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CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS DO ENSINO CATÓLICO

Espaço aberto a comunicações de antigos alunos do ensino católico em Portugal.

Espaço aberto a comunicações de antigos alunos do ensino católico em Portugal.

CONFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE ANTIGOS/AS ALUNOS/AS DO ENSINO CATÓLICO

07
Ago23

JMJ - JOVENS CRISTÃOS VINDOS DO MUNDO FESTEJAM A VIDA EM PORTUGAL

"QUE ROTA SEGUES, OCIDENTE, SE INVESTES EM ARMAS E NÃO NO FUTURO DOS FILHOS?"


Oliveira

Pelo que contém de muito actual e oportuno, a COPAAEC propõe para leitura e reflexão mais um artigo do jornalista A. Cunha Justo. Oportuno e conveniente, apesar de tudo…

(A. G. Pires)

 

A 37ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) começou na terça-feira (01/08/23) em Lisboa com mais de 250 mil peregrinos de todo o mundo na cessão de abertura pelo cardeal-patriarca. Esta festa da fé dura até sábado e conta-se que congregará 2 milhões de peregrinos jovens.

A celebração de abertura feita pelo cardeal-patriarca teve a presença de 7.120 padres, 500 bispos e 20 cardeais. Na celebração de abertura participaram também 200 artistas. Na distribuição da comunhão estiveram 1.800 pessoas e 7.000 voluntários apoiantes e havia 150 confessionários disponíveis.

A cidade tem mais de 100 espaços para 480 eventos de 55 países. Os jovens também têm oportunidade de se encontrarem com os seus bispos.  Há mais de 90 palcos com 600 eventos e 2.500 artistas. Há também 16.000 agentes e 2.500 bombeiros a garantir a segurança.

Como é natural num mundo dividido, as forças agressivas aproveitam-se de tais eventos para mostrarem a sua presença destrutiva que, doutro modo, estaria destinada a morrer na privacidade do seu dia-a-dia. Para muitos, numa Europa envelhecida e materializada constitui afronta o facto de uma Igreja que desejariam ultrapassada encontre tanta ressonância no mundo jovem. Grupos interessados em explorar o homem pelo homem revelam-se contra a espiritualidade, porque esta é o âmbito privado que dá força aos muitos que são desprovidos dela. Havia iniciativas do estrangeiro em vir perturbar os eventos da JMJ com cenas de colagem de corpos e corpos nus em certos lugares onde o Pontífice passaria; serviços secretos internacionais colaboram com os serviços portugueses que pensam ter tudo sob controle. 

O Papa ao chegar a Portugal (02.08.2023) pediu à Europa envelhecida que se mostre capaz de acabar com “o descarte dos idosos, os muros de arame farpado, as mortandades no mar e os berços vazios”.

Uma “boa política” deve “corrigir os desequilíbrios económicos dum mercado que produz riqueza, mas não a distribui empobrecendo os recursos e os ânimos”.

Lisboa, que nas descobertas levou o cristianismo ao mundo, hoje, bastante envelhecida e esquecida, recebe de volta o cristianismo de brilho nos olhos vindo de todo o mundo. Surge uma brisa de sonho e de eterna juventude. Citações do SUMO Pontífice no discurso ao corpo diplomático em nota (1).

António CD Justo

Nota em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=8701

_______________________

 

UM EXEMPLO A PÔR-SE EM PRÁTICA NO MUNDO RELIGIOSO E POLÍTICO

Foto in [FORUM] Há que mudar mentalidades: judeus, muçulmanos e cristãos num abraço de paz

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07
Ago23

JMJ - PORTUGAL DE PARABÉNS


Oliveira

Pelo que contém de muito actual e oportuno, a COPAAEC propõe para leitura e reflexão mais um artigo do jornalista A. Cunha Justo. Oportuno e conveniente, apesar de tudo…

(A. G. Pires)

DE LISBOA O SORRISO DA JUVENTUDE

BRILHOU PARA O MUNDO

Portugal está de parabéns e agradecido ao Papa Francisco e à juventude mundial (JMJ) por evento tão significativo e marcante.

No domingo (06.08.2023) participaram na liturgia da despedida da JMJ 1,5 milhão de pessoas e concelebraram com o Pontífice 700 bispos e 10.000 sacerdotes.  Nunca houve em Portugal um evento com tanta gente (1).

Como mostrou a JMJ (Jornada Mundial da Juventude) a Igreja Católica entusiasma a juventude. E o Santo Padre apelou à juventude presente dizendo “não tenham medo”, porque os sonhos e desejos de um futuro melhor elevam o mundo com sociedades cheias de problemas que precisam da ajuda da juventude. “Quero dizer-vos: continuai assim, continuai a cavalgar as” ondas da caridade", sede 'surfistas do amor'"...

O Presidente Marcelo congratulou-se dizendo: um "grande sucesso para Portugal cá dentro e lá fora".

O cardeal-Patriarca de Lisboa agradeceu também a “generosidade” dos 25 mil voluntários (dois terços do sexo feminino e vindos de mais de 150 países) que fizeram com “que tudo acontecesse da melhor forma” e com os “melhores resultados”.

O Santo Padre despediu-se: “No meu regresso a Roma, no final da minha viagem apostólica, quero, uma vez mais, expressar a minha profunda gratidão a sua excelência [Presidente da República] e ao povo de Portugal, pela recepção calorosa e hospitalidade que recebi durante a minha visita” e invocou cordialmente “sobre a nação as bênçãos de Deus, da fraternidade, da alegria e da paz”. "Peço que rezem por mim".

O primeiro ministro, António Costa constata: "Acho que temos boas razões para estarmos todos satisfeitos e orgulhosos porque, mais uma vez, o país mostrou que, polémicas à parte, somos capazes... as polémicas, mais uma vez, foram absurdas... Como foram absurdas há 25 anos as polémicas sobre a Expo, como foram absurdas as polémicas sobre o Euro2004... como se viu, o país tem capacidade para organizar e organizar bem, e colher os frutos daquilo que semeia, e esses frutos muitas vezes não são frutos imediatos, são frutos que vêm mais tarde".

É digno de registo que S. Tomé e Príncipe teve um grande número de participantes na JMJ. Na TV, uma Jovem disse que para nós a despesa foi enorme pois cerca de 2000 € para a viagem e estadia em Lisboa significa um grande esforço. Quando soube que ia ser em Portugal, animei-me e comecei a poupar dinheiro e os meus parentes e amigos! Assim juntei o necessário!

O Papa anunciou que a próxima JMJ 2027 será em Seul e o Jubileu dos Jovens 2025 em Roma.

Na Coreia do Sul (onde apenas 10% são católicos) a despesa será muito maior. A esperança dá forças para começar já a poupar até lá! A Coreia é o 10° país donde vêm mais peregrinos a Fátima! A missionação desse país foi feita inicialmente pelos Portugueses....

António CD Justo

Texto completo e nota em Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=8709

 

18
Jul23

JMJ- Lisboa 2023 - Programa


Oliveira

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Programa da Visita Apostólica de Sua Santidade o Papa Francisco a Portugal por ocasião da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023

2 a 6 de agosto de 2023

Quarta-feira, 2 de agosto

Roma – Lisboa
07h50 - Partida de avião do Aeroporto Internacional de Roma/Fiumicino para Lisboa
10h00 - Chegada à Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa
10h00 - Recepção Oficial
10h45 - Cerimónia de Boas-Vindas, na entrada principal do Palácio Nacional de Belém
11h15 - Visita de Cortesia ao Presidente da República, no Palácio Nacional de Belém
12h15 - Encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático, no Centro Cultural de Belém
16h45 - Encontro com o Primeiro-Ministro, na Nunciatura Apostólica
17h30 - Vésperas com os Bispos, Sacerdotes, Diáconos, Consagrados e Consagradas, Seminaristas e Agentes Pastorais, no Mosteiro dos Jerónimos

Quinta-feira, 3 de agosto

Lisboa – Cascais – Lisboa
09h00 - Encontro com os Jovens Universitários, na Universidade Católica Portuguesa
10h40 - Encontro com os Jovens de Scholas Occurrentes, na sede de Scholas Occurrentes de Cascais
17h45 - Cerimónia de Acolhimento, na Colina do Encontro (Parque Eduardo VII)

Sexta-feira, 4 de agosto

Lisboa
09h00 - Confissão de alguns Jovens da JMJ, na Cidade da Alegria (Jardim Vasco da Gama)
09h45 - Encontro com os Representantes de alguns Centros de Assistência Socio-Caritativa, no Centro Paroquial de Serafina
12h00 - Almoço com os Jovens, na Nunciatura Apostólica
18h00 - Via-Sacra com os Jovens, na Colina do Encontro (Parque Eduardo VII)

Sábado, 5 de agosto

Lisboa – Fátima – Lisboa / Loures
08h00 - Partida de helicóptero da Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa, para Fátima
08h50 - Chegada ao Estádio de Fátima
09h30 - Recitação do Terço com os Jovens Doentes, na Capelinha das Aparições do Santuário de Nossa Senhora de Fátima
11h00 - Partida de helicóptero, do Estádio de Fátima, para Lisboa
11h50 - Chegada à Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa
18h00 - Encontro privado com os membros da Companhia de Jesus, no Colégio de S. João de Brito
20h45 - Vigília com os Jovens, no Campo da Graça (Parque Tejo)

Domingo, 6 de agosto

Lisboa / Loures – Oeiras – Roma
09h00 - Santa Missa para o Dia Mundial da Juventude, no Campo da Graça (Parque Tejo)
16h30 - Encontro com os Voluntários da JMJ, no Passeio Marítimo de Algés
17h50 - Cerimónia de Despedida, na Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa
18h15 - Partida de avião da Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa, para Roma
22h15 - Chegada ao Aeroporto Internacional de Roma/Fiumicino.

https://www.lisboa2023.org/pt/programa-oficial-da-visita-do-papa

 

15
Jul23

15.º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO - A


Oliveira

Sugestão da homilia para o DÉCIMO  QUINTO DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano A - 2023 

Palavra de Deus

Palavra que fecunda, semente que dá fruto

Domingo, 16 de Julho de 2023

      Irmãs e Irmãos, podemos perguntar: que seria da terra se lhe faltasse a chuva? Que seria de um campo, se lhe faltasse a semente? Estas perguntas têm relação com as leituras de hoje; convidam-nos a reflectir.

  1. A Palavra de Deus como chuva que fecunda a terra

     Primeira leitura

     A primeira leitura, de Isaías, é formada por uma só frase, que tem este sentido: “a chuva e a neve descem do céu, fecundam a terra e fazem-na produzir” (cf. Is 55, 10). Estes elementos da natureza, chuva e neve, permitem aos campos produzir frutos para as pessoas e não só. Mas podemos perguntar: o que pensava o profeta Isaías ao falar da chuva e da neve que fecundam a terra? Ele explica: “assim a palavra que sai da minha boca realiza a sua missão, dando vida às pessoas” (adaptação do texto). A Palavra de Deus, que vem ao nosso coração produz o seu efeito, que são as boas acções da nossa vida. A Palavra de Deus vem-nos das boas leituras, da Bíblia, das homilias, das catequeses, … Reflexão pessoal: Amo a Palavra de Deus

  1. A Palavra de Deus, semente que dá fruto

     Evangelho 

     Que nos mostra o Evangelho? Jesus contou uma linda parábola: “Saiu o semeador … Caíram algumas sementes ao longo do caminho, entre espinhos… no meio das pedras…, e em terra boa”.  E explicou: a semente, é a Palavra de Deus; o Semeador é Ele mesmo; o caminho, os espinhos, as pedras são as fracas condições que impedem a semente de produzir frutos na nossa vida. Indicam o fraco acolhimento que nós damos à palavra de Deus. A terra boa representa cada um de nós, quando acolhemos bem a Palavra de Deus.

     Caros irmãos, nós queremos ser boa terra, que recebe a Palavra de Deus, e dá fruto. A Palavra de Deus é Luz, é alimento, é vida.

     É conhecida a história de um homem que na guerra, em Espanha ficou ferido. Internado no hospital, na fase da recuperação, pediu livros de cavalaria para se distrair. Mas os únicos livros disponíveis eram “A vida de Jesus” e a “Vida dos Santos”. O personagem começou a ler, e disse: se eles conseguiram, por que não eu? Foi Inácio de Loyola, santo, o fundador da Companhia de Jesus. A Palavra de Deus mudou a sua vida.

     Caros irmãos, em 2019 realizou-se o Sínodo sobre a Amazónia. Em 2 de fevereiro de 2020 o Papa tornou pública a Exortação Apostólica “Querida Amazónia”. O Sínodo verificou que nessa grande região da Amazónia há zonas que veem o padre só uma vez por ano. Temos pena que seja assim. Quanto a nós, voltamos a dizer: somos felizes pela alegria do Evangelho. Reflexão pessoal: Quero ser Palavra de Deus

  1. A Palavra de Deus na voz da Natureza

       Segunda leitura

    Outra forma da Palavra de Deus é a natureza: os astros, o sol, a lua, as estrelas. Diz-nos a Bíblia: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19, 1).  Eu perguntei a um professor universitário: por que não escutam os ateus esta Palavra: a voz da natureza? Respondeu: algumas pessoas só veem o alcatrão da estrada (Pe.  Joaquim Teixeira, sdb, num retiro).

     Termino com uma palavra muito bonita do Papa Francisco. Ele esteve em Fátima, nos dias 12 e 13 de maio de 2017; no dia seguinte, já em Roma, disse estas palavras: “Em Fátima mergulhei na oração do santo povo fiel, oração que ali corre há cem anos como um rio, para implorar a protecção materna de Maria sobre todo o mundo. Dou graças ao Senhor que me permitiu dirigir-me aos pés da Virgem Mãe como peregrino da esperança e da paz. Deixemo-nos guiar pela luz que vem de Fátima. Que o Coração Imaculado de Maria seja sempre o nosso refúgio, a nossa consolação e o caminho que nos conduz a Cristo”. (Papa Francisco em Fátima, Secretariado geral da CEP, p. 66). Irmãos, a Palavra do Papa é também Palavra de Deus. Oxalá que o mundo ouça esta palavra, caminho para a paz.

Reflexão pessoal:  A Palavra que vem do Coração de Deus, ilumina os meus passos, aquece o meu coração.

Pe. Antonio Gonçalves, SDB  

08
Jul23

14.º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO - A


Oliveira

Sugestão da homilia para o DÉCIMO  QUARTO DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano A - 2023 

Jesus humilde para os simples

Domingo, 9 de Julho de 2023

     Irmãs e irmãos, Queremos encontrar Deus (Jesus) na nossa vida? Não O encontramos na arrogância, no orgulho, na prepotência; mas na humildade, na pobreza, nos caminhos da Igreja.

  1. Jesus, Messias anunciado

     Primeira leitura

    O Povo de Deus no Antigo Testamento sentiu desejo de libertação e esperou a vinda do Messias. De que modo o profeta Zacarias anunciou essa vinda de libertação?  Com estas palavras: “Eis o teu Rei, justo e salvador, que vem ao teu encontro, humilde, montado num jumentinho”. Não um guerreiro, não um poderoso, não um violento. É humilde e portador de alegria. Zacarias convida a filha de Sião a alegrar-se: Exulta de alegria, solta brados de júbilo, filha de Sião… A filha de Sião é o povo de Deus, naquele momento dividido entre o norte (Samaria) e o sul (Jerusalém), à espera do Messias. O profeta Zacarias retrata o Messias que virá com humildade e é portador de alegria, Jesus, o Salvador.

     E por que se deve alegrar a filha de Sião? Porque vem ao seu encontro o Rei justo e salvador, pobre, humilde, sem arrogância. Parece que o profeta vê o Messias a propor o desarmamento, como faz o Papa Francisco. Deus gosta de agir com os humildes, os simples. Maria era a humilde serva…  Eu quero ser humilde. E este anúncio de Zacarias fortalece a minha fé em Jesus.

  1. Jesus chama os que andam sobrecarregados

     Evangelho

     O Evangelho completa esta imagem de Jesus Messias, que deu plena realização à profecia de Zacarias. Muitos anos mais tarde, disse Jesus: “Vinde a Mim todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei”. Disse estas palavras numa oração: “Eu te bendigo, ó Pai, porque revelaste estas verdades aos pequeninos”. Jesus manso e humilde, a acolher os que precisam d’Ele. Isso mesmo. No domingo de Ramos entrou em Jerusalém montado num jumentinho (Mt 12, 5). Não como guerreiro, mas como Salvador. E antes da Ceia, lavou os pés aos apóstolos.

     Falando de pobreza, simplicidade, humildade, não imaginemos que Jesus é contra os bens deste mundo. Não é. E também não é contra o progresso. Mas quer que a confiança esteja mais em Deus.  

     Tantas vezes podemos sentir desilusão, sem esperança, incapazes de assegurar o futuro. Mas Jesus espera-nos sempre de braços abertos. E é dessa forma que ele salva e liberta as pessoas. Jesus, sem armas, quebrou todas as cadeias que prendiam a humanidade. Destruiu o pecado e a morte. Criou um mundo novo e o homem novo.

     Quantas vezes precisamos desta palavra: “vinde a mim, os que andais sobrecarregados, e eu vos aliviarei!”. Também eu quero ser um amigo de quem sofre… com a mão no ombro dele, dizendo: amigo, estou aqui.

  1. Jesus faz de nós pessoas novas.

     Segunda leitura

     São Paulo, na Carta aos Romanos, dá-nos uma garantia feliz: “Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus de entre os mortos habita em vós… Ele também dará vida aos vossos corpos mortais”.  Jesus ama-nos com o coração de homem e Deus. O seu coração leva-nos a Ele mesmo, à essência do cristianismo, Jesus Salvador.    

    Um exemplo de Santo António com Jesus: “Estava Santo António doente na cela. Uma noite foi visitá-lo o conde Tiso e viu na cela uma luz viva. Aproximou-se e contemplou António com o rosto extasiado a contemplar um Menino que estava sentado a seu lado e que irradiava aquela luz intensíssima. O conde Ajoelhou-se. Quando a luz desapareceu lentamente, António viu o conde ajoelhado e admirou-se. Pediu-lhe então que não dissesse nada a ninguém”. Tiso só falou após a morte do Santo (TERESIO BOSCO, Santo António, uma biografia jovem, Edições Salesianas, Porto, p. 107). A cena mostra-nos o Menino a ensinar António. É sempre Jesus, sob a forma que entende, a acolher-nos. E a dizer-nos: “Vinde a mim…”

     Com Jesus, sou sempre jovem.

Pe. António Gonçalves, SDB

10
Jun23

10.º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO - A


Oliveira

Sugestão da homilia para o DÉCIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano A - 2023 

Deus quer a misericórdia

Domingo, 11 de Junho de 2023

  1. Misericórdia e amor

      Primeira leitura

     Algumas pessoas querem agradar a Deus, mas não escolhem o bom caminho. Fazem sacríficos, mas sem amor. E Deus quer acima de tudo o amor. O profeta Oseas sentiu que a verdade está no amor e na misericórdia. E conhecendo essa falta, mostrou ao povo desagrado, dizendo: “O vosso amor é como o nevoeiro da manhã, como o orvalho da madrugada, que logo se evapora”.

     Nós queremos a verdade em nossa vida para com Deus, manifestando-lhe o amor sincero. Oseias dá o tom a este domingo: “Eu quero a misericórdia e não o sacrifício”. O que é a misericórdia? É a compaixão, a piedade, o perdão. É não ter uma pedra na mão para ferir alguém. É abrir o olhar e o coração para quem precisa.

     Nesta página de Oseias encontramos o que mais tarde vai dizer também Jesus: “Prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Mateus 9, 13). Ora nós sabemos que os actos puramente exteriores não agradam a Deus. O que lhe agrada é o amor sincero. Dizer coisas bonitas é fácil, mas o mais importante é realizar boas acções com amor.

  1. Misericórdia e fé

    Segunda leitura

      São Paulo, na Carta aos Romanos (4, 18-25), vai direito ao essencial, na relação de cada um com Deus: a urgência da fé. Temos na história bíblica um grande exemplo de homem de fé: Abraão. Neste personagem vê São Paulo um grande modelo: foi chamado a ser o pai do povo de Deus. Julgo que ele compreendeu que Deus queria fazer com ele uma grande aliança.  Este chamamento não estava nos projectos do patriarca Abraão. E a sua resposta foi um sim de muito valor; a sua atitude mostrou total fidelidade ao que Deus lhe pediu. Foi total a sua confiança. Deixou o lugar onde habitava; não sabia tudo o que Deus esperava dele. Mas disse sim e cumpriu. Porque teve fé. Que significa ter fé? É confiar em Deus. E é pela fé que somos pessoas de misericórdia.

          A nossa confiança no poder de Deus tem de começar por um acto de fé. Deixar os nossos ídolos e acolher as promessas do Senhor. Deus é sempre fiel, mesmo quando nós falhamos.

  1. Misericórdia é responder sim

     Evangelho

     “Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores”. Palavra de Jesus, talvez a propósito de ter chamado Mateus: “Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança dos impostos, e disse-lhe: “segue-Me”. O evangelho acrescenta: “Ele levantou-se e seguiu Jesus”. Mateus compreendeu bem Jesus. Sabemos que ele tinha um emprego lucrativo. Mas não se ficou nos seus raciocínios e seguiu Jesus. Este, por sua vez, repetiu a palavra de Oseias: “prefiro a misericórdia ao sacrifício”.

     Não vos parece que o mundo precisa deste chamamento de Deus e a nossa resposta? Precisamos do novo formato de vida apresentado por Jesus.

     Deus é sempre jovem, e convida-nos a uma vida nova, a ser pessoas novas pela misericórdia, para um mundo novo, sem guerras.

     Confiemos sempre no Senhor e na sua misericórdia. “Se vos amardes uns aos outros, todos reconhecerão que sois meus discípulos” (João, 13,35). Que o Senhor nos oriente neste caminho. Assim seja.

Pe. Antonio Gonçalves, SDB

05
Jun23

UMA LEI REVERSÍVEL


Oliveira

Foi publicado no jornal da «Voz da Verdade». E é a oportunidade que se pretende oferecer neste Blog. Sendo um dos objectivos da COPAAC pugnar pela Verdade, pela justiça e pelos valores do Evangelho e testemunhar com audácia no mundo quase já a perder referências das nossas tradições familiares, humanas e cristãs, propomos a leitura de mais este artigo, agradecendo ao Autor o entendimento autêntico, sensato, honesto que muito bem sabe exprimir.

AGPires

            Parece ter chegado ao fim o processo que conduziu à aprovação da lei que legalizou entre nós a eutanásia e o suicídio assistido.

            Ao longo de toda a discussão desta proposta, eu, como quase todas as pessoas que a ela se opunham, fomos alertando para o perigo do alargamento progressivo do campo dessa legalização. A experiência de outros países que enveredaram por esse caminho revela-o bem. Não se trata de um fantasma alarmista, mas de uma consequência lógica. As metáforas para descrever este fenómeno abundam: a “rampa deslizante” que não impede a descida contínua e imparável, a janela que se abre e que o vento forte impede de voltar a fechar, o alicerce que se derruba e leva à derrocada completa de um edifício.

            Assim, de forma mais ou menos recorrente e mais ou menos rápida. se vai passando da eutanásia em situações de doença terminal a situações de doença incurável ou deficiência; da eutanásia em situações de sofrimento físico a situações de sofrimento psíquico ou espiritual; da eutanásia com pedido atual à eutanásia com pedido antecipado; até chegar à eutanásia de doentes mentais ou sem pedido expresso (em casos de grave deficiência); da eutanásia de adultos à eutanásia de adolescentes, crianças e recém-nascidos. Chega a advogar-se a eutanásia fora de situações de doença (na Holanda discute-se tal proposta há vários anos e o Tribunal Constitucional alemão admite o suicídio assistido também para além de situações de doença).

            Convém ainda ter presente que em todos os países que legalizaram a eutanásia e/ou o suicídio assistido se vem assistindo ao invariável incremento da frequência da sua prática. É sobretudo o clima cultural que a legalização gera a explicar tal fenómeno: o que era impensável passa a ser normalizado.

            Embora os seus partidários digam que a lei portuguesa agora aprovada é das mais restritivas e oferece garantias que impedirão os abusos, certo é que com ela se dão já alguns dos passos acima indicados. A legalização já não se limita a situações de doença terminal. é inequívoco que a eutanásia e o suicídio assistido podem praticar-se em situações de doença grave incurável e de deficiência. A definição do tipo de sofrimento que pode justificar essa prática é das mais amplas, não exclui o sofrimento psíquico e espiritual, segundo um critério que, em última análise, depende do requerente, tornando-se, desse modo, completamente subjetivo.

            As notícias que dão conta do alargamento progressivo dos campos de aplicação da legalização da eutanásia e do suicídio assistido sucedem-se com regularidade. As duas últimas são recentes e dizem respeito à Holanda (país pioneiro nessa legalização) e ao Canadá (país onde tal legalização é mais recente, mas onde tal alargamento tem sido mais rápido).

            Na Holanda, onde já é legal a eutanásia de recém-nascidos (em caso de deficiências graves) e de adolescentes maiores de doze anos, propõe-se a legalização da eutanásia de crianças até aos doze anos. No Canadá, onde a legalização da eutanásia começou por se restringir às situações de doença terminal e rapidamente se estendeu às situações de doença incurável e deficiência, prevê-se para breve a legalização da eutanásia de crianças e doentes mentais.

No Canadá, dois casos recentes vieram abrir outro campo de alargamento da prática da eutanásia, particularmente perigoso e preocupante. Duas pessoas vítimas de uma doença cujo tratamento exige condições fora do alcance das suas capacidades económicas pediram a eutanásia com esse mesmo fundamento. Autores influentes, embora reconhecendo que deverá ser dada prioridade, por razões de justiça social, ao acesso dessas pessoas a tais condições de tratamento, não deixam de afirmar que, por uma razão de respeito pelo princípio de autodeterminação, a possibilidade de prática da eutanásia não deverá ser afastada nessas situações (assim o artigo de Kayla Wiebe a Amin Mullin, da Universidade de Toronto, “Choosing death in unjust conditions, hope, autonomy and harm reduction”, publicado na revista Journal of Medical  Ethics). O que levará necessariamente à opção pela eutanásia quando os necessários tratamentos de qualquer doença em causa sejam particularmente onerosos, um perigo ainda mais acentuado em países como o nosso, sem os recursos do Canadá.

É bom estar a par de todos estes perigos a que também agora estamos sujeitos depois da legalização da eutanásia e do suicídio assistido.

No entanto, também é bom salientar que não estamos perante algum determinismo histórico, ou algo de inevitável. Todos estes perigos podem ser evitados se a lei agora aprovada vier a ser revertida (mas apenas nesse caso). É verdade que tal nunca aconteceu noutros países que deram esse passo da legalização. Mas não tem de ser necessariamente assim. No que se refere às chamadas “leis fraturantes”, estamos habituados a que os seus partidários não desistam enquanto não as aprovam. Não se compreende porque é que os seus adversários hão de desistir de as reverter depois de elas serem aprovadas.

Numa democracia, leis como esta não podem ser intocáveis ou irreversíveis. Sê-lo-ão apenas normas fundamentais assentes no direito natural, normalmente contidas na parte da Constituição relativa aos direitos fundamentais. E não é esse o caso desta lei, que, pelo contrário, fere o princípio constitucional (que, esse sim, deveria ser intocável e irreversível) da inviolabilidade da vida humana.

Pedro Vaz Patto

27
Mai23

AS CANAS DA FESTA DA GOVERNAÇÃO


Oliveira

Pelo que contém de muito actual e oportuno, a COPAAEC propõe para leitura e reflexão mais um artigo do jornalista A. Cunha Justo. Oportuno e conveniente, apesar de tudo…

(A. G. Pires)

Os portugueses deixam os políticos andar na ramboia festiva quase todo o ano e depois admiram-se dos foguetes dela e do foguetório da imprensa.

No meio de tudo isto o debate público português, faz-me lembrar a criançada da minha terra e de outros tempos que se deitava a correr atrás das canas dos foguetes sem se preocupar com as sementeiras!

O inquérito à TAP além da poeira que levanta não dá para tapar os gastos da boémia política! No fim ficam as canas que servem para fazer alguns tapumes!

E viva a Festa!!!

                                                   António CD Justo

                                                   Pegadas do Tempo: https://antonio-justo.eu/?p=8539

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