio alimento prebiótico (kefirano). Apresenta potente atividade imunomoduladora (aumenta a imunidade anti-infecciosa, antitumoral, controla alergias, suprime a autoimunidade), anti-inflamatória, antitóxica, antibacteriana, antifúngica e antiviral (hepatite C, HTLV-1, rotavírus, herpesvírus, influenza aviária).

Todas as medidas aqui propostas têm base científica comprovada, são isentas de efeitos colaterais indesejáveis, desde que adotadas com sensatez, e poderão concorrer para proteger não só do coronavírus, mas de qualquer outro agente infeccioso.

Este documento pode e deve ser difundido, desde que mantidoem seu formato original. Assim, você poderá ajudar a reduzir o sofrimento de muitas pessoas.

29
Mar20

Meditação do Papa Francisco


Oliveira

 

Meditação do Papa Francisco na celebração extraordinária de oração pela pandemia da Covid-19

Ao entardecer…» (Mc 4, 35): assim começa o Evangelho, que ouvimos. Desde há semanas que parece o entardecer, parece cair a noite. Densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades; apoderaram-se das nossas vidas, enchendo tudo dum silêncio ensurdecedor e um vazio desolador, que paralisa tudo à sua passagem: pressente-se no ar, nota-se nos gestos, dizem-no os olhares. Revemo-nos temerosos e perdidos. À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos, todos. Tal como os discípulos que, falando a uma só voz, dizem angustiados «vamos perecer» (cf. 4, 38), assim também nós nos apercebemos de que não podemos continuar estrada cada qual por conta própria, mas só o conseguiremos juntos.

Rever-nos nesta narrativa, é fácil; difícil é entender o comportamento de Jesus. Enquanto os discípulos naturalmente se sentem alarmados e desesperados, Ele está na popa, na parte do barco que se afunda primeiro... E que faz? Não obstante a tempestade, dorme tranquilamente, confiado no Pai (é a única vez no Evangelho que vemos Jesus a dormir). Acordam-No; mas, depois de acalmar o vento e as águas, Ele volta-Se para os discípulos em tom de censura: «Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» (4, 40).

Procuremos compreender. Em que consiste esta falta de fé dos discípulos, que se contrapõe à confiança de Jesus? Não é que deixaram de crer N’Ele, pois invocam-No; mas vejamos como O invocam: «Mestre, não Te importas que pereçamos?» (4, 38) Não Te importas: pensam que Jesus Se tenha desinteressado deles, não cuide deles. Entre nós, nas nossas famílias, uma das coisas que mais dói é ouvirmos dizer: «Não te importas de mim». É uma frase que fere e desencadeia turbulência no coração. Terá abalado também Jesus, pois não há ninguém que se importe mais de nós do que Ele. De facto, uma vez invocado, salva os seus discípulos desalentados.

A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades. Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade. A tempestade põe a descoberto todos os propósitos de «empacotar» e esquecer o que alimentou a alma dos nossos povos; todas as tentativas de anestesiar com hábitos aparentemente «salvadores», incapazes de fazer apelo às nossas raízes e evocar a memória dos nossos idosos, privando-nos assim da imunidade necessária para enfrentar as adversidades.

Com a tempestade, caiu a maquilhagem dos estereótipos com que mascaramos o nosso «eu» sempre preocupado com a própria imagem; e ficou a descoberto, uma vez mais, aquela abençoada pertença comum a que não nos podemos subtrair: a pertença como irmãos.

«Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Nesta tarde, Senhor, a tua Palavra atinge e toca-nos a todos. Neste nosso mundo, que Tu amas mais do que nós, avançamos a toda velocidade, sentindo-nos em tudo fortes e capazes. Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa. Não nos detivemos perante os teus apelos, não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: «Acorda, Senhor!»

«Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Senhor, lanças-nos um apelo, um apelo à fé. Esta não é tanto acreditar que Tu existes, como sobretudo vir a Ti e fiar-se de Ti. Nesta Quaresma, ressoa o teu apelo urgente: «Convertei-vos…». «Convertei-Vos a Mim de todo o vosso coração» (Jl 2, 12). Chamas-nos a aproveitar este tempo de prova como um tempo de decisão. Não é o tempo do teu juízo, mas do nosso juízo: o tempo de decidir o que conta e o que passa, de separar o que é necessário daquilo que não o é. É o tempo de reajustar a rota da vida rumo a Ti, Senhor, e aos outros. E podemos ver tantos companheiros de viagem exemplares, que, no medo, reagiram oferecendo a própria vida. É a força operante do Espírito derramada e plasmada em entregas corajosas e generosas. É a vida do Espírito, capaz de resgatar, valorizar e mostrar como as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns (habitualmente esquecidas), que não aparecem nas manchetes dos jornais e revistas, nem nas grandes passarelas do último espetáculo, mas que hoje estão, sem dúvida, a escrever os acontecimentos decisivos da nossa história: médicos, enfermeiros e enfermeiras, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho.

Perante o sofrimento, onde se mede o verdadeiro desenvolvimento dos nossos povos, descobrimos e experimentamos a oração sacerdotal de Jesus: «Que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Quantas pessoas dia a dia exercitam a paciência e infundem esperança, tendo a peito não semear pânico, mas corresponsabilidade! Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos! A oração e o serviço silencioso: são as nossas armas vencedoras.

«Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» O início da fé é reconhecer-se necessitado de salvação. Não somos autossuficientes, sozinhos afundamos: precisamos do Senhor como os antigos navegadores das estrelas. Convidemos Jesus a subir para o barco da nossa vida. Confiemos-Lhe os nossos medos, para que Ele os vença. Com Ele a bordo, experimentaremos – como os discípulos – que não há naufrágio. Porque esta é a força de Deus: fazer resultar em bem tudo o que nos acontece, mesmo as coisas más. Ele serena as nossas tempestades, porque, com Deus, a vida nunca morre.

O Senhor interpela-nos e, no meio da nossa tempestade, convida-nos a despertar e ativar a solidariedade e a esperança, capazes de dar solidez, apoio e significado a estas horas em que tudo parece naufragar.

O Senhor desperta, para acordar e reanimar a nossa fé pascal. Temos uma âncora: na sua cruz, fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos resgatados. Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor.

No meio deste isolamento que nos faz padecer a limitação de afetos e encontros e experimentar a falta de tantas coisas, ouçamos mais uma vez o anúncio que nos salva: Ele ressuscitou e vive ao nosso lado. Da sua cruz, o Senhor desafia-nos a encontrar a vida que nos espera, a olhar para aqueles que nos reclamam, a reforçar, reconhecer e incentivar a graça que mora em nós. Não apaguemos a mecha que ainda fumega (cf. Is 42, 3), que nunca adoece, e deixemos que reacenda a esperança.

Abraçar a sua cruz significa encontrar a coragem de abraçar todas as contrariedades da hora atual, abandonando por um momento a nossa ânsia de omnipotência e possessão, para dar espaço à criatividade que só o Espírito é capaz de suscitar.

Significa encontrar a coragem de abrir espaços onde todos possam sentir-se chamados e permitir novas formas de hospitalidade, de fraternidade e de solidariedade. Na sua cruz, fomos salvos para acolher a esperança e deixar que seja ela a fortalecer e sustentar todas as medidas e estradas que nos possam ajudar a salvaguardar-nos e a salvaguardar.

Abraçar o Senhor, para abraçar a esperança. Aqui está a força da fé, que liberta do medo e dá esperança.

«Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Queridos irmãos e irmãs, deste lugar que atesta a fé rochosa de Pedro, gostaria nesta tarde de vos confiar a todos ao Senhor, pela intercessão de Nossa Senhora, saúde do seu povo, estrela do mar em tempestade. Desta colunata que abraça Roma e o mundo desça sobre vós, como um abraço consolador, a bênção de Deus. Senhor, abençoa o mundo, dá saúde aos corpos e conforto aos corações! Pedes-nos para não ter medo; a nossa fé, porém, é fraca e sentimo-nos temerosos. Mas Tu, Senhor, não nos deixes à mercê da tempestade. Continua a repetir-nos: «Não tenhais medo!» (Mt 14, 27). E nós, juntamente com Pedro, «confiamos-Te todas as nossas preocupações, porque Tu tens cuidado de nós» (cf. 1 Ped 5, 7).

Vaticano, 27 de março de 2020

 

27
Mar20

Juntos Somos Portugal!


Oliveira

Para partilhar e aligeirar um pouco o peso de mais um dia de isolamento, a Direção da COPAEC envia esta mensagem com um abraço e desejos de que todos estejam bem de saúde.

Vivemos tempos de excepção. É altura de unirmos esforços e, cada um em sua casa, vencer este desafio que põe em causa o modo de vida desta geração, da nossa sociedade.

Este é o momento! Por todos nós! Por Portugal!

(Enviado por António Guilhermino Pires)

27
Mar20

CUMPRIR AS RECOMENDAÇÕES


Oliveira

A COPAEC, testemunha, vive e empenha-se na defesa dos valores da vida.

VAMOS TODOS PRESTAR A ATENÇÃO QUE O MOMENTO REQUER.

Esta é a primeira vez nas nossas vidas em que a prática do isolamento social é um método para salvar vidas”,  Harry Taylor (psicólogo)

António Guilhermino Pires

18
Mar20

Homilia do IV Domingo da Quaresma - reflexão


Oliveira

4º - Quaresma A

“Comecei a ver”

Deus, Luz na pessoa de Cristo, que desfaz as trevas

Irmãs e irmãos, já alguma vez ficastes às escuras, por ter faltado a luz? Parece-me que a palavra luz está no centro das nossas leituras. Nós precisamos da luz do sol, e sobretudo, da luz de Deus.

  1. Deus, ilumina as pessoas

Primeira leitura

A primeira leitura mostra-nos como foi a luz de Deus a escolher o rei David para governar Israel. O profeta Samuel sentiu-se chamado por Deus para a escolha de um novo rei. Viu na casa de Jessé um jovem de boa aparência, forte, e pensou: “certamente é este o ungido do Senhor”. Mas ouviu uma voz interior a dizer-lhe: “Deus não vê como o homem. Deus vê o coração”. Samuel esperou, até que chegou David que andava a guardar o rebanho, e ouviu a voz de Deus: “Unge-o, porque é este o escolhido para rei”. “E o Espírito do Senhor apoderou-se de David”.

Samuel teve a luz de Deus e com ela escolheu David para rei de Israel. A luz de Deus ajuda-nos a encontrar o caminho certo. Deus ilumina o mundo para o bem.

  1. Deus ilumina e afasta as trevas

Segunda leitura

São Paulo sentiu que estar longe de Deus é estar nas trevas. O apóstolo dirige-se aos cristãos de Éfeso, na parte ocidental da  Turquia, e serve-se também do símbolo da luz, dizendo: “Vós antes éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor”. Imagem bonita, a significar: luz, verdade, fé. E Conclui S. Paulo: “Assim Cristo brilhará sobre ti”. De novo a imagem da luz a dizer-nos Deus afasta as trevas do erro com a sua luz. Uma reflexão sobre o nosso Baptismo, que nos coloca na Luz de Cristo.

  1. Deus ilumina e dá-nos Jesus

Evangelho

A imagem da luz aparece ainda com mais significado no Evangelho de S. João. Aqui vemos um confronto entre luz e trevas; verdade e mentira; fé e descrença.

Um cego de nascença aproximou-se de Jesus e cheio de fé, e diz: “Eu creio, Senhor”. E com a intervenção de Jesus começou a ver. Mas os fariseus recusaram esta luz de Cristo. Opuseram-se à luz, à verdade, à fé; e expulsaram o homem do templo.

O homem que era cego antes de ser curado por Jesus significa a humanidade antes de ter a luz da fé. Como disse S. Paulo na segunda leitura: ”Vós éreis trevas… mas agora, (com Cristo), sois luz”. Deus dá-nos a luz com a fé.

Nós precisamos da luz da fé, da luz de Cristo, para ver a dimensão das coisas; para vivermos na verdade, na fé, na justiça, no amor. Tudo o que nos afasta de Deus é treva. E os ataques à Igreja, à família, à vida, são trevas. 

O cego lavou-se na piscina. Nós lavamo-nos na água da confissão. Precisamos que a nossa vida seja iluminada com a purificação.

Gregório de Nazianzo dá-nos uma imagem bonita da nossa vida na luz da caridade para com os irmãos. Diz assim: “honremos Cristo,… não só oferecendo ouro, incenso e mirra, como os Magos; não só sentando-O à nossa mesa, como Simão; não só ungindo-O com perfumes, como Maria; não só dando-lhe um sepulcro, como fez José de Arimateia; não só provendo o necessário para a sepultura, como Nicodemos”; E São Gregória conclui: “Mas ofereçamos a misericórdia e a compaixão na pessoa dos pobres que hoje na terra são humilhados”[1].

Teresa de Calcutá escreveu numa carta: “Eu estarei continuamente ausente do céu, para acender a luz daqueles que se encontram na escuridão”[2].

Guardemos a nossa Fé, irmãos. “Acredita-se com o coração” (cf. Rom 10.10). A Fé orienta os nossos passos no tempo, para o que é verdadeiro, justo, o que é de Deus.

Padre A. G.

 

 

 

[1] Cf. Liturgia das Horas, III semana da quaresma.

[2] Cit. Walter Kasper, Misericórdia, p. 188.

18
Mar20

Festa de São José - transmissão da Eucaristia da Festa


Oliveira

Os Antigos Alunos de D. Bosco - Salesianos, membros da COPAEC, dão a conhecer uma iniciativa e convidam os associados a participar nela. Amanhã é «dia do pai», a FESTA de S. JOSÉ, padroeiro dos Salesianos de Lisboa. Dadas as circunstâncias, por estarmos distantes fisicamente, nada impede que nos juntemos espiritualmente para  celebrarmos unidos este DIA 19 de março de 2020.
Será transmitida a Eucaristia em honra de São José, em direto, às 12.00h, a partir da Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora. É este o convite a todos os que puderem unir-se à Comunidade Educativa das OSJ, louvando a Deus e pedindo as Suas bênçãos por intercessão de São José para que se afaste de nós a terrível pandemia...
Podem acompanhar a transmissão no seguinte link:
https://youtu.be/LUaoOcELu_4
Votos para que esta transmissão possa unir-nos  na oração recíproca e solidária.
AGPires

 

18
Mar20

Guerra biológica - prevenção - Carta do Professor Carvalho Rodrigues


Oliveira

A Direcção da AFAP

Excelentíssimo Senhores,

Com vírus que matam Humanos e que não conseguimos aniquilar não há proporcionalidade. Há guerra biológica.

É como alguém que quer entrar armado, a disparar, contra alguém que está em casa e nem arma tem. Tem que se atrasar a entrada do ataque de quem vem armado a disparar até que venha Autoridade e acabe com a ameaça que é, tal como o vírus, total e completamente assimétrica.

A guerra biológica tem doutrina escrita, tem métodos e tácticas de emprego bem estabelecidas. São feitas manobras, exercícios, é treinada (os hospitais na China montados em meia dúzia de dias são a demonstração que, semana sim, semana sim, treinam contra medidas de  guerra biológica).

Em Portugal até havia o Hospital das Infecto-contagiosas na Boa Hora e outros com Pessoal treinado em guerra biológica e enquanto houve Hospital de Marinha também. Há ou havia pelo menos até ao Comando das Forças Armadas do General Pina Monteiro um companhia especializada em guerra NBQR (nuclear, biológica química e radiológica) com standards de prontidão da NATO. Seria bem falar com o Pessoal que sabe e treina sobre este assunto.

O que a China faz, o que a Rússia faz e os EUA estão a fazer é desencadear, no terreno, o que sabemos de contra medidas numa guerra biológica em todos os aspectos. A Europa, com excepção da Alemanha, nem tem noção da realidade que em tudo se comporta como um ataque de guerra biológica. Não resulta da agressão de um país a outro mas de um vírus à espécie Humana; mas não deixa por isso de ser guerra biológica.

A incúria Europeia, com excepção da Alemanha, é escondida por detrás de argumentos relativamente à China de que é um país comunista e uma ditadura, à Rússia de que também é quase uma ditadura e aos EUA de que têm o Presidente que têm.

O que a China, a Rússia e os EUA estão a fazer é a pôr no terreno a táctica e a doutrina da Guerra Biológica e a conseguir utilizar o Pessoal de Saúde apenas na última linha de defesa. Têm na linha da frente da frente de combate Militares, GNR, Polícia, Protecção Civil e a População em geral a garantir a desinfecção pública e sobretudo  o isolamento usando força se necessário for para que nesta luta assimétrica (vírus que mata e não é possível exterminá-lo)  sejam, através do isolamento, infectados o menor número possível para que não chegue uma avalanche às portas do último reduto, o hospital.

Não se pode deixar tudo à mercê e chegar ao Pessoal da Saúde e o Hospital com massas de infectados. Não podemos transformar a retaguarda (o Pessoal de Saúde e o hospital) na frente do combate.

O que a Europa faz é isto: só dá batalha na última linha de defesa.

Não podemos numa guerra biológica não ter o envolvimento de todos e deixar que o Pessoal na frente da frente sejam Médicos e Enfermeiros e Gente da Saúde. Esses devem estar a defender o último reduto, a barbecã dos tempos medievais. Não podem ser quem está na frente da frente.

Na frente, na frente  da frente da guerra biológica temos que estar todos nós, garantindo higiene pública e individual e isolamento com muita solidariedade e quando e se necessário garantido pela força do Estado. Quem, só por que sim, não se isola o máximo que pode, está a baldar-se para o lado do vírus e  entregar a nossa vida à ameaça biológica mortal que o vírus traz.

Não pode ser como agora em que na Europa, os hospitais, são, apenas, o que constitui a única linha da frente desta guerra biológica. É bem sabido o que acontece a quem ponha a sua defesa apenas no último reduto.

Para estarmos todos, a agir eficazmente, temos que enfrentar este vírus com as bem estabelecidas tácticas de condução de uma guerra biológica. E nesta não há proporcionalidade. Há mobilização. Nós temos todos que ser os peões de Infantaria para que ao Pessoal dos Hospitais que na metáfora são os Cavaleiros possam apenas estar focados na derradeira luta, a luta pela vida no hospital. Eles, o Pessoal de Saúde e o hospital nao podem ser a linha da frente da frente. Nós temos que ser a linha da frente da frente.

Nós todos, com a Autoridade Militar, Policial e Civil mobilizados solidária e eficazmente na primeira linha da frente a garantir higiene individual e pública com isolamento individual ao máximo possível; para que chegue o menor número de casos à retaguarda da frente deste combate onde está o competentíssimo e abnegado Pessoal de Saúde e o hospital.

Eu não sei, a não ser de alguns cálculos sobre o assunto (estão no P.S.) e por ver por muito de perto, muito do que descrevi da doutrina e da condução de guerra biológica na Emerging Security Challenges Division nos treze anos de Quartel Geral da NATO; mas porque ensino que só verdadeiramente sabe quem já fez(os outros ouvimos dizer)espero que como, em Portugal, há nas Forças Armadas, quem saiba (porque fez e treinou) como a guerra biológica se conduz seria bom que fossem consultados e sobretudo utilizados os seus conhecimentos.

Forte Abraço do vosso

FCR (Fernando Carvalho Rodrigues)

07
Mar20

CORPOS SOCIAIS da COPAEC


Oliveira

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Membros dos Corpos sociais na última Assembleia Geral da COPAEC (29-02-2020)

CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS

DO ENSINO CATÓLICO

CORPOS SOCIAIS da COPAEC

Para o triénio 2019-2021

Lista dos candidatos para o próximo mandato, cuja eleição se confirmou

em reunião realizada na Sede - Torre d’Aguilha, sábado, dia 9 de março 2019,

e homologada pela CEP  (conforme Art.º 9.º, alínea a) dos Estatutos)

Mesa da Assembleia Geral (Art.º 12.º e Ar.º.11) 

Presidente – António Agostinho Pereira – AASLeiria - (UASP) 

Vice-presidenteJosé Serafim Tavares dos Santos – AA Marista

Secretário IVidal Minga – AA M da Boa Nova e AASDB

Secretário II José Serafim Alves de Sousarecandidato – AASVReal - UASP

Assistente Religioso – Irmão Manuel Gonçalves da Silva, nomeação homologada por D. Joaquim Mendes em 9 de janeiro de 2019 e pela CEP em ….de fevereiro de  2019.      

 

Direcção  (Art.º 15.º)

Presidente Ana Gomes da Silva - AA Marista e AASDB

Vice-Presidente A. Guilhermino Piresrecandidato - AASDB

Vogal-TesoureiroFremioth C. de Pompeia Viegas - recandidato - AASDB

Vogal-SecretárioAlberto Ribeiro de Melo recandidato – ASES - UASP

Vogal – António de Jesus Oliveira - AASLeiria - UASP 

 

Conselho Fiscal – (Art.º 16.º) 

 PresidenteJosé Abel Pereira Silva – AASL - UASP

Vogal-Secretário Luís Miguel Roquete – AASDB

VogalAgostinho de Jesus Rodrigues – AA Marista

NB – Respeitou-se a ‘representatividade’ dos Associados, em conformidade com os Estatutos.

Foram também eleitos como Vogais Suplentes; M. Teresa C. Macedo (AA CSCM) e João

Pedro M. Correia (AA UCP), para o Conselho Fiscal e para a Direcção, respetivamente, conforme Art.º 16.º, alínea b).

07
Mar20

Lei da eutanásia - Ponto da situação III


Oliveira

Novo excerto da intervenção da Dra. Margarida Neto, activista da Associação Pró-vida, na AG da COPAAEC no dia 29 de Fevereiro de 2020 no Seminário de Torre d'Aguilha, sobre a lei da eutanásia, a necessidade do referendo, os perigos da rampa deslizante, o problema da possibilidade de erro e todo o expectro de cultura de morte que esta lei implanta na sociedade.

 

 

05
Mar20

Lei da eutanásia - ponto da situação II


Oliveira

Intervenção da Dra. Margarida Neto, activista da Associação Pró-vida, na reunião da Assembleia Geral da COPAAEC no dia 29 de Fevereiro de 2020. Neste segundo vídeo a Dra. Margarida Neto faz referência ao período de 2018 que começa com uma Petição à Assembleia da República apresentrada por alguns partidos, a chamada "esquerda radical", até à actualidade.

 

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