14.º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C
Oliveira
Sugestão da homilia para o décimo quarto Domingo do Tempo Comum - ANO C - 2022
O discípulo de Jesus é enviado
Domingo, 3 de Julho de 2022
- Discípulos: enviados por Jesus
Evangelho
O evangelho de Lucas é uma página muito apelativa à evangelização. Jesus envia 72 discípulos, para evangelizarem as cidades e lugares onde Ele iria depois. Os discípulos partiram a evangelizar, e passado algum tempo regressaram felizes e contaram o que tinham feito. Jesus apoiou-os: “Os vossos nomes estão escritos no céu”.
Hoje o Senhor continua a enviar os seus discípulos, todos os cristãos; a Igreja precisa de mensageiros da Boa Nova, do Evangelho. Jesus aconselhou: “Pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua ceara” (Lc 10,2).
A comunidade tem evangelizadores leigos, que prestam auxílios: em trabalhos da igreja: na limpeza, nos arranjos, nos grupos corais, nas organizações, nas visitas a doentes, nas catequeses… Na Eucaristia, a seguir à Consagração, rezamos: “Lembrai-vos, Senhor, da vossa Igreja…e de todos aqueles que estão ao serviço do vosso povo”. Isto é de algum modo, o discípulo enviado.
- Discípulos aceitam a cruz
A segunda leitura é da Carta de Paulo aos Gálatas. A comunidade da Galácia, Turquia, estava em crise doutrinal, entre cristãos vindos dos judeus e cristãos vindos dos pagãos. Paulo desdobra-se afincadamente em orientar a comunidade, dizendo: “Com Jesus começamos uma vida nova”. E Paulo sofreu muito, ao fazer esta evangelização. Diz ele: «eu trago em mim os estigmas de Cristo”, as feridas nas mãos e nos pés, que seriam não feridas físicas, mas o sofrimento dos maus tratos na evangelização.
Nós temos a mesma missão como discípulos enviados a evangelizar. «Igrejas com as portas abertas» (Francisco, Evangelii Gaudium, n. 46).
Neste momento precisamos de evangelizar a família, que deve ser Igreja doméstica. Muitos documentos da Igreja explicam esta riqueza da verdadeira família, de pai, mãe e filhos: o Catecismo da Igreja Católica dá-nos os números de 1655 a 1658 sobre esta pequena igreja que é a família. E São Paulo deixa-nos esta grande abertura de pensamento: “amai as vossas esposas como Cristo amou a Igreja” (Ef 5, 25-32). E também pede à esposa a união com o marido.
Os pais podem abençoar os filhos. A bênção o que é? “É colocar a mão de Deus sobre nós”. É bom os filhos pedirem a bênção aos pais. Tudo isto é evangelizar. Irmãos, o Senhor chama-nos a ser discípulos evangelizadores.
- Discípulos trazem a paz.
Primeira leitura
Podemos olhar para Isaías, na primeira leitura, e ver a alegria que ele sente como profeta da paz. Diz o Senhor, pela boca do profeta: ”Farei correr para Jerusalém a paz como um rio”. A página é muito bela, e narra a alegria do povo no regresso do exílio na Babilónio. Sentimos o amor de Deus para com esse povo, como a mãe acarinha um filhinho ao colo. Imagem usada por Isaías, a revelar o coração de Deus: “Os seus meninos de peito serão levados ao colo e acariciados sobre os joelhos” (Is 66,12).
A evangelização traz este clima de união do povo com Deus. Nós somos enviados para o mesmo fim. Como à volta do profeta havia paz, júbilo, assim deve haver paz à volta do cristão, enviado por Deus, na sua vocação de discípulo.
Pe. António Gonçalves, SDB